[Especial] Jovens Titãs Rebirth: A Ascensão de Aqualad!

Arcos Principais: A Ascensão de Aqualad (The Rise of Aqualad).
Publicação Original/ Brasil: Teen Titans #6-7 (DC, 2017)/ Inédito.
Roteiro/ Arte: Benjamin Percy / Khoi Pham.

O primeiro arco dos Jovens Titãs nesse Rebirth foi divertido, colocando o Robin (Damian Wayne) como o líder da equipe e o responsável por unir a galera. Mas escorregou em alguns pontos, principalmente no texto um tanto moralista e no formato já tradicional de histórias que reúnem grupos. O segundo arco, A Ascensão de Aqualad, é um pouco melhor e também curtinho, apenas duas edições (#6-7), com Khoi Pham (X-Factor Investigações) nos desenhos. Os membros da equipe deixam de lado uma feição mais pré-adolescente e voltam a ganhar traços mais adolescentes, com exceção do Damian que tem 13 anos. O que é muito bom. Também marca a estréia do Aqualad (Jackson Hyde) dentro do Rebirth, com algumas alterações. Review sem muitos spoilers.

A ASCENSÃO DE AQUALAD

Esse Aqualad foi criado originalmente para a série animada Justiça Jovem, porém a DC viu potencial nele e o inseriu na continuidade das HQs, na saga O Dia Mais Claro, como Jackson Hyde: um rapaz que consegue controlar a água e criar objetos a partir dela, o filho do Arraia Negra que não quis seguir o caminho do pai. Aqualad não apareceu nos Novos 52, porém ressurge agora no Rebirth, com um visual mais semelhante à sua versão animada, gay e ainda sem o peso da sua relação com o Arraia. Ele é bem carismático e, assim como o Kid Flash, tem essa vontade em ser um bom super-herói. Vale comentar que nos Novos 52, também tivemos um personagem gay entrando pros Novos Titãs logo no início, o Casamata, mexicano e na época um pouco mais estereotipado. Agora, temos o Jackson, numa pegada mais “discreta”. Fica a expectativa de como ele será trabalhado e se terá algum envolvimento amoroso. A Marvel vem saindo na frente no que diz respeito aos temas mais atuais, e a revista dos Jovens Titãs sendo formada por adolescentes e para um público também mais jovem, é um prato cheio pra DC começar a ter um título mais “moderninho”. Falando nisso, fiquei com a sensação de que o Kid Flash tem uma queda pela Ravena.

A trama se desenrola quando Jackson vê uma reportagem dos Jovens Titãs na televisão e percebe que poderia ser um herói, já que também é um adolescente com poderes, que consegue manipular a água. Além de possuir uma mãe super protetora, que não entende a “rebeldia” do filho: cabelo descolorido, saindo com garotos e agora essa de herói. Legal que a questão da sexualidade já fica bem clara, mesmo que nas entrelinhas. Inclusive há uma cena em que ele mostra seus poderes pra um casinho. Enquanto isso, o Tubarão-Rei está envolvido na soltura de vários presos de Alcatraz, além da morte de animais e o ataque de tubarões na baía de São Francisco.

Assim, Jackson tenta a sorte na cidade grande, pedindo uma chance pra ser um Jovem Titã e acabando por entrar no olho do furacão. A história está bem mais ágil que o primeiro arco, com a estética dos personagens melhor, com eles mais maduros, mas ainda adolescentes. As cenas de ação são boas, tanto dentro da água quanto fora dela, na prisão. Finalmente percebemos aquele gostinho de “Novos Titãs”, com eles na Torre, Mutano vegetariano e dando uma cutucada na galera, as piadas… Mas por outro lado, o Damian continua o mesmo chato de sempre, chegando a chamar o Jackson de criança. Quer dizer… Mesmo assim, em relação ao primeiro arco, me empolgou mais. O final ainda promete uma ligação com os eventos que vimos em Aquaman, do Arraia Negra líder da NEMO.

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