Arcos Principais: Sem título.
Publicação Original: Mighty Morphin Power Rangers #9-12 (BOOM! Studios, 2017).
Roteiro/ Arte: Kyle Higgins/ Hendry Prasetya e Jonathan Kam.
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Nossa, fiquei muito longe dessa série dos Power Rangers! Três anos sem ler e resenhar aqui, mas voltei! Continuando de onde paramos, hora do terceiro volume (que compila as edições #9-12). A batalha contra o Dragonzord continua na cidade, enquanto a Rita Repulsa controla os Zords dos outros Rangers. Review especial sem muitos spoilers!
BILLY E TOMMY EM OUTRA REALIDADE
Talvez Mighty Morphin Power Rangers seja uma das séries mais massaveio que venho lendo, mas de uma maneira muito positiva! O roteirista Kyle Higgins conseguiu adaptar a clássica série de TV, que todo mundo tem certa memória afetiva, trazendo toda sua carga de explosões, cores, monstros e robôs gigantes, além daquele lado meio cafona, mas focando na ação e explorando a mitologia dos Rangers. Confesso que as vezes me perco um pouco nos detalhes como a Rede de Morfagem, mas não torna a leitura chata, pelo contrário. O desenhista Hendry Prasetya também é fenomenal, com um traço dinâmico e limpo, fazendo toda a diferença e ajudando o título a ter uma identidade própria (já que não altera tanto os desenhistas). Esse conjunto vem tornando a série uma das mais consistentes em se tratando de heróis.
Nesse terceiro volume, a batalha contra o Dragonzord continua. A Rita Repulsa bugou a Rede e vem controlando os Zords dos Rangers, mas é pega de surpresa quando Tommy e os outros conseguem acessar a Luz Verde, com todos morfando para Ranger Verde. Enquanto isso, na prisão no espaço, o Billy passa a barganhar com o Goldar, conseguindo que o vilão o transporte para a Terra, já que ele não tá gostando nada do rumo com o Dragão Negro. Afinal de contas, o inimigo do meu inimigo é meu amigo, né não?
As coisas começam a piorar quando Tommy e Billy se unem para “desligar” o Dragonzord de dentro, mas acabam transportados para uma outra realidade. Um futuro, que eles ainda não sabem ser o deles ou de uma linha alternativa, em que a Rita dominou a Terra ao lado de Lord Drakkon. O legal aqui é a aparência desse futuro, bem sombria e a lá Planeta dos Macacos, com direito a Zords e estátuas soterradas (como a cena clássica do filme, com a Estátua da Liberdade). Billy e Tommy precisam, então, tentar fugir dos guardas de Drakkon. Um ponto bastante positivo é que se você for, assim como eu, alguém que só assistiu a série original de 1993, não conhecendo tanto esse universo ou os outros Rangers (Ninja, Turbo, Samurai etc), você vai se surpreender em várias cenas. Por exemplo, temos um retcon sobre a origem desse mundo, como o Lord Drakkon foi criado (envolvendo a Luz Branca) e a participação especial da Espada Saba. Alguns pontos que já fazem parte da série, mas que eu não lembrava, então foi uma mistura entre relembrar e se surpreender.
O que é muito legal, pois o título fica acessível tanto pra quem tá entrando agora, quanto para quem é mais saudosista. Eu to adorando essas ideias de Luz e Rede de Morfagem, pra mim eles só se transformavam e bora pro ataque! Além dessa trama envolvendo a realidade do Lord Drakkon, a edição #10 traz uma história especial do Billy Cranston, o Ranger Azul, desenhada por Jonathan Lam, em que conhecemos um pouco do personagem e sua insegurança, enquanto ele lê o livro Jornada de Herói (e tenta imitá-lo), não percebendo seu valor, mesmo quando cria várias melhorias no sistema dos Rangers. Um bom volume, com uma leitura divertida e cheia de ação e referências. Esse mês vou tentar adiantar a série, então fica de olho nos reviews!
Confira a sequência dos reviews de Mighty Morphin Power Rangers que fiz aqui no site:
Mighty Morphin Power Rangers Vol. 1: Ranger Verde – Ano Um
Mighty Morphin Power Rangers Vol. 2: O Zord Dragão Negro
Mighty Morphin Power Rangers Vol. 3: Billy e Tommy em Outra Realidade
Ou acesse o Índice de Reviews para conferir outras séries!
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.