[Especial] Batman – Dark Nights: O Destruidor da Alvorada!

Arcos Principais: Edição especial.
Publicação Original/ Brasil: Batman: The Dawnbreaker (DC, 2017)/ Inédito.
Roteiro/ Arte: Sam Humphries/ Ethan Van Sciver.

O grande evento do Batman pra esse 2017 é a saga Dark Nights, que traz 7 versões do Morcego mescladas à 7 outros personagens, como o Coringa, Aquaman e o Ciborgue, todas de um Multiverso Sombrio que vem morrendo, decidindo por se juntarem e dominarem a Terra 0, que seria a realidade principal da editora (mas que possivelmente pode ser alterado com o Doomsday Clock, envolvendo o Superman e o Dr. Manhattan). Um evento que tem o metal enésimo como difusor, o mesmo da raça do Gavião Negro, que possui propriedades mágicas (que comentei no prelúdio da saga). O título também deriva do teor da trama, que abusa de artilharia pesada, super trajes, máquinas, tudo muito heavy metal. Como de praxe em grandes eventos, além da série principal, a Dark Nights: Metal escrita pelo Scott Snyder (All-Star BatmanWytches), tem rolado diversos tie-ins em outras séries. Mas o interessante, mesmo, são as edições especiais mostrando a origem de cada uma dessas 7 versões do Batman. Já resenhei todas elas aqui: a Morte Vermelha (Flash), A Máquina Assassina (Ciborgue), A Afogada (Aquaman), O Devastador (Apocalipse), O Impiedoso (Ares) e O Batman Que Ri (Coringa). The Dawnbreaker, ou o Destruidor da Alvorada numa tradução livre, mostra o que aconteceria se um Bruce Wayne rancoroso possuísse um anel da Tropa dos Lanternas Verdes,  Review com spoilers!

O DESTRUIDOR DA ALVORADA

Até agora, tanto a Morte Vermelha quanto a Máquina Assassina (e a próxima: Afogada) mostram como o Bruce Wayne poderia ser bem diferente do Batman que conhecemos ao lidar de outra forma com alguma perda, com a transformação sempre vindo de uma morte. Aqui, o diferencial é que se dá logo no início: ao ver seus pais sendo assassinados no beco, o jovem Bruce recebe a visita de um anel da Tropa dos Lanternas Verdes, ganhando seus poderes a partir da força de vontade. Porém a raiva e rancor do adolescente foi tanto que conseguiu quebrar os protocolos de segurança do anel, que não permite força letal, o subjugando e despertando novas habilidades. Como um Lanterna Verde 2.0, Bruce libera energias demoníacas e sombrias do anel, matando o assassino de seus pais e dando início à uma carreira meio de anti-herói, mas logo se tornando alguém temido, matando todos aqueles no seu caminho.

É uma edição muito interessante por mostrar esse outro lado dos anéis das Tropas, toda a sequência da quebra de protocolos é ótima. Ele tem um poder, como um crepúsculo, que suga toda a luz ao redor, deixando tudo no maior breu, surgindo uns demônios. Há várias cenas bem impactantes, como ele matando o Comissário Gordon. Nesse ponto, tem algo que geralmente não curto nessas histórias. Além de serem um resumão de toda uma vida numa só edição, ficando um pouco corrido, ele acaba fazendo a mesma coisa que fizeram com ele: matou o pai de alguém (nesse caso, da Barbara), algo que ele inclusive cita. Mas o roteirista Sam Humphries (Fabulosa X-Force) consegue lidar com essas situações, trazendo um ar mais grandioso, bem alinhado com os desenhos do sempre bom Ethan Van Sciver (Novos X-Men), sem dizer que ambos já trabalharam em várias séries dos Lanternas. Num momento, por exemplo, surgem os Guardiões do Universo e vários Lanternas Verdes pra tentar dar um basta na situação, porém são derrotados violentamente. Cena muito boa! Em outro momento, ele simplesmente entra na bateria e se transforma! Fica a expectativa: como vão lidar com alguém com tamanho poder? No final, quando esse Bruce é convocado pelo Batman Que Ri e chega na Terra 0, o Hal Jordan que conhecemos é resgatado quase da morte certa pelo Sr. Destino.

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