[Review] X-Men #2 !

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Nome Original: X-Men #106; X-Men Annual 2000; Uncanny X-Men #386; Cable #79

Editora/Ano: Panini, 2002 (Marvel, 2000)
Preço/ Páginas: R$6,90/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Chris Claremont; Robert Weinberg
Arte: Anthony Williams; Scot G. Eaton; Tom Derenick; Michael Ryan
Sinopse: O confronto final contra os Neo! E ainda: a inesperada união entre Lady Letal e os X-Men para combater a ameaça dos Supra-Sentinelas! Um furacão põe em risco a vida de Lee Forrester… e só os X-Men podem salvá-la! Começa um novo capítulo na vida de Cable!

 
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Para saber o que se passou com os X-Men até aqui, confira os posts [Guia] X-Men Premium #1 à #17 + Acontecimentos Anteriores Parte 1 e Parte 2, além do review de X-Men #1.
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A Panini deu uma melhorada, se comparada à primeira edição: páginas numeradas, as capas originais (mesmo que em miniaturas), cartas e novidades, além do formato “panini” (maior que o americano), capa cartão e papel couché. Não há muito o que reclamar quanto à qualidade gráfica, mas mais uma vez as histórias dos X-Men permanecem na média, sem acrescentar muita coisa. Chris Claremont está no comando dos mutantes e as três primeiras histórias dessa edição são dele. A primeira é curta, continuação da publicada anteriormente, e mostra o final da briga entre X-Men Vs Neo. Esse confronto veio se arrastando em várias revistas e terminou totalmente sem graça, pra não dizer ridículo. Domina se mostrou durona todo o tempo pra no final amolecer? Quebra qualquer expectativa… e ela não foi a única vilã bancando a boazinha.
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Na história seguinte, alguns Supra-Sentinelas surgem e perseguem Lady Letal, que se sente na obrigação de ir até à Escola de Xavier perturbar a equipe da Vampira, pedindo ajuda (e levando todos os robôs pra lá). Rola uma pancadaria e a vilã se une aos X-Men para procurarem a pessoa por trás desse “religamento” das máquinas. Ou seja, uma espécie de deja vu da saga Operação: Tolerância Zero. De destaque fica a própria Yuriko, que foi bem desenhada.
 
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Só ela também. Cada edição teve um desenhista diferente e parece que eles não entraram num consenso de como seria a aparência dos mutantes, o cabelo de Vampira muda a cada instante, como se tivesse vida própria, fora a aparência de Groxo, totalmente diferente da mostrada em X-Men Extra #1, e sem nenhuma explicação, também. Apesar da Panini ter aumentado a quantidade de referências (os famosos “*”), ainda faltou mais. Engraçado a “bondade” de Yuriko, principalmente com Wolverine, seu inimigo mortal.
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A terceira história, também de Claremont, mostra a equipe se divertindo até que um furacão ameaça um barco e um avião. Normal, se não fosse pela capitã do barco Arcadia: Lee Forrester, a ex-namorada de Scott Summers durante a fase que Jean estava “morta”. E o melhor de tudo, Jean não a conhece! Poderia dar uma boa discussão, mas não passa muito disso. Todas as sequencias são dignas de filmes como Poseidon, repleto de ondas gigantes, janelas quebradas e pessoas sendo jogadas no mar. Enquanto o clima está derrotando toda a equipe, a mutante capaz de controlar os ventos está… inconsciente. Mas não por muito tempo, como já é de se esperar.
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A impressão que passa é que Claremont não sabia que rumo dar aos X-Men, finalizando arcos sem graça (Neo) e criando histórias que nada acrescentam, os famosos “tapa buracos”. Fica a expectativa de melhora para X-Treme X-Men, o próximo título exclusivo do autor, quando o mesmo deixa as revistas principais dos mutantes.
 
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Finalizando a edição, a quarta história é da série Cable, personagem adorado por uns e odiado por outros. Suas histórias também estavam se arrastando, mas até que deram uma melhorada. A arte dessa edição é muito boa, os desenhos de Michael Ryan (Mística) são simples, mas competentes, e as cores de Gloria Vasquez (Lobo, Batman) deixou as cenas mais “clean” e vibrantes, principalmente na sequencia mística.
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Cable é pego de surpresa por três bruxas, que lhe passam mensagens vagas e cita “três missões”, bem no estilo Sandman. Nathan não termina as missões, continuando na próxima edição. Não é nada grandioso e também deixa várias pontas soltas, como as três bruxas (quem são?). Pelo menos o autor se preocupou em mostrar a “transformação” das roupas normais de Cable em seu uniforme de luta, utilizando um modificador de imagem (como do Noturno). Nas histórias anteriores não tem isso, numa cena Tempestade está com roupa de gala e, na seguinte, já está de uniforme. Fica muito estranho.
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nota 6,0 w
*As histórias de X-Men, nesse começo de século, ficam no chove e não molha, trazendo mais do mesmo. Bom, pelo menos não tivemos a arte de Rob Liefeld, como na anterior.

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