[Especial] Detective Comics Rebirth: Batwoman Begins e Edição #950!

Detective Comics - Batwoman Begins e Edição 950 Destaque 1

Arcos Principais: Batwoman Begins.
Publicação Original/ Brasil: Detective Comics #948-950 (DC, 2017)/ Inédito.
Roteiro/ Arte: James Tynion IV/ Ben Oliver, Eddy Barrows, Alvaro Martinez e Marcio Takara.

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O último arco de Detective Comics foi o Sindicato da Vítima, que terminou na edição #947. E o arco seguinte é A Liga das Sombras, que vem sendo publicado desde a edição #951. Entre o fim daquele e o começo desse, tivemos a curta Batwoman Begins em duas partes, funcionando como um prólogo para a série mensal da Batwoman, e a edição comemorativa #950, com mais páginas e explorando a Órfã, o novo integrante Azrael e com um flashback do Robin Vermelho, preparando o terreno para A Liga das Sombras. Review especial sem spoilers dessas três edições.

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BATWOMAN BEGINS

A Batwoman tinha ganhado uma série própria durante os Novos 52 em 2011, com o traço sensacional do J. H. Williams III (Promethea), colocando a personagem num novo patamar. Mas com a reformulação do Rebirth, ela não foi renovada e ficou apenas na Detective Comics. O que foi um erro, já que ela é ótima (e muito estilosa)! Aí a DC resolveu correr atrás do prejuízo e anunciou ano passado que teríamos uma mensal dela novamente. A expectativa foi lá em cima, claro, e finalmente a revista estreou agora em março, escrita por Marguerite Bennett (Angela, Red Sonja). E como uma espécie de prólogo, James Tynion e a própria Marguerite escreveram esse pequeno arco em duas partes, Batwoman Begins, contextualizando a personagem e inserindo uma nova trama a ser desenvolvida em sua revista.

Na história, o Batman e a Batwoman investigam o roubo de algumas latas do veneno do Hugo Strange, realizado por um membro da Colônia, o grupo do pai da Kate. As coisas são meio café-com-leite, mas funcionam pra explicar quem é a Batwoman e em quê ela é diferente do Batman. Enquanto ela é uma soldada, usando de estratégias militares e armas, ele é contra o uso de armas e luta de outra maneira; ambos possuem um passado diferente, pensam de maneira diferente. Tudo mostrado em dois momentos: um no passado, quando ela trabalhava para o pai e vigiava os passos do Batman; e outra no presente, quando começa a perceber o quão se distancia do Homem Morcego na forma que querem acabar com a criminalidade na cidade. Outro ponto legal é que não esqueceram do que houve na Noite dos Homens-Monstro, Gotham ainda está lidando com a carcaça das criaturas. Mas para uma edição que promete abrir passagem pra nova série solo dela, acho que ficou faltando um gostinho de “quero mais”, seja na sua nova missão ou na arte. Não que Ben Oliver seja um artista ruim, o que não é, ele tem um estilo meio pintado bem bonito e cheio de contraste (e tinha mandado bem em Batwing), mas não é aquele formato megalomaníaco do Williams que chegou com os dois pés na porta. Mas fica a expectativa!

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EDIÇÃO #950

Detective Comics é uma das séries mais antigas da DC, criada em 1937 e publicada continuamente até 2011, sendo zerada em sua edição #881 por conta dos Novos 52. Para o Rebirth, a editora resolveu voltar à sua numeração antiga (#934) e a revista é hoje a HQ contínua mais longa dos EUA! E para comemorar os 950 números lançados, a edição de fevereiro foi maior e com três histórias. A primeira é protagonizada pela Órfã, que até então tinha entrado muda e saído calada em quase todas as histórias, finalmente ganhando um destaque! Ela é super solitária e não consegue expressar suas emoções, sofrendo por isso. É um drama bastante palpável e até mais interessante que da Batwoman, que seria a grande personagem da série. Ela sofre pelo Batman ainda desconfiar dela, por não poder falar o que está sentindo pra sua amiga, de não poder conversar sem ficar analisando as pessoas e situações, entre outras coisas. Ela adora ballet e sempre que pode se esconde pra observar as bailarinas no teatro, mas também sofre por não poder interagir com elas como queria. Ou seja, é uma sofrência só! Mas da boa. A história é ótima e acabei curtindo mais ainda a Cassandra. E a arte de Marcio Takara (Besouro Azul) casou muito bem.

A história seguinte é sobre o Azrael, que particularmente não conheço muito e nem sei em que momento ele resolveu entrar na equipe. Mas okay. Ele usa um uniforme angelical da Ordem Sagrada de Santo Dumas (ou algo assim) e o foco é em apresentar suas principais características, como funciona seus poderes e sua relação com o Batman. O Batwing é o coadjuvante, lutando junto dele na Sala de Lama. Fecha a edição especial uma micro história com o Robin Vermelho, um flashback onde ele percebe que o Batman está movendo Deus e o mundo, como se estivesse se preparando pra algo grande: com Asa Noturna, Capuz e Damian em pontos estratégicos e montando sua própria “Liga da Justiça” (que é a equipe da Batwoman). É o prelúdio pro arco seguinte, Liga das Sombras.

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De um certo modo, essas três edições fala de legado. O quanto a Batwoman é importante e uma fan favorite, merecendo sua série solo novamente; e a incrível marca de 950 edições da revista. Mas no fundo esses pontos foram os menos interessantes, apesar de ainda bons. A Órfã foi a verdadeira estrela, com uma história sensacional que só vai aumentar seus fãs. E outro que se destacou, mesmo aparecendo por 2 minutos, foi o Cara de Barro, que virou meu atual crush: o Batwing preparou um bracelete que consegue revertê-lo à sua forma humana. Porém nem tudo são flores: enquanto ele está na forma humana, ele gasta seu “DNA humano”; e enquanto está em sua forma de lama, seu cérebro pode virar barro a qualquer momento. Ele não tem muita saída. Um dos melhores personagens da revista.

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