[Especial] X-Factor Investigações: Falso Sr. Fantástico e Segundo Advento!

X-Factor Investigações - Falso Sr. Fantástico e Segundo Advento Destaque 1

Arcos Principais: A Mulher Invisível Sumiu (Invisible Woman Has Vanished) e Segundo Advento (Second Coming).
Publicação Original/ Brasil: X-Factor #200-206 (Marvel, 2010)/ X-Men Extra #110-111, #113, #115-116 (Panini, 2011).
Roteiro/ Arte: Peter David/ Bing Cansino, Valentine de Landro.

X-Factor Investigações - Falso Sr. Fantástico e Segundo Advento 1

A Mulher Invisível Sumiu” foi o primeiro arco, digamos, de uma nova fase da X-Factor. Como falado no último review, em 2010 a Marvel retomou a numeração original da série e esse arco já se inicia na edição #200. Peter David se manteve como roteirista, mas o desenhista e o design de alguns personagens (como uniforme) foram alterados, trazendo mudanças pro bem e pro mal. Review especial com spoilers dos dois primeiros arcos dessa nova fase.

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A MULHER INVISÍVEL SUMIU

A equipe está dividida e enfrentando alguns problemas após o nascimento (e absorção) do Bebê Madrox, com Syrin e Monet se exilando. Os filhos do casal Fantástico, Franklin e Valéria Richards, vão ao QG do X-Factor avisar que sua mãe, a Mulher Invisível, desapareceu e que o Quarteto não está investigando. Madrox evita pegar a missão, no início, mas logo aceita. A pequena Valéria (que eu nem sabia direito da existência), lembra muito o estilo da Layla Miller, a pegada espertona. Enquanto isso, o pai da M foi sequestrado e os bandidos exigem a presença dela para libertá-lo. O arco segue essas duas linhas. A equipe do Madrox, após discutirem no QG do Quarteto (com Fortão brigando com o Coisa), descobrem que Layla Miller e a Mulher Invisível estão na Latvéria, com o Doutor Destino. O Sr. Fantástico de verdade foi enterrado vivo no país, também, e há um impostor no Quarteto. Antes da M se separar da equipe pra ajudar seu pai, ele e cia. acabam trasportados pra Latvéria, desenterrando o Reed verdadeiro. Ela (que é uma das melhores personagens da revista) é o verdadeiro destaque do arco, que é meio mé. Irritada por ter sido transportada contra sua verdade, parte junto do Coisa e Shatterstar pra cima do inimigo (o Destino), deixando Madrox, Darwin e o Sr. Fantástico verdadeiro pra trás. Enquanto isso, a Mulher Invisível está numa espécie de transe, presa em seus sonhos molhados com o Namor, sendo resgatada do próprio inconsciente pela Monet.

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Apesar de ser o início de uma fase, por assim dizer, esse “primeiro” arco não é lá essas coisas. No final as coisas dão uma animada, com Shatterstar fazendo o seu teletransporte e a cabeça do Sr. Fantástico falso sendo decapitada. A Layla Miller, por algum motivo, escolhe permanecer ao lado do Dr. Destino. Com essa missão finalizada, Monet se sente livre pra ir salvar seu pai, mas acaba caindo numa enrascada e sendo tirada de linha. Sobra pro Fortão tentar resgatá-la. Ele é outro personagem bem interessante da equipe que, apesar da aparência, é mais sentimental e tem certos sentimentos pela M, inclusive carregando uma foto dela na carteira. Bing Cansino (Abattoir) é o desenhista que deu uma reformulada no uniforme do pessoal. O Fortão, por exemplo, é um dos que mais mudaram: passa a ter uma viseira semelhante a do Ciclope ao invés dos óculos vermelhos e também perde o cabelinho que tinha, ficando careca. Prefiro a versão do De Landro, que retoma a arte logo a seguir.

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SEGUNDO ADVENTO

As edições #204-206 retratam a missão de resgate à Monet em meio aos eventos da saga Segundo Advento, que mexeu com todas as revistas mutantes. O Homem-Absorvente (um dos piores codinomes pra um dos poderes mais legais) quer que a X-Factor investigue sua esposa, a Titânia, pois suspeita que está sendo traído. Uma missão sangrenta, diga-se de passagem. Titânia não é nada besta pra ser pega de surpresa, enquanto a própria X-Factor tem seus às na manga. É quando Trask e seu exército surgem com um caminhão gigantesco, empenhando algumas armas mortais. Tudo bem exagerado e violento, com Shattestar protagonizando algumas das melhores cenas. É gente fatiada pra tudo quanto é lado, o que é bem legal. Ficamos sabendo que a X-Factor possui a mesma tecnologia da Sala de Perigo, criado ilusões deles mesmos, e Darwin utiliza seu poder de sobrevivência para se teleportar mais uma vez, percebendo que não sobreviveria à situação (ele já usou contra o Hulk).

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Já Fortão está fazendo de tudo pra tirar Monet e seu pai das garras do vilão, o mago louco Mordo, que quer drenar a energia de sua vítima para continuar vivendo. Algo bem parecido com o que seu irmão já fez várias vezes, ficando uma história bem qualquer coisa. Por mais que Monet escolha se sacrificar pra salvar o pai e tudo o mais, não convence. O final reúne toda a galera, graças aos poderes do Shatt, que tá transportando gente a rodo, lutando contra a máquina gigante do Trask. Uma luta boa, apesar de tudo. Monet consegue entrar na mente do vilão e desligá-lo, momentaneamente, do controle de Bastion. Trask, uma vez livre, decide se matar do que continuar vivendo como escravo. É uma daquelas cenas que precisávamos, pra dar uma maior profundidade aos eventos do Segundo Advento (que por si só já foram muito bons), mostrar como as suas vítimas estavam lidando com a situação. A Rainha Leprosa foi uma que também tentou se matar pra não ser controlada.

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Os desenhos voltam a ser de Valentine De Landro (Bitch Planet), dos quais gosto muito mais. Os personagens ficam mais bonitos em seu traço, que não é tão grosso e pesado quanto o de Cansino. Esses dois primeiros arcos da “nova fase” deixaram um pouco a desejar, em relação ao todo da série. Nesse momento (edição #206), Peter David já havia escrito quase 5 anos de X-Factor, elevando o status quo de diversos personagens, algo que merece todos os elogios. Mas nesse momento, em específico, principalmente a missão da Mulher Invisível, achei meio trash. O arco em meio ao Segundo Advento é um pouco melhor, as lutas são mais interessantes, ver Shatterstar com mais destaque é muito bom (e ele ficou bem bonito, também), assim como Monet roubando a cena e sendo uma das mutantes mais legais. Mas outros pontos poderiam ter sido descartados. Como a própria missão da Monet, que fica por isso mesmo no final. O Quarteto Fantástico fizeram uma ponta especial bem cansada, sem contar que o Sr. Fantástico é substituído e ninguém percebe? Coisa sendo irracional e destruindo tudo pela frente? Muitos crossovers que tiram o brilho da equipe, que veio seguindo firme e forte até então.

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