[Especial] Cable: Bebê em Guerra e Esperando o Fim do Mundo!

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Arcos Principais: Bebê em Guerra (Messiah War) e Esperando o Fim do Mundo (Waiting for the End of the World).
Publicação Original/ Brasil: Cable #1 ao #12 e King-Size Cable Spectacular (Marvel, 2008)/ X-Men Extra #88 ao #99 (Panini, 2009).
Roteiro/ Arte: Duane Swierczynski/ Ariel Olivetti, Jamie McKelvie, Ken Lashley.

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Cable é o filho de Ciclope com Madelyne Pryor (clone de Jean Grey), enviado para o futuro na intenção de conseguir tecnologia o suficiente para conter o vírus tecnorgânico em seu corpo. A versão adulta que conhecemos foi co-criada por Rob Liefeld (criador do Deadpool e um dos fundadores da Image Comics) em 1990, quando volta adulto para o presente. Ganhou uma primeira série mensal em 1993, durando pouco mais de 100 edições! Cable é um dos rostos da década de 1990: musculoso, grande e armado até os dentes. Um exagero só. Quando comecei a ler e resenhar X-Men, não tive boas experiências com essa série, como o arco horrível em Harmonia e contra Aentaros. Com o fim desse primeiro volume, Cable teve um grande papel na saga Complexo de Messias, ficando responsável por cuidar da bebê messias e levá-la ao futuro, gerando sua segunda mensal em 2008. Este especial reúne os dois primeiros arcos de Cable Vol. 2 e, se não chega a ser ruim como a reta final de sua primeira série, também não é nada extraordinário. 12 edições que, facilmente, poderiam se transformar em 4 ou 6.

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BEBÊ EM GUERRA

O primeiro arco mostra Cable em 2043, caminhando há 5 meses com a bebê messias. Chegando numa cidade, é surpreendido e atacado por Bishop num restaurante. Durante o Complexo de Messias, Lucas queria matar a bebê, acreditando que estaria prevenindo o seu futuro, mas teve seu braço comido pelo Predador X na batalha, atirou na cabeça do Professor e fugiu. Encontrou na residência de Forge um braço mecânico (que coincidência, não?!) capaz de viajar pelo tempo (nossa, que sorte!) e assim dá início a sua caçada por Cable, conseguindo encontrá-lo nessa linha de 2043.

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Não vou me estender muito nos detalhes desses dois arcos, como costumo fazer, porque é cheio de vai e vens no tempo que levaria uns 30 parágrafos pra comentar. Nessa realidade, a milícia local consegue separar a briga dos dois e capturar Bishop. Já Cable é ajudado por uma garçonete, Sophie. Posso dizer que ambos os mutantes já foram melhores. Temos a presença surpresa de Sam, o Míssil. Já velho e o último mutante vivo, tentando auxiliar Nathan, também. Um ponto alto deste arco é quando Bishop foge e enfrenta Sam numa ótima batalha. Esse braço mecânico dispara dois tentáculos que arranca o coração do caipira! É quase uma mistura de Jax Feat. Scorpion do Mortal Kombat! Um fatality!

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Cable descobre que seu mecanismo de viagem no tempo está quebrado e só consegue teleportá-lo pro futuro, fugindo mais uma vez da situação e deixando Bishop e Sophie pra trás. Esse formato continua por todas essas edições, numa eterna briga de gato e rato que acaba em X-Force/ Cable: Guerra Messiânica. Enquanto isso, no presente, Scott tenta ao máximo esconder de Emma o que realmente pensa sobre a missão de Cable e sobre a X-Force. Ela parece acreditar, mas se tratando da Rainha Branca nunca temos certeza do que é verdade ou fingimento. Fera, que deve viver 37h por dia no laboratório, inicia um projeto pra tentar rastrear Bishop.

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O roteiro de Duane Swierczynski (Bloodshot e Aves de Rapina) é bom e consegue deixar claro a preocupação de Nathan com a criança, além de mostrar que está envelhecendo. Também ganha pontos por conseguir interligar com a X-Force. Mas se perde nas inúmeras viagens no tempo, esticando a história até não poder mais, num eterno looping mexicano. Há uma edição especial Gigante entre esse arco e o próximo, por exemplo, que poderia finalizar a história: a bebê está crescendo, Cable está se virando, apesar do Bishop ficar em sua cola. MUITAS viagens acontecem e, quando chega no clímax, o Bishop fode com tudo e reinicia a busca mais uma vez! A arte de Ariel Olivetti (A Morte de Hércules) chama  a atenção, bonita e clean. Traz o bom e velho Cable musculoso e enorme, com um bebê menor que sua cabeça. Olivetti utiliza alguns dos truques de Greg Land, usando modelos fotográficos e CGs óbvios em suas construções, mas não chegam a incomodar como este outro. Mas tem seus fãs e não fãs, particularmente gostei por deixar a leitura rápida. Ken Lashley (Rising Stars) assina a arte da edição Gigante, com um traço mais tradicional.

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ESPERANDO O FIM DO MUNDO

Bishop volta pro presente numa tentativa desesperada de encurralar Cable no futuro: implantar bomba atômica, epidemias e queimadas ao redor do mundo para que, no futuro, Cable não tenha para onde ir. Fera consegue localizá-lo e Ciclope o captura, com Emma dando uma clássica tortura mental mas sem sucesso. Duas coisas interessantes de comentar: Emma está linda e Bishop e sua fúria não me convenceu. O cara está simplesmente destruindo tudo e a todos sem nem saber, ao certo, se seu plano vai funcionar.

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Enquanto isso, no futuro, Cable está há dois anos em New Liberty: uma cidade escondida e pacata, onde deixou a barba crescer, casou e vive tranquilamente. Mas o plano de Bishop de destruir o mundo deu razoavelmente certo: com a destruição atômica, experimentos de sobrevivência foram feitos em soldados dos EUA, transformando-os em metade humanos/ baratas. Sim. Um exército de homens insetos invadem New Liberty e entram em confronto com Cable e sua esposa, Hope Summers.

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Mais um vai e vem: Cable consegue eliminar os soldados e salvar New Liberty, mas Hope morre no processo. Ele se transporta pro futuro e decide dar o nome da falecida à criança. Enquanto isso, no presente, Bishop enfrenta os X-Men e, quando a X-Force chega pra dar um cabo nele, ele… se transporta pro futuro. O arco que finaliza esse primeiro ano de Cable Vol. 2, “A Terra Desolada”, dá continuidade e um fim ao soldados barata: Cable permanece mais dois anos com um exército, enfrentando os soldados (que agora também voam) e percebe que a galera vai acabar destruindo tudo e todos com uma bomba. Ele viaja pro futuro e percebe que realmente a vida humana foi praticamente extinta.

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E lá vamos nós! Mais viagens, Hope agora possui 7 anos e até que já consegue se virar sozinha. Muito desses arcos são enrolação e poderiam ser, facilmente, retirados. Se tudo ocorresse num só arco, talvez teria sido mais ágil e conciso. Há bons momentos, como a relação pai/ filho de Nathan com Hope e até de Scott com Nathan, quando Cable encontra uma mensagem deixada pelo pai. Mas, devido à enrolação, esses arcos não se tornam aquela leitura que alguém vá fazer 10, 20 anos depois. A arte de Olivetti consegue dar “uma cara” à série, já que ele desenha quase todas as edições. Se a arte fosse variada, talvez o resultado tivesse sido pior. Um ponto interessante é que, numa cena, aparece a Fênix no reflexo dos olhos de Hope bebê.

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