Bem-Vindo à Central dos Sonhos 2.0!

OS BASTIDORES DO PROJETO

O projeto da Central dos Sonhos surgiu em meados de 2011 como uma história fechada e adulta, unindo várias referências que me inspiram, numa época em que eu escutava muito de Nina Hagen a Missy Elliott e Grace Jones, em que lia Os Invisíveis e Sandman. Surgiu também da minha paixão pelo mundo dos filmes A Cela e Matrix, de Alice no País das Maravilhas, O Labirinto do Fauno e as mitologias no geral, da grega à bíblica. Ela era a última camada da mente, abrigando as forças por detrás dos sonhos e a fonte original: A Criadora. Originalmente, a Central dos Sonhos era alcançada através da droga onírica Pandora. Mas aos poucos fui criando personagens, conceitos, regras e uma infinidade de termos, me distanciando daquela história fechada e do uso da Pandora.

E de lá pra cá a Central virou meu projeto do coração, sendo expandida e ganhando muito material escrito (boa parte dele disponível aqui no site, que chamo de versão 1.0). Mesmo assim, ainda faltava uma identidade visual para tudo isso. E apesar das minhas colagens terem feito esse papel durante muito tempo, ainda não era da forma como imaginava que poderia ser.

Mas desde que migrei para a ilustração digital e inaugurei o novo perfil da Central dos Sonhos no Instagram, lá em janeiro de 2020, que queria reestruturar toda a mitologia, já que também me aproximei muito do universo infanto-juvenil. E sinto que agora é o momento para lançar o que estou chamando de versão 2.0: uma Central dos Sonhos repaginada, melhor organizada e desenhada; com personagens e conceitos; um novo projeto que estou super ansioso e feliz em desenvolver. E como nada é por acaso, essa retomada também coincide com o aniversário de 10 anos da criação do site, que nasceu como um blog de quadrinhos também em 2011.

Este será o post raiz dessa retomada e espero que vocês mergulhem nesse universo, se apaixonando por ele assim como eu sou apaixonado por desenvolvê-lo.

Boa viagem!

Fil Felix, julho de 2021


Descubra a Central dos Sonhos


AS BASES
DA CENTRAL DOS SONHOS

A Central dos Sonhos é a quarta e última camada do inconsciente coletivo, abrigando a força matriz de todo o sistema onírico: A Criadora; além de diversos outros arquétipos e sonhos extraordinários, cada qual com sua respectiva função dentro do sistema. Um local em que poucos sonhadores conseguem alcançar, já que a Central possui suas defesas naturais: os Infectores; que são capazes de tudo para protegê-la. Seu motor é a Espiral, como dito no poema da Gênese.

Normalmente, as pessoas sonham entre a segunda e a terceira camada, dos sonhos cotidianos e os lúcidos. E cada sonho de alguém brota na Central como uma flor: enquanto as pequenas, geralmente os sonhos que serão esquecidos no dia seguinte, são podados e reabsorvidos pelos Coletores; as flores-sonho mais fortes se transformam em Sonhos Ordinários, capazes de navegar pelas camadas enquanto é lembrado. Um Ordinário pode se tornar Extraordinário ao ser sonhados muitas vezes ou por muitas pessoas, ganhando força e uma certa independência.

Acima dos Sonhos Extraordinários estão os Arquétipos, criaturas-sonho independentes e que possui consciência, capazes de tomar decisões e interferir nos sonhos das pessoas. Há os arquétipos dos sonhos proféticos, dos sonhos eróticos ou até mesmo os que guardam as memórias esquecidas. E no topo da hierarquia está o arquétipo da Criadora.

Alguns porquês envolvendo a Central dos Sonhos continuam um mistério. Por que os sonhos são esquecidos? Por que não chegamos à última camada? O que há na Zona Negra, a fronteira entre o dormir e o sonhar? O que aconteceria se a Espiral parasse de girar? Entre tantas outras questões, que aos poucos vamos desvendando nesse dossiê.


