[Review] X-Men #5 !

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Nome Original:Uncanny X-Men #389; X-Men #109; Wolverine #159; Cable #81
Editora/Ano:Panini, 2002 (Marvel, 2001)
Preço/ Páginas:R$6,90/ 100 páginas
Gênero:Ação/ Super-Herói
Roteiro:Chris Claremont; Frank Tieri; Robert Weinberg
Arte: Salvador Larroca; Tom Derenick; Sean Chen; Michael Ryan e Andrew Pepoy
Sinopse: Enquanto relembra o passado e sua relação com Moira MacTaggert, Charles Xavier busca uma forma de ajudar Cecília Reyes a dominar seus poderes. Enquanto isso, os X-Men tentam esquecer as recentes tragédias comemorando o Natal. Wolverine: ele é conhecido como o melhor naquilo que faz. Agora, está sendo caçado por alguém disposto a lhe tirar esse título. Cable: frente à ira do imortal Aentaros!
X-Men #5 é a despedida de Chris Claremont às histórias principais do grupo, mas por pouco tempo, pois ele irá para outra série. Da última edição pra cá até que as histórias vêm melhorando, vamos ver se engrenarão de vez agora.
 
A primeira história mostra os enterros de Moira MacTaggert e Robert Kelly, mortos na última edição, e de como afetaram a vida dos demais personagens. Charles relembra de quando conheceu Moira, quando ainda eram estudantes, e de sua época no exército. Mesmo culpando Mística, que está internada num hospital, ele tenta manter a postura de bom moço de sempre. Cecília Reyes, que ficou viciada numa droga que aumenta a adrenalina, está descontrolada e destruindo tudo na sala de perigo. Professor X tenta ajudar a médica e mais lembranças vão surgindo. Histórias de despedida são sempre cheias de flasbacks, mas em comparação com às últimas do grupo, até que ficaram boas.
 
Claremont também tenta aprofundar outras tramas. Cecília é uma personagem interessante e poderia participar do grupo principal, se for bem aproveitada; Mística fala mais sobre os diários de Sina, que serão o foco em X-Treme X-Men, a próxima revista de Claremont; e Lince Negra, que estava desaparecida, é comentada por cima e descobrimos que ela não está morta, mas ainda sem paradeiro. A arte continua com Salvador Larroca, que faz um bom trabalho.
 
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A segunda história do grupo principal é a finalização de Claremont, que tenta fechar alguns pontos e criar uma expectativa para sua próxima série. É uma edição de Natal, mais calma e sem tantas brigas, o que é bom. A relação amorosa entre alguns membros estão se fragilizando, como Anjo sentir ciúmes da Psylocke, que está muito “amiga” do pássaro trovejante; Vampira e Gambit também discutem várias vezes. Tempestade se reúne com Gambit e Fera para conversarem sobre os diários de Sina, que podem revelar o futuro dos próprios mutantes. Ela decide criar um grupo de investigação, onde será a líder, para irem em busca desses diários, e convoca alguns x-men para integrar a equipe.
 
O interessante é que Tempestade deixa bem claro que essa nova equipe ficará aparte dos X-Men, se possível até sem contato entre eles, para evitarem que os diários possam cair em mãos erradas. Por algum motivo, Ororo não quer compartilhar essa nova espreitada com o Professor, pois ela desconfia de algo. Os desenhos são de Tom Derenick (Trindade), que mantém a qualidade de Larroca.
 
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A seguir vem uma história do Wolverine, o começo de um pequeno arco chamado “O Melhor no Que Faz”. Todos já estão carecas de saber que Logan é “o melhor naquilo que faz”, pois todos os roteiristas não cansam de repetir essa frase em praticamente todas as edições da série. Já não bastam, na série do grupo principal, os recordatórios explicando sobre os personagens? O roteiro é de Frank Tieri (Arma X), que será o novo roteirista principal da série Wolverine. No entanto, apesar de seguir a mesma linha de sempre (vilão-egocêntrico-quer-provar-sua-superioridade-contra-Wolvi-e-acaba-se-fud@#%*), ele foi capaz de deixar a história mais “realista” e divertida.
 
Os desenhos são de Sean Chen (Nova) e são os destaques na história. Wolverine sai cortando tudo e todos, vemos sangue (finalmente!), pessoas morrendo e brigas de verdade, vilões sem escrúpulos e por aí vai. Foi meio que “The Boys” encontram os X-Men. Algo que deveria ter acontecido nas edições anteriores. Na história, um misterioso vilão (que adora chacinas) envia um esquadrão atrás de Wolvie, que é pego de surpresa, mas acaba dando um jeitinho de se livrar. Não contente, esse vilão envia duas garotas bem sanguinolentas e barra-pesada.
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Finalizando X-Men #5, uma história do Cable, ainda na ladainha das três bruxas. Cortar edições e deixar algumas histórias inacabadas é triste, mas bem que poderia acontecer com esse arco. A história de Harmonia, os vai e vem no tempo, vilão que não morre, é muita informação pra pouco tempo, ainda mais que a Panini não publicou numa ordem, adiantando a revista na edição passada, e retomando o arco agora, ficou bastante confuso. A arte de Michael Ryan também não ajuda, apesar das boas sequencias e cores, ele faz o mesmo rosto em todas as mulheres e as expressões “boquiabertas” são hilárias. Enfim, uma história totalmente desnecessária, ainda mais agora, que Cable já apareceu em outras partes da “cronologia” e estava de volta à linha “normal” do tempo.
 
Tirando essa última, X-Men #5 possui histórias legais e, finalmente, Chris Claremont dá adeus à série da equipe principal e podemos ter esperanças de roteiros melhores, apesar que, nas próximas edições, alguns personagens revivem e outros morrem (para reviverem mais tarde). Quem já leu sabe do que estou falando… O acabamento continua ótimo, com capa cartão e miolo LWC, 100 páginas, mesmo preço e com as sessões de cartas e novidades, além das capas originais.
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nota 7,0 q

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