Sinopse:Mulder tenta descobrir o mistério por detrás do desaparecimento de sua irmã, enquanto ainda era criança e, em seguida, Scully e Mulder vão até o Novo México investigar um estranho fenômeno no lugar, envolvendo xamãs, explosões e uma criatura denominada Ave de Fogo..
Depois da história sofrível na primeira edição, Arquivo X #2 dá uma melhorada, mas não muito! Acho difícil que ninguém tenha, pelo menos, ouvido falar nessa famosa série de TV envolvendo Aliens e outros mistérios. O que poucos sabem é que ela foi adaptada para os quadrinhos em 1995 e teve algumas edições lançadas por aqui pela Mythos, há muito tempo atrás. Confira a resenha de Arquivo X #1 para conhecer melhor a série e como foi sua passagem para as HQs. Se já leu, vamos escutar a música de abertura para ir entrando no clima:
Sim, a música é tensa! Na última edição Mulder e Scully investigaram um caso onde testemunhas estavam desaparecendo misteriosamente. No passado, elas haviam visto, supostamente, naves espaciais. Com o término da história vimos o par de agentes inalando uma fumaça contaminada e, logo no início dessa segunda edição, já reparamos no estrago que essa inalação causou: os dois perderam parte da memória e tentam conviver com isso, além de Mulder iniciar uma caçada para encontrar sua irmã, desaparecida quando ainda era criança. Ele possui varias recordações diferentes do dia em que ela sumiu, mas não sabe qual, de fato, é a real. Essa investigação o leva à um membro foragido do governo.
Em comparação à primeira edição, houve uma boa melhoria, tanto em roteiro quanto na arte, mas mesmo assim não traz nada de surpreendente. O roteiro está mais atraente e melhor construído nessa primeira parte, porém algumas coisas são “esquecidas” na história seguinte. O Lamento de Khobka é a segunda história, a primeira parte (de 3) do “arco” Ave de Fogo. Nela, Mulder e Scully viajam até o Novo México para investigar outro caso envolvendo alienígenas. A história é mediana mas, finalmente, nos 45 do segundo tempo na última página temos uma cena surpreendente e que promete, para a próxima edição, algo mais “Arquivo X”!
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Mas como não estamos falando da próxima edição, vamos nos focar nessa. Os problemas com as cores que comentei no review anterior continua, apesar de amenizados. Em algumas cenas fica bem nítido a presença de um balão embaixo de outro balão e outras cenas “tremidas”, além das cores às vezes desalinhadas. Não possui páginas numeradas, editorial/ introdução ou indicação da história original. Sei que são detalhes, mas certamente fariam a diferença, principalmente por se tratar de uma série repleta de curiosidades e qualidades, porém mediana nos quadrinhos.
A amnésia dos protagonistas foi uma boa tacada e daria ótimos desfechos, mas parece, infelizmente, que quem sofreu amnésia foi o roteirista, que esqueceu disso na segunda história. É doloroso pra mim criticar Arquivo X, mas essa adaptação deixou muito a desejar. Observem o cabelo de Scully na página acima e na de baixo . O colorista não se decide se irá deixa-la ruiva ou loira. São erros óbvios de se perceber em qualquer revisão.
Apesar de algumas falhas editorias, a Mythos caprichou no acabamento, com capa e miolo de qualidade. Ao fim da edição temos a inauguração da “Colônia de Cartas”. É estranho ler, hoje em dia, frases como “[…] acreditamos que, neste espaço, vocês terão suas missivas respondidas com maior rapidez e objetividade”. Em tempos de Orkut, Facebook, Twitter, blogs e sites, fica difícil imaginar que a sessão de cartas das revistas eram o melhor meio de ter suas dúvidas sanadas, mas é muito nostálgico lembrar delas, principalmente nas de games, que adorava. Foi um tempo que não volta mais 🙁
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Adoro HQs que utilizam fotografias e colagens em sua concepção, como Dave McKean fez em Sandman. Todas as capas de Arquivo X foram criadas por Miran Kim, que utiliza dessa técnica, as deixando bem características. Kim já criou capas para séries como Predator e Animal Man.
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Agora é aguardar a terceira edição, com a conclusão do arco Ave de Fogo.