[Review] Surpreendentes X-Men: Um Homem Chamado X!

Arcos Principais: Um Homem Chamado X (A Man Called X).
Publicação Original: Astonishing X-Men #7-12 (Marvel, 2018).
Roteiro/ Arte: Charles Soule / Phil Noto, Ron Garney, Paulo Siqueira, Matteo Buffagni, ACO, Gerardo Sandoval.

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No arco anterior e de estréia desse volume 4 de Surpreendentes X-Men, A Vida de X, tivemos o retorno do Professor X. Mas não de maneira tradicional, na verdade seu “espírito” saiu do plano astral e ocupou o corpo do Fantomex, agora com o nome de “X” . Nesse segundo arco, o grupo precisa lidar tanto com X quanto a ameaça de Protheus. Review especial com spoilers.

UM HOMEM CHAMADO X

Xavier, agora usando o corpo do Fantomex e utilizando o codinome X, tenta convencer os X-Men que o tiraram do plano astral de que tanto é o verdadeiro Charles Xavier quanto é uma versão nova do mesmo. A Psylocke chega a entrar em sua mente, encontrando o Fantomex lá dentro, percebendo que ele está muito bem e deu seu corpo de bom grado. Mas em se tratando do Charles, nunca dá pra saber se foi isso mesmo, né? O X consegue expurgar o vírus psíquico na região de Londres onde eles estão, dizendo sempre que quer dar “presentes” aos seus pupilos. Porém a energia expurgada se transforma numa bola verde no céu e traz dos mortos o Protheus, o filho insano da Moira MacTaggert.

Protheus é feito de energia, praticamente, precisando possuir corpos para se disseminar, pretendendo dominar o mundo (novidade). Ele teleporta para o norte, transformando a realidade de um bairro, criando uma muralha em volta e dando à essa pequena população tudo o que eles querem, tornando realidade quaisquer que sejam seus desejos. E isso logo vira uma bagunça, já que as pessoas não tem limites, gerando várias mortes. Antes disso, aliás, tem um momento interessante, quando a Psylocke e o X tentam invadir a mente de Protheus, mas acabam se fundindo temporariamente, onde conhecemos um pouco da história do vilão.

Essa revista dos Surpreendentes X-Men durou apenas 17 edições, com três arcos e um anual. Sendo o primeiro e esse segundo escritos pelo Charles Soule, com o terceiro e a edição especial anual escritos pelo Matt Rosenberg. A luta final contra o Protheus traz momentos interessantes, como toda a realidade sendo manipulada, transformando muralha, terreno e pessoas num monstro gigante, lançando “sementes” do Protheus ao redor do mundo, a fim de criar seu jardim especial. Seguindo a estrutura do primeiro arco, nesse segundo cada edição é desenhada por um artista diferente, como Phil Noto e Ron Garney, que trabalharam com o Charles Soule na série do Demolidor (A Morte do Demolidor e Prefeito Fisk, respectivamente), com destaque para a arte da edição #10, justamente dessa batalha, desenhada por ACO e recheada de páginas duplas, psicodelia, quadros inusitados e onomatopeias. Mas de maneira geral, essa troca de desenhistas nem sempre é boa, acontecendo alguns “erros” de uma pra outra, como um personagem tá de um jeito e na história seguinte aparecer de outro.

Essa luta ainda rende momentos chocantes como a Mística se disfarçando de Moira, mãe do Protheus, na tentativa de enganá-lo, mas que acaba tendo seus braços arrancados! Psycloke e X também dão as mãos e tentam um super golpe psíquico. Mas a surpresa, revelada nas duas últimas edições, é que o Rei das Sombras estava escondido na mente do X esse tempo todo, saindo do corpo do Fantomex como se fosse um casulo, partindo sua cabeça em dois! Tudo acontece bem freneticamente, se não prestar muita atenção você se perde, como o paradeiro do Protheus após a chegada do Rei das Sombras. Aliás, como que o Rei das Sombras estava ali o tempo todo e ninguém percebeu? Já que a Psylocke é bastante poderosa e o X, ou o Charles, é uma das mentes mais poderosas do mundo?

Os diálogos também deixam um pouco a desejar, principalmente do X (que não cansa de avisar que esse é seu nome agora). Personagens como o Gambit e o Bishop também tem pouco espaço, quase não fazendo diferença. Aliás, o final é bem bizarro: o X fica gigante (quase um Megazord) e pisa no Rei das Sombras; dando seus “presentes” aos X-Men, mas que de presente bom mesmo foi só pro Anjo, que agora consegue se transformar em Arcanjo quando quiser, sem perder o controle. De resto, foram algumas coisas bem subjetivas. Mas pra quê tudo isso se, depois de tudo, o X foi lá e apagou a memória de geral, com exceção da Betsy? Enfim, um arco com algumas sequências interessantes, cheio de cenas de ação, mas que pecou um pouco nessa interação das personagens e explicações, ficando meio artificial.

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