[Especial] DC Comics – Hanna Barbera: Lanterna Verde/ Space Ghost!

DC - Hanna Barbera - Lanterna Verde e Space Ghost Destaque 1

Arcos Principais: Lanterna Verde/ Space Ghost (Green Lantern/ Space Ghost).
Publicação Original/ Brasil: DC Comics – Hanna Barbera: Green Lantern/ Space Ghost Special (DC, 2017)/ Inédito.
Roteiro/ Arte: James Tynion IV/ Ariel Olivetti.

DC - Hanna Barbera - Lanterna Verde e Space Ghost 1

Hanna-Barbera foi um estúdio de animações criado por William Hanna e Joseph Barbera em 1957, pertencendo à Warner Bros. atualmente, dona de alguns dos desenhos mais clássicos da Televisão como Os Flintstones, Os Jetsons, Manda Chuva, Pepe Legal, Zé Colmeia e Scooby-Doo! Muitos deles continuam ganhando temporadas e especiais, mantendo esses personagens para as novas gerações, como Scooby-Doo que é a segunda animação mais longa dos EUA (perdendo para Os Simpsons). E como forma de manter suas personagens atuais, a Hanna-Barbera também entrou na onda das reformulações e em 2016 passou a publicar através da DC Comics o seu próprio Universo Compartilhado: Hanna-Barbera Beyond; com as séries Future Quest (com Johny Quest, Space Ghost e cia.) e Scooby Apocalipse, que continuam aí; e Os Flintstones e A Corrida Maluca, que foram canceladas na edição #6. A segunda fase dessa iniciativa foi um crossover DC/ Hanna-Barbera, com 4 HQs especiais publicadas agora em março de 2017: Adam Strange/Jonny Quest, Lanterna Verde/Space Ghost, Gladiador Dourado/Os Flintstones e Esquadrão Suicida/Banana Splits. Vale lembrar que a DC já programou outro crossover para breve, dessa vez com personagens dos Looney-Tunes! Então o esquema tá dando certo. Review sem spoilers do especial do Lanterna Verde com o Space Ghost!

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LANTERNA VERDE/ SPACE GHOST

Um pedido de socorro ecoa pelo espaço, informando sobre uma “Arma”. Dois patrulheiros espaciais recebem a mensagem e se dirigem ao local, mas acabam se encontrando (e se estranhando) no caminho. É assim que o Lanterna Verde Hal Jordan esbarra com o Space Ghost e dois Universos colidem! (Bem chamada de Sessão da Tarde). Na verdade o encontro é mais barulhento, com o Agente Laranja Larfleeze fazendo uma ponta especial e entrando no fogo cruzado dos dois heróis. O socorro vem de um planeta solitário, cujo Governo não quer que seu povo saiba do que existe lá fora. A população acredita apenas neles mesmos e qualquer outra forma de crença no além-espaço é tratado como blasfêmia (e punido). Quem enviou o chamado é um cientista e sua ajudante, uma garotinha com um robô de estimação. Seu sonho é conhecer o espaço, desmascarar o Governo.

Hal Jordan faz parte da Tropa dos Lanternas Verdes e dispensa apresentações. Já o Space Ghost tem um visual bastante icônico (rola altos memes dele com o Batman por aí), mas pode não ser tão conhecido. O desenho original estreou em 1966 e uma outra versão, chamada Space Ghost de Costa a Costa (parodiando talk shows) foi ao ar de 1994 à 2008. Ele é um combatente espacial, lidando com monstros alienígenas e cia., com a ajuda dos parceiros Jan, Jace e do macaco Blip. Infelizmente, nenhum dos três aparece na HQ. A união entre ele e o Lanterna é bem legal, com direito a junção de poderes, quase um combo. O roteiro é do James Tynion IV, que vem fazendo um ótimo trabalho na Detective Comics, e seguindo um esquema que eu chamo de “Arquivo X de ser“: duas das clássicas frases da abertura da série são “Governo nega conhecimento” e “A verdade está lá fora”; e esse crossover pega carona nesse aspecto, com um lugar onde o Governo manipula a população, escondendo que há vida em outros planetas; e com o cientista que quer descobrir a “verdade”. Como são personagens que conversam com a ficção científica, essas indagações são sempre presentes.

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A arte é do Ariel Olivetti, sempre bem contornada e impactante, utilizando de alguns efeitos fotográficos/ digitais em explosões e máquinas. O próprio Olivetti já havia trabalhado com o Space Ghost em 2005, desenhando sua mini em 6 edições. Como li recentemente a série do Cable, que ele também desenhou, seu estilo está bem fresco na memória e é como se esse planeta fosse uma das realidades em que o filho do Ciclope navegou (ainda mais porque a Esperança também era uma pirralha), sem contar os homens com brações musculosos. Os habitantes desse lugar possuem uns cabeções e toucas que lembram os seres do Moebius, também. Lanterna Verde/ Space Ghost é uma história divertida, com bons momentos de ação e porradaria (contra os inimigos e entre eles mesmos) e algumas cenas bem bonitas, como o desenrolar do cientista e seu sonho. Mas acho que faltou um pouco mais de emoção, principalmente nessas partes “delicadas”. A menininha é mais indiferente que qualquer coisa, não vou comentar o que ela faz pra não dar spoiler, mas chega a ser cômico. Quase um “joga por aí”. Outro ponto que poderia ser explorado melhor é o Space Ghost, de onde vem e o que faz, pra não ficar um encontro de coincidências num planeta X.

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Ao final temos uma historinha curta da dupla Jambo e Ruivão, um gato e um cachorro que nunca tinha visto (pelo menos que me lembre) em sua nova roupagem: como dois comediantes falidos. Ela é até um pouco mais violenta que a história principal, e olha que são dois bichinhos, e traz algumas piadas e referências à sua série original (que eram esquetes). Nenhum desses novos títulos da Hanna-Barbera possuem previsão de lançamento no Brasil, mas vem sendo traduzidos por fãs.

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Um comentário

  1. Poxa, isso parece MUITO legal. Se me perguntasse, ia achar que a arte do Olivetti não tinha nada a ver com um crossover entre o Lanterna Verde e o Space Ghost.. Mas. claramente eu estaria errado!! hahahah
    E a história parece interessante, ouvi boas coisas do James Tynion mas ainda não li nada dele.

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