[Review] Batman: Batgirl!

Batman - Batgirl 1997 MythosNome Original: Batman: Batgirl
Editora/Ano: Mythos, 2004 (DC, 1997)
Preço/ Páginas: R$4,50/ 52 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Kelley Puckett
Arte: Matt Haley
Sinopse: Em seus primeiros anos como Batgirl, Bárbara desobedece o Comissário Gordon e resolve ir atrás do Coringa, que sequestrou uma família.

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Em 1997 estreava o filme Batman & Robin e, em comemoração, a DC publicou 4 especiais com os personagens que apareciam no longa, para apresentá-los ao grande público. Três deles foram publicados aqui: o sem sal Batman: Senhor Frio, o ótimo Batman: Hera Venenosa e este Batman: Batgirl. O quarto, Batman: Bane, ainda permanece inédito.

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Importante comentar que, apesar de publicada em 1997, ela ocorre bem ante disso. Na Graphic Novel Batman: A Piada Mortal (1988), o Coringa atira em Barbara Gordon, deixando-a paralítica e inativa durante toda a década seguinte. Essa HQ, então, mostra os primeiros anos dela como Batgirl, ainda inexperiente e, talvez, o seu primeiro encontro com o Sr. C.

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Na história, Barbara ouve um chamado da polícia de que uma família foi feita refém pelo Coringa. O Comissário Gordon, seu pai, pensa ser apenas mais um maluco se passando pelo vilão. Mas ela não acredita e segue em missão solo. Já na casa, ela acaba sendo aprisionada e precisa pensar rápido pra fugir do lugar e impedir que o palhaço cometa mais crimes.

O roteiro de Kelley Puckett é típico de história de super-herói, que remete às narrativas clássicas de HQs. Tudo nela chega a ser, inclusive, um pouco antiquado, sendo esse o seu calcanhar de Aquiles. Nas primeiras histórias de heróis era comum o uso de recordatórios (as caixas de texto) expressando o pensamento das personagens, que diziam exatamente o que a gente já estava vendo. Esse estilo aparece de sobra aqui, com a Batgirl dizendo passo a passo o que vai fazer, explicando tudo, chega a ser caricato.

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Os desenhos de Matt Haley (Firestorm) seguem no mesmo caminho, com uma abordagem clean e retrô, em parte graças às cores de Kevin Somers (As Aventura de Ciclope e Fênix), contrastantes e saturadas, excelentes. O jogo de luz, sombra e silhuetas é incrível. A arte é o grande destaque da HQ, dando mais dinamismo ao roteiro simples, valendo a leitura por ela. Atenção especial para o uniforme da Batgirl e as roupas e que o Coringa usa.

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Os entusiastas da Era de Ouro dos quadrinhos provavelmente curtirão melhor Batman: Batgirl. Para os que procuram algo mais moderno, sairão sentindo falta de uma profundidade. O próprio Coringa é apenas uma faísca do que realmente é e representa no universo do morcego. Ele é pego muito facilmente e até o Batman, que faz uma aparição, leva um tiro de bobeira. Difícil de acreditar.

Os quatro álbuns dessa coleção não passam de fillers do filme de 1997, mas acabam sendo peças de colecionador, pena que a Mythos não publicou o do Bane. Aqui a imagem de todos:

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