[Review] Sweet Tooth – Depois do Apocalipse Vol. 2: Cativeiro!

Sweet Tooth #2 - Cativeiro Capa

Nome Original: Sweet Tooth #6 ao #11
Editora/Ano: Panini, 2013 (Vertigo, 2010)
Preço/ Páginas: R$19,90/ 148 páginas
Gênero: Alternativo
Roteiro/ Arte: Jeff Lemire
Sinopse: Não existem mais pessoas boas no mundo. E Gus está aprendendo isso do pior jeito possível. Ele pensou que o homem chamado Jepperd fosse seu protetor, seu amigo. E aí ele o abandonou em um terrível lugar onde crianças híbridas como Gus são mantidas em jaulas. Um lugar onde homens insensíveis conduzem experimentos letais em uma inútil tentativa de desvendar os segredos do flagelo que assolou o mundo. Esses homens acreditam que Gus é especial e irão até o fim para descobrir o motivo… custe o que custar.

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O primeiro volume de Sweet Tooth foi bom, acima da média, mas ainda tinham pontos a melhorar. Até porque, mais uma história pós-apocalíptica com o mundo desolado e muito salve-se quem puder? Mas então, nesse segundo volume, tudo é posto de cabeça pra baixo e melhora muito! Mesmo quem não curtiu o primeiro, deveria dar uma chance pra série porque ela dá um salto na qualidade.

Sweet Tooth #6

Temos duas histórias se desenvolvendo paralelamente. A primeira é com o jovem Gus no Cativeiro, preso junto de outros híbridos e prestes a ser examinado pelo médico do lugar. Abandonado pelo Jepperd, o menino não confia em mais ninguém e se prova valente em lidar com os “vilões”. A importância de Gus se deve ao fato dele ter 9 anos, ou seja, ele veio antes da epidemia do Flagelo. Sendo assim, as crianças híbridas não são resultados do vírus.

Sweet Tooth #8

O cientista também descobre que ele não nasceu de maneira tradicional, já que não possui umbigo. Teria sido criado em laboratório? Começam as primeiras questões da série. Uma das melhores cenas desse volume é quando Gus é hipnotizado, pra contar sobre sua infância e seu pai. Jeff Lemire (Cavaleiro da Lua), que é o autor e artista, faz uma bela sequência de quadros, entrando na mente do menino. Muitos não curtem seu estilo de desenhar, mas vamos admitir que possui boas sacadas!

Sweet Tooth #9

A outra história é a de Jepperd e sua esposa, antes do Flagelo. Ele, um brutamontes. Ela, uma mulher delicada. Se complementavam e tiveram que lutar juntos contra a vinda do vírus. No processo, porém, ela acabou engravidando e sendo capturada por Abbot (que mantém o Cativeiro), surgindo daí a raiva de Jepperd por todos os híbridos e cientistas relacionados. Também é apresentado do porque ele entregou Gus e uma cidade improvisada que trabalha com o velho sistema de trocas. Te dou uma arma, pego um pedaço de pão…

Sweet Tooth #7

Há muitas reviravoltas que deixam a trama menos previsível e mais dinâmica. Logo no início, por exemplo, Jepperd tira o corpo da esposa do saco que carregava pra cima e pra baixo. A explicação é ótima, também. No review anterior eu comentei sobre a semelhança entre Sweet Tooth e os X-Men (em relação à mutação). Agora outro ponto também me lembrou dos mutantes: Abbot, como cientista caricato e de óculos redondos, junto de Jepperd, que é um homem que age por instinto e adora briga, me lembram da Arma X do Wolverine. Só impressão?

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