Nome Original: The X-Files #1 e #2
Editora/Ano:Mythos, 1997 (Topps, 1995)
Preço/ Páginas: R$6,00/ 52 páginas
Gênero:Suspense
Roteiro:Stefan Petrucha
Arte:Charles Adlard
Sinopse: os agentes especiais Mulder e Scully precisam resolver um estranho caso do passado, onde testemunhas afirmam terem visto uma nave alienígena. Estranhamente, o governo tenta encobrir o caso e as testemunhas estão sendo assassinadas.
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Arquivo-X foi uma série de TV que ficou no ar por quase 10 anos, sendo uma das séries mais longas de sua época, estreando em 1993 e terminando em 2002, com mais de 200 episódios e um filme (uma continuação foi lançada em 2008). Criada por Chris Carter (Millennium) e sendo transmitida pela FOX. Os protagonistas são os agentes do FBI Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson) direcionados a investigar os arquivos-x, casos arquivados pelo FBI que envolvem o sobrenatural, como abdução, fantasmas e conspirações. Scully é cética quanto a tudo isso, o contrário de Mulder, equilibrando a equipe e resolvendo os casos misteriosos. Arquivo-X faturou diversos prêmios, entre eles o Globo de Ouro para Melhor Série – Drama e vários Emmys, além de dezenas de outras indicações. A música tema é memorável e marcou o gênero, podendo ser escutada até hoje em programas que envolvem o sobrenatural. Entre as frases que marcaram, temos a mais famosa: A Verdade Está Lá Fora. Foi uma das séries pioneiras no gênero, e uma das minhas preferidas
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Com o sucesso da dupla, diversos produtos começaram a ser licenciados e lançados baseados no universo de Arquivo-X, desde cards à álbuns. Não demorou muito para a série ganhar um spin-off nos quadrinhos, também. Em 1995 é lançado pela Topps Comics (uma divisão da Topps Company Inc, uma distribuidora de TCGs) a série The X-Files, abordando outros mistérios para Mulder e Scully investigarem. Ao todo, a série teve 41 edições e alguns especiais, terminando em 1998, quando a editora fechou. A Topps Comics (1993-1998) foi uma das editoras que mais lançou adaptações de filmes e seriados de TV para os quadrinhos na época, entre eles Xena: A Princesa Guerreira, Hércules: A Lendária Jornada, Dracula de Bram Stroker, Goldeneye e outros, além de adaptações literárias, como Frankenstein e Zorro. The X-Files foi sua série mais longa, apesar de nunca ter tido grandes críticas.
O lançamento no Brasil ficou por conta da Mythos Editora, que lançou quatro edições (#1 à #6, #30 e #33 originais) em 1997. Infelizmente (ou felizmente) o restante da série permanece inédito no país. Nessa primeira edição temos as histórias “Não Abra Até o Natal” e “Rastros do Passado” que narram um misterioso caso ocorrido há décadas atrás, onde alguns dos sobreviventes, e possíveis testemunhas, estão morrendo. Mulder e Scully assumem o caso, pois as vítimas perderam parte da memória e afirmam terem visto um disco voador no local.
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O início da história é muito confuso e só começa a ficar claro perto do final, e isso não é uma qualidade. Não há um editorial, uma sinopse nem nada que descreva o que os leitores estão prestes a ler, principalmente para uma primeira edição, fora que as páginas não são numeradas. As cenas são mal organizadas, atropelam umas as outras, fica uma bagunça. E como tudo é contado aos picados, você bóia na maior parte do tempo. Mais perto do final da edição que as coisas vão se encaixando e fazendo algum sentindo, mas não o suficiente para cobrir o estrago feito.
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A arte também não ajuda, sendo simples e de “alto contraste”, muitas vezes com traços duplos ou cenas sobrepostas. Só não sei se esse erro já veio da edição original ou se é por parte da impressão nacional. Fato é que ficou ruim.
Numa determinada cena, um homem está conversando no celular e em todos os quadros mostra apenas ele, porém nos balões de falas do celular, ou seja, da outra pessoa que não é mostrada, é citado o nome ora de quem está falando ora de quem está escutando, outra situação que não sei se é erro de tradução ou da edição.
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Se não fosse a melhoria ao final, a bela capa e algumas raras cenas, esse Arquivo X #1 seria totalmente dispensável, até mesmo para os fans, pois a caracterização dos personagens também não é das melhores. Mas vamos aguardar pela edição seguinte, se os casos melhoram ou pioram de vez.
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Sim, a verdade está lá fora, mas em outra HQ, quem sabe numa Buffy da vida.
Confira outros reviews de Arquivo X que fiz aqui no site:
– Vol. 1 (1995 – 1998): Fase Clássica (#01-41)
Review das edições lançadas no Brasil entre 1997 e 1998:
Arquivo X – Edição 1 (#1-2)
Arquivo X – Edição 2 (#3-4)
Arquivo X – Edição 3 (#5-6)
Arquivo X – Edição 4 (#30 e #33)
– Vol. 2 (2013 – 2015): Temporada 10 (#01-25)
Arquivo X – Temporada 10: De Volta ao Bureau (#1-10)
Arquivo X – Temporada 10: Peregrinos e Imaculada (#11-18)
Arquivo X – Temporada 10: O Retorno do Sindicato (#19-25)
– Vol. 2 (2015): Temporada 11 (#01-8)
Arquivo X – Temporada 11: De Volta ao Lar (#1-5)
Arquivo X – Temporada 11: Fim de Jogo (#6-8)
– Vol. 3 (2016 – 2017): Revival (#01-17)
Arquivo X: Días de Los Muertos e Ismael (#1-5)
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.
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