[Especial] Aquaman Rebirth: Pela Coroa de Atlantis!

Arcos Principais: A Coroa de Atlantis (Crown of Atlatis).
Publicação Original/ Brasil: Aquaman #23-24 (DC, 2017)/ Inédito.
Roteiro/ Arte: Dan Abnett/ Scot Eaton.

O Aquaman tem enfrentado várias dificuldades em lidar com a diplomacia entre o povo da superfície (em particular os EUA) e os atlanteanos. Após o Arraia Negra ter armado uma guerra entre ambos, ter liberado o Dilúvio e tudo o mais, a situação só piorou. E pra complicar ainda mais, o povo de Atlantis descobriu que, pra apaziguar a possível guerra, Aquaman se rendeu ao governo americano. Foi a gota d’água. Apesar das intenções de Arthur terem sido boas, em demonstrar que está interessado na paz entre as nações, que mesmo tendo poder de fogo suficiente pra vencer, optou por declarar-se perdido, tudo que o pessoal das águas entendeu é: Atlantis se rendeu, se rebaixou. É o estopim para esse pequeno arco em duas partes, que coloca o reinado do Aquaman em cheque e prepara terreno pra nova e aguardada fase do herói, que estreou em Junho e possui arte do Stjepan Šejić. Review sem muitos spoilers da luta pela Coroa de Atlantis!

A COROA DE ATLANTIS

Essa história ocorre entre as edições #23 (Coroa de Atlantis) e #24 (Coroa de Espinhos), brincando com a palavra Coroa (Crown), que tem um duplo sentido. Após ter enfrentado e dado asilo político ao Ogiva, Aquaman e Mera voltam à Atlantis e são recebidos na porrada pelo terrorista Corum Rath e seu bando, que saíram da prisão. O assunto entre a nação é o mesmo: ninguém mais quer Arthur como rei, achando que ele não coloca Atlantis em primeiro lugar, além de se rebaixar para a superfície, brincando de super-herói. Dá-se início uma reunião para resolverem a situação, para que o Aquaman volte sua atenção para sua nação, colocando o povo da superfície em posição inferior, ou que renuncie. Claro que a posição dele permanece em manter uma boa convivência entre todo o mundo, que seria o caminho para o futuro. Depois de uns arcos mais ou menos, Dan Abnett volta o roteiro para a discussão política, que é bem mais interessante. Esse conflito entre o conservadorismo e em abrir as portas da nação.

Um ponto que fica meio forçado é o terrorist Rath tomar a frente e se candidatar ao cargo de rei, ganhando o apoio de todos os conselheiros. De terrorista a salvador da pátria. O grande clímax ocorre quando a “Coroa” de Atlantis, que é um mecanismo de defesa deles, é ativada. Muito bom! Outro ponto bacana é que a Mera chutou o balde e pede que Arthur entregue tudo e vá viver com ela, que só assim serão felizes, sem preocupações. Ao final, Murk fica entre servir seu amigo ou à sua nação, numa decisão e plot twist excelente! Apesar de considerar o Rath uma má ideia, acaba reforçando o quanto os atlanteanos estão com medo, preferindo confiar num terrorista que num “mestiço”. É o começo da nova fase, que está com o hype lá em cima. Espero que continue no clima político e sem vilões genéricos.

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