[Especial] Grandes Astros – Batman Rebirth: Nos Confins da Terra!

Grandes Astros - Batman Rebirth Nos Confins da Terra Destaque 1

Arcos Principais: Confins da Terra (Ends of The Earth).
Publicação Original/ Brasil: All-Star Batman #6-9 (DC, 2017)/ Inédito.
Roteiro/ Arte: Scott Snyder / Jock, Tula Lotay e Giuseppe Camuncoli.

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A série Grandes Astros Batman veio com uma proposta diferente nesse Rebirth. Sob o roteiro de Scott Snyder (Wytches), ela pretende reunir grandes artistas e vilões icônicos em cada arco, sem necessariamente ter o peso da cronologia ou dos fatos que estão ocorrendo nas outras revistas do Morcego. O primeiro arco, Meu Pior Inimigo, abordou a viagem do Batman tentando “salvar” o Duas-Caras, carregando Harvey Dent pra cima e pra baixo ao melhor clima “road-movie“. Com os desenhos de John Romita Jr., foi um início bem agitado e interessante. Nesse segundo arco temos algo semelhante, já criando um certo padrão nas histórias (se continuarem assim), igualmente interessante e com ótimos desenhistas convidados,  com participação especial da Hera Venenosa, Chapeleiro e do Sr. Frio. Review sem (muitos) spoilers!

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NOS CONFINS DA TERRA

Tudo começa com Batman indo ao Alaska confrontar o Sr. Frio, que está trabalhando num vírus que ressuscita pessoas em estado creogênico, mas que voltam como zumbis. Ele pretende liberar um esporo no ar, extraído de um gelo primitivo e trazer uma nova Era do Gelo à Terra. Assim, o Batman começa sua jornada para tentar impedir o esporo de se alastrar. A edição #6 é ilustrada pelo Jock, que já havia trabalhado com Snyder em Wytches, criando sequências bastante complexas, com muita neve dominando os quadros. Outro ponto interessante é que não há balões. O início, com o Batman surgindo no horizonte, também é repetido nas duas edições seguintes, criando um padrão estético (e de jornada) bem legal. Essa série também vem trazendo um Batman um pouco diferente do que estamos acostumados, com novas roupas ou até mesmo lutando sem o uniforme.

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Voltando à história, ele viaja a um deserto para encontrar a Hera Venenosa e lhe pedir um favor, alguma solução para o esporo. E é engraçado como sempre a Hera está de boa, cuidando de suas plantas e seus híbridos (dessa vez tratando uma árvore ancestral rara) e vem a galera pra perturbar. Essa edição #7 é ilustrada por Tula Lotay (Corpos), que possui um ótimo traço, super delicado e elegante. Ela geralmente faz capas, então é bom vê-la no miolo. A Hera é minha bat-vilã preferida e é sempre bom ela dar as caras, provando que pode render ótimas histórias, mais calmas e menos heroicas. O próximo passo na jornada é a casa do Chapeleiro Louco, pra descobrir que tecnologia o Sr. Frio vinha usando. Essa edição #8 é desenhada por Giuseppe Camuncoli (Hellblazer) numa trama fantástica! O Batman entra num verdadeiro delírio digno de Alice no País das Maravilhas, preso em suas próprias loucuras, com direito a sequências bem psicodélicas colocando seus principais inimigos como personagens da Alice. Essas três edições começam da mesma maneira, como comentei, e funcionam muito bem como uma espécie de “trilogia“. Particularmente, acho que deveria ter terminado aqui o arco.

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Mas não, ele tem uma quarta e última parte! Jock volta pra arte e temos um desfecho totalmente surreal da história, com uma reviravolta que ainda não sei se comprei. Primeiro que toda a sequência inicial, que não vou falar com detalhes pra não dar spoilers, é praticamente um Matrix Reloaded (que por acaso é o meu preferido da trilogia, aqueles Gêmeos são fod@as!): é moto voando pela pista, perseguição, Alfred dando as coordenadas… Como falei no início, o Batman usa novos uniformes e vê-lo como uma espécie de Agente Secreto do FBI a todo vapor é muito estranho. Sem contar que muitas cenas do arco, como a própria edição da Hera, é ao ar livre e de dia. É bem bizarro ver o Cavaleiro das Trevas sendo o Cavaleiro Matinal. Mas entremos na magia! É uma mudança que mostra outros lados do personagem. O que me incomodou no final do arco foi o seu desfecho, utilizando da mesma estratégia que vimos em Eu Sou Bane e Eu Sou Suicida, algo típico de algum episódio do Scooby-Doo. Não foi necessariamente ruim, mas é algo que parece uma tendência nessas histórias do Rebirth. Ao contrário do primeiro arco, este Nos Confins da Terra funciona muito melhor com as edições individualmente do que como um conjunto, mas ainda um arco ao estilo “road-movie” muito legal e frenético.

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