Nome Original: Munro
Direção/ Ano: Gene Deitch, 1961
Roteiro/ Estúdio: Jules Feiffer/ Rembrandt Films
Duração: 9 minutos
Sinopse: Um menino de 4 anos é mandado ao exército americano por engano.
Continuando a série de especiais que reunirá os vencedores desta categoria tão obscura do Oscar, ano por ano. Leia o post [Especial] O Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação para conhecer um pouco da trajetória do prêmio pela Acadêmia e o Índice dos Curtas para os já comentados.
Mais uma animação bem esquisita à faturar o Oscar. Munro é notável por ser o primeiro curta vencedor produzido fora dos EUA, sendo realizado na extinta Checoslováquia (atualmente República Checa e Eslováquia). Gene Deitch é o diretor enquanto Jules Feiffer é o roteirista, ambos possuem uma extensa carreira com animação e continuam na ativa (sim, ainda estão vivos ^^).
“Munro” é um garotinho de 4 anos que é enviado ao Exército Americano por engano. Lá ele tenta a todo custo avisar que “só tem 4”, mas ninguém dá ouvidos. Ao mesmo tempo em que Feiffer satiriza os generais, soldados e seus métodos duvidosos, também é uma releitura dos tempos em que serviu ao exército. Ele é conhecido por suas críticas políticas e também por ter escrito diversos contos. O próprio Munro é baseado em seu livro “Passionella and Other Stories”.
O que não gostei da animação é a baixa produção, que tenta ser “alternativa” mas acaba caindo no campo comum que o estúdio UPA já havia fazendo há um bom tempo. A própria narração lembra muito Gerald McBoing-Boing, vencedor de 1951. Sendo assim: não há cenários, os personagens são simples, a paleta de cor é bem limitada e o som também deixa a desejar se em comparação às animações da Disney e Warner.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.