POEMA DA GÊNESE

O surgimento da Central dos Sonhos se deu junto do primeiro sonho e data de outras eras e mundos. A Espiral, talvez o artefato onírico mais importante de todos, é o que mantém a Central funcionando e conectando todos os sonhadores através do Inconsciente Coletivo. Como mecanismo de autopreservação, ela se encontra na última camada da mente, inacessível, evitando que haja qualquer interferência em sua estrutura, que poderia colapsar todo o sonhar.

O Poema da Gênese narra seu nascimento em dois atos: do ponto à Espiral. Transcrição:

I
Quando houve o primeiro sonho, o mais antigo e pictórico de todos, surgiu o ponto.

Um conglomerado de ideias,
sentimentos, emoções e desejos…

Expressados num singelo
toque de consciência.

Dos sonhos seguintes surgiu a linha.
A consciência foi continuada…

Deixou um rastro de características,
foi justaposta à outras linhas e pontos.

E então, criou-se o plano.

II
Uma Espiral dos Sonhos começou a girar,
uniu e entrelaçou mentes, conectou tempo e espaço.

Ganhou forma, cor, textura, padrões,
profundidade, significados, complexidade.

Ganhou vida própria através
do Inconsciente Coletivo.

Enquanto houver sonhos,
a Espiral continuará girando.

Sabemos que sonhamos,
mas não compreendemos.

No percurso da espiral, sem início ou fim,
nos dominaram e nos perderam.


AS 4 CAMADAS

Ao dormir, nossa mente é repartida em quatro camadas mesclando o consciente e o inconsciente coletivo. Cada camada abriga uma determinada gama de funções e criaturas-sonho:

Mundo Desperto: apesar das 4 camadas estarem no campo do inconsciente, elas podem repercutir fora dele, ou seja, a realidade da vigília. O mundo desperto é delimitado pelos sentidos e externo à mente.

  • 1ª Camada – A Zona Negra: a fronteira entre a vigília e os sonhos, quase imperceptível. É o vácuo entre o dormir e o primeiro sonho, o estalo nunca lembrado, uma completa escuridão que abre portas para os próximos níveis. É onde fica a Loja dos Sonhos, um local onde é possível resgatar lembranças, antigos sonhos ou acessar outras camadas. Exige um estado alterado da mente, seja por hipnose ou ingestão de chás especiais, para alcançar a Loja.
  • 2ª Camada – A Antessala: ao passar pelo primeiro estalo imperceptível, praticamente todos os sonhadores adentram e permanecem na segunda camada. A mente reage e reinterpreta tudo o que se passou durante o dia, dos desejos às fobias de cada sonhador, reunindo material para a criação de uma flor-sonho: o recipiente onde o sonho ocorre; que podem sofrer interferência ou influência de Arquétipos ou Sonhos Extraordinários.
  • 3ª Camada – O Saguão: a partir de exercícios e treinos, um sonhador consegue adquirir um certo grau de consciência, migrando para a terceira camada, onde correm os chamados sonhos lúcidos. O onirismo pode ser manipulado e cada um cria sua Sala dos Sonhos, um refúgio particular. Através da Zona Negra é possível entrar em Salas de outros sonhadores, realizando a técnica conhecida por Sonho Compartilhado, onde duas ou mais pessoas podem se comunicar através do sono.
  • 4ª Camada: A Central dos Sonhos: a camada mais profunda, em que poucos sonhadores conseguem acessar, tanto pelas defesas naturais, quanto por exigir do sonhador uma completa consciência. Funciona como uma cidade construída pelo Inconsciente Coletivo, abrigando Arquétipos, Sonhos Extraordinários e dividida em várias regiões, como o Campo dos Sonhos Esquecidos. Em seu centro está a Espiral, o mecanismo responsável por manter o sistema do sonhar, protegido pelo arquétipo original: A Criadora; uma força que gera criaturas-sonho como os Coletores e os Infectores.

