Arcos Principais: Sem título.
Publicação Original/ Brasil: Mighty Morphin Power Rangers #5-8 (BOOM! Studios, 2016)/ Inédito.
Roteiro/ Arte: Kyle Higgins/ Hendry Prasetya.
A BOOM! Studios vem publicando uma série periódica dos Power Rangers desde o ano passado, inspirada na temporada original e com todos os heróis, vilões e robôs caricatos que gostamos. O primeiro arco, Ranger Verde – Ano Um, tratou de apresentar o status quo dos 5 protagonistas mais a inclusão do Ranger Verde, lidando com a influência da Rita Repulsa. Foi uma leitura muito boa, chegando a surpreender, com roteiro e arte bastante afiados, algo que é difícil de encontrar em adaptações do gênero. A série não só vem se consolidando, como também gerou uma mini da Ranger Rosa e um crossover com a Liga da Justiça! Ambos de 6 edições cada. Sinal que está indo bem! Esse segundo arco (edições #5-8) apresenta o Zord Dragão Negro, um parceiro da Rita Repulsa que chega na Terra e destrói o Centro de Comando dos Rangers, detonando Zordon e Alpha. Review especial sem spoilers!
O ZORD DRAGÃO NEGRO
No fim do primeiro arco, os Rangers são surpreendidos com a chegada de um novo Zord, o Dragão Negro, que consegue derrubar todo mundo com bastante facilidade e parte pro QG deles, destruindo a torre e, aparentemente, mandando Zordon pro além e despedaçando o Alpha. O único meio da equipe se safar é indo pra Dimensão de Bolso, porém o Dragão Negro consegue pegar o Billy (Azul), o separando dos outros. É uma reviravolta bem interessante na história, porque já tira da jogada várias peças fundamentais na mitologia dos Rangers, como Zordon e Alpha. Nem passou um ano de publicação e a Rita Repulsa, com a ajuda do Dragão, já consegue tocar o terror na Terra. Isso mostra uma agilidade no roteiro de Kyle Higgins, sem muita enrolação. Também é interessante que, assim como no primeiro arco, ele vem explorando as ferramentas e habilidades dos Rangers e dos Zords. Aqui temos o Dragão utilizando da moeda do Billy pra poder interferir na rede de morfar, que eles acessam pra poder se transformarem. É um pouco complexo, mas o leitor entra na magia.
Com a equipe fora do jogo, Rita aproveita pra lançar um aviso global: ou as nações se unem (leia-se: curvam-se) à ela, ou serão atacados. E aqui dá pra ver outro diferencial da série: apesar de toda a parafernália, ainda é um mundo que vive sendo atacado por monstros e onde os Power Rangers são os heróis. Enquanto isso, Billy está na prisão da Lua, conversando com Goldar, que também foi aprisionado. Há vários momentos de destaque, como Trini (Amarela) tentando consertar a rede de morfar, frisando o quanto Billy faz falta nesses assuntos tecnológicos, e do Zack (Preto) lembrando que foi convidado, no passado, a se juntar à Rita Repulsa e ser o seu Ranger Verde, meio que o aproximando do Tommy (Verde), não deixando-os tão diferentes assim. O poder corrompe, não é mesmo? Também realça a competitividade entre ele o Jason (Vermelho). Em relação ao primeiro arco, não há tantas cenas de ação nas ruas da cidade, focando no combate contra o Dragão Negro em dois momentos principais, uma na Torre e outra na Lua. Ao mesmo tempo em que o roteiro ganha fôlego pela agilidade, também acaba atropelando em algumas cenas, como o conflito político entre Rita e as Nações poder ter sido melhor explorado. Mesmo assim, continua uma ótima leitura, nos deixando a par de como funcionam os Zords e as armaduras, deixando no ar o paradeiro do Zordon e ainda colocando Alpha, que já é bem carismático, num papel de destaque.
Confira a sequência dos reviews de Mighty Morphin Power Rangers que fiz aqui no site:
Mighty Morphin Power Rangers Vol. 1: Ranger Verde – Ano Um
Mighty Morphin Power Rangers Vol. 2: O Zord Dragão Negro
Mighty Morphin Power Rangers Vol. 3: Billy e Tommy em Outra Realidade
Ou acesse o Índice de Reviews para conferir outras séries!
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.