Nome Original: X-Men #165 à #170; Uncanny X-Men #455 à #457; New X-Men #9 à #11
Editora/Ano: Panini, 2006 (Marvel, 2005)
Preço/ Páginas: R$6,90/ 100 páginas cada
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Peter Milligan; Nunzio Defilippis & Christina Weir; Chris Claremont;
Arte: Salvador Larroca; Carlo Pagulayan; Paco Medina; Alan Davis
Sinopse: X-Men: saga Gólgota, com a equipe principal combatendo uma histeria em Los Angeles e uma forma de vida alienígena. Novos X-Men – Academia X: David Alleyne, o Prodígio, pede à Emma Frost que tire o bloqueio mental sobre seus poderes que o impede de guardar o conhecimento dos outros. Fabulosos X-Men: a ESX viaja até a Terra Selvagem. A volta de Psylocke!
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Agora que a fase “Reload” já está bem encaminhada, é bom dar uma refrescada na memória: o mix de X-Men é composto pelas séries X-Men (equipe liderada pelo Destrutor, com Homem de Gelo, Gambit, Vampira, Polaris); Fabulosos X-Men (equipe da ESX: Bishop, Tempestade, Rachel) e pela Academia X (Novos X-Men, Satânicos). Nessas edições temos a estréia de Peter Milligan no roteiro da série principal e a volta de Psylocke!
X-Men: a primeira história é o fechamento da Fase Austen, mas escrita pelo Claremont. É o típico especial de fim de ano: festa de Natal, participação de praticamente todos os X-Men (até a Jubileu tá nessa ^^), além das piadinhas e momentos altruístas. De diferente, a presença telepática do Professor e Magneto, que observaram de longe, preferindo não entrar em contato. Um beijo da Sábia em Gambit, trazendo seus poderes de volta e só, nada que vá agregar.
Já na segunda história, estréia a Fase Peter Milligan, autor que curto bastante. No passado ele foi bem experimental, criador de minisséries como Enigma e O Extremista, além de escrever para Shade e Homem-Animal. Nesta época, tinha acabado de sair dos X-Táticos, que adorava também. Sua estreia na série principal não foi ruim, mas também não foi nada de surpreendente. Aprendeu a lição de casa direitinho: equipe condensada e objetivos claros, como vem ocorrendo em Surpreendentes X-Men.
Destrutor, Gambit, Vampira, Homem de Gelo e Polaris vão à Antártida investigar o pedido de socorro de uma colônia mutante. Ao chegar no local, encontram todos mortos: alguns assassinados, outros que cometeram suicídio. Descobrem que há uma criatura denominada Gólgota que emite ondas psicológicas capazes de confundir as pessoas ao redor. Levam o alien para o Instituto, enquanto vão investigar outro local com suspeita de Gólgota.
Apesar do início meio nhé, o desenrolar é muito bom. Temos diversos bate-bocas entre os membros, em grande parte causadas pelo Gólgota. Destrutor, coitado, foi xingado de péssimo líder à cópia mal-feita do Ciclope. Percebendo o perigo, Emma deixa o Instituto em Quarentena até eliminarem completamente a criatura. Legal ver os demônios da galera: Emma e Wolverine com medo de envelhecer; a eterna questão de toque para Vampira e Gambit; etc.
Só acho que Milligan se perdeu um pouco no início, estendeu muito essa briguinha entre Alex x Polaris x Homem de Gelo, já encheu o saco. Wolverine e Emma também surgem num piscar de olhos no Polo Norte, okay que são os Jatos X, mas não exagera. Frases como “Meu homem!” da Vampira também não ajudaram. Apesar dos pesares, foi uma bela retomada da série, que estava numa eterna novela nas mãos do Chuck Austen. Gólgota foi um arco conciso, com toques de suspense e uma boa exploração do convívio da equipe. Violência e clichês X na medida certa. Obs: o que é a Rainha Branca com “tomara que caia” em meio ao Polo Norte? Obs 2: Wolverine beija Vampira.