A HIERARQUIA ENTRE OS SONHOS

Criaturas-sonho são compostas de matéria onírica firme ou volátil e se organizam dentro de uma hierarquia para manter o funcionamento de todo o sistema, a força e grau de consciência de cada um dependem de fatores como tempo e importância.

Ao dormir, cada pessoa gera uma flor-sonho que armazena todo o conteúdo sonhado a partir de matéria volátil frágil. Boa parte desse conteúdo é podado e reabsorvido pelas camadas, sendo os sonhos que as pessoas esquecem quando acordam, simples e efêmeros, não entrando na hierarquia.

  • Nível 1 – Os Sonhos Ordinários: quando um sonho não é esquecido e possui algum conteúdo forte o suficiente, como sonhos recorrentes, pesadelos, traumas ou idéias obsessivas, a matéria fica menos volátil, criando um Sonho Ordinário: baixa consciência e independência, agindo por instinto, mas capazes de navegar entre as Camadas a fim de realizar tarefas importantes como a Germinação das Ideias, plantando pensamentos, lembranças e inspirações. Porém, continuam frágeis e podem facilmente ser reabsorvido pela Oniricidade.
  • Nível 2 – Os Sonhos Extraordinários: a partir do momento que um Ordinário ganha maior importância, é sonhado repetidas vezes ou por diversas pessoas, como um ideal, sua matéria deixa de ser volátil e se torna firme, subindo para o nível 2. Apesar de ainda poderem ser reabsorvidos pela Oniricidade, possuem maior consciência e até mesmo uma certa independência, auxiliando os Arquétipos em determinadas tarefas.
  • Nível 3 – Os Arquétipos: a maior parte dos Arquétipos foi gerada a partir dos primeiros sonhos, os mais primitivos de todos e representam conceitos universais: Don Bai, arquétipo do medo e dos pesadelos; Riva, a dos sonhos premonitórios; Nnai Nehag, da comunicação; entre tantos outros. Alguns desempenham funções mais específicas como a poda de sonhos esquecidos feita pelos Coletores ou a vigilância entre as camadas feita pelas Naves-Mãe. Possuem matéria onírica firme, alta consciência e certa autonomia e consciência própria. Com o passar das eras, Extraordinários podem vir a ser tornar Arquétipos.
  • Nível 4 – Os Infectores: são arquétipos gerados pela própria Criadora, responsáveis pela defesa da Central dos Sonhos e, como os Coletores e Naves, são múltiplos. Estão acima dos outros por serem os únicos capazes de anular sonhos e atuar diretamente na memória e consciência de quem sonha caso seja preciso. Também podem se alimentar de Ordinários, Extraordinários e Arquétipos a fim de restabelecer o equilíbrio ou proteger a Criadora.
  • Nível 5 – A Criadora: é o arquétipo original, o primeiro a surgir a partir dos ideais de criação, do novo e das descobertas. Protege a Espiral e gera toda a matéria onírica, assim como produz criaturas-sonho como Infectores e Coletores. Está no topo da hierarquia devido sua força e importância, raramente é vista entre os sonhos e possui onisciência.

CONCEITOS

Outros Conceitos
em breve.


FICHAS E ARQUIVOS

Fichas com maiores informações, história, definição e ilustrações de criaturas-sonho, Arquétipos, regiões da Central dos Sonhos, conceitos, entre outros.

Seção sendo preenchida conforme é atualizada e/ ou repaginada da versão 1.0

ARQUÉTIPOS

Outros Arquétipos
em breve.

SONHOS EXTRAORDINÁRIOS

Outros Sonhos
em breve.

SONHOS ORDINÁRIOS

ARTEFATOS ONÍRICOS

LUGARES E NÃO-LUGARES


ILUSTRAÇÕES & HISTÓRIAS

Os Presentes Sobre as Montanhas
Um Farol Para Sonhadores Perdidos
A Luz e as Sombras da Central

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