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Pandora é uma substância sintética, produzida em laboratório e comerciada em grandes centros urbanos. Popular entre os jovens, esta droga promete “despertar a mente e conectar consciente e inconsciente”. Sua origem é desconhecia e ganhou grande popularidade nos últimos anos. Por ser recente, não há estudos que comprovem consequências à médio e longo prazo de seu uso constante.
Vendida em pequenos frascos de 5 Ml semelhantes aos de amostras de perfume, é consumida oralmente. A ingestão de apenas um frasco de Pandora é o suficiente para que a pessoa sinta seu efeito: dilatação das pupilas, aumento da temperatura, aceleração dos batimentos cardíacos e, por fim, forte sonolência.
Ao dormir, a pessoa entra rapidamente no estado REM do sono, a fase em que ocorrem os sonhos, causando paralisia momentânea dos músculos e registrando uma intensa atividade no sistema nervoso. Ao acordar, os sintomas psíquicos se assemelham ao LSD como alucinação, pensamento desordenado, perda do controle emocional, delírio. Ao usá-la excessivamente, é possível que ocorram “flashbacks”, que é sentir o efeito da droga semanas e até meses após seu uso.
Apesar dos sintomas, é no sono que ela começa a agir. Ao forçar o estado REM, a pessoa passa a ter uma melhor consciência dos próprios sonhos e, consequentemente, um melhor controle sobre os mesmos. Passam a ter sonhos lúcidos, no qual sabe-se que está sonhando e é possível realizar desde atos fantásticos como voar até criar ruas, bairros e cidades. Mas ao mexer com o inconsciente de maneira tão brusca, nunca se sabe as situações, dilemas e insides possíveis de encontrar. Quem vende recomenda que a pessoa transite “superficialmente” sobre os sonhos, na area denominada “Sala dos Sonhos”, uma zona de segurança da mente e intermediária entre a consciência desperta e o inconsciente profundo.
Devido o alerta, criou-se uma lenda em torno do uso de Pandora: a da Central dos Sonhos, o mais profundo local do inconsciente, que conecta a consciência coletiva. Nesse estado do sono, a mente fica instável e geralmente a pessoa acorda. Muitos dizem que existe uma “Criadora” na Central, força que mantém as mentes