Fabulosos X-Men: enquanto a série principal aparece nas edições #53 e #54, Fabulosos só volta na #55 com estreia de arco novo, mas os mesmos problemas de sempre. Não sou entusiasta do Claremont, isso não é novidade, mas ele também força a barra. A equipe da Tempestade (que é a reencarnação dos X-Treme) recebem um chamado de urgência: encontraram o corpo da Psylocke, e VIVA! Pra quem não lembra, a mulher foi morta por Vargas em X-Men Extra #9, bem no comecinho de X-Treme. Lembro que o corpo foi até zipado num daqueles sacos pretos! O seu retorno ainda é um mistério e nem dá tempo da galera pensar direito: pegam Betsy em custódia e vão salvar X-23 do ataque de dinossauros inteligentes, perdendo feio e transportados para a Terra Selvagem, transformados em prisioneiros.
Claremont tem uma paixão pela Terra Selvagem, em X-Treme teve um especial passado lá (que saiu em X-Men Extra #13), onde Tempestade foi “involuída” à uma forma selvagem. Olha que surpresa, Claremont faz Rachel se transformar numa reptiliana dessa vez. Assim não dá pra te ajudar amigo, reciclando ideias que usou a tão pouco tempo. Tenho a impressão de estar vendo um looping infinito dos X-Treme. A arte do Alan Davis, por outro lado, é muito boa e o efeito dos poderes da Rachel são demais. Obs 3: agora Wolverine beija Tempestade.
Novos X-Men – Academia X: na edição #53 temos o final do arco com o menino fantasma. Um pouco tosco, mas que não desagrada: a turma realiza uma mesa espírita pra invocar o fantasma. Não há muito suspense ou drama e o resultado final é o pequeno Gasparzinho se tornar aluno do Instituto. Isso que é diversidade! Já no arco seguinte, bem curto e em duas edições, um pouco sobre a extensão dos poderes do Prodígio. Ele consegue absorver o conhecimento de todos ao seu redor, porém não consegue manter para si. Assim que se distancia da pessoa, perde tudo. Ele conversa com Emma Frost para que tire este bloqueio mental, para que consiga absorver e manter tudo.
O que segue é uma história numa realidade paralela, com o Prodígio sendo o homem mais inteligente do mundo. 18 anos no futuro, se tornou Presidente dos EUA, erradicou a fome e a miséria, fez com que a maioria dos países se unissem ao seu governo. Porém está ameaçando detonar a China, a única que se negou. Isso faz com que Satânicos e Novos Mutantes, com seus 35 anos, voltem ao combate. Não é um arco que empolga, como foi os último, mas também não desagrada. Fica no chove e não molha, de interessante mesmo é saber que David é apaixonado pela Dani Moonstar. Obs 4: Emma Frost ‘tá’ fazendo o Logan, aparecendo em tudo.
X-Men #53, #54 e #55 trazem Peter Milligan à frente da série principal, uma ótima retomada no título num arco bem interessante, ágil e conciso. Ponto pra ele! Academia X deu uma despencada, mas ainda continua uma leitura agradável. Já Fabulosos, prefiro não comentar…. Só quero ver como vão explicar a volta da Psylocke… se já não bastasse a do Colossus.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.
X-Men #55 foi a primeira hq de super heróis que eu comprei, tava no hype do terceiro filme dos X-Men, passei enfrente uma banca e meu irmão disse “olha lá, um gibi dos X-Men!”. Achei isso um máximo, pq não imagina que tinha hqs dos X-Men aqui no Brasil, hehehe. Comprei e li essa hq como se tivesse lido a melhor história da vida, mesmo não entendo quase nada da história kkk Depois disso eu me apaixonei por hqs, ainda mais que eu fui descobrindo que tinha histórias muito melhores dos X-Men hehehe. Seu review me bateu uma nostalgia muito grande. Pretendo continuar lendo a partir de hoje. 😀
Venho comentando os X-Men desde a primeira edição da Panini, tem bastante material pelo site até chegar o próximo review! Obrigado pela depoimento ^^. Agora que a coisa fica séria com Dinastia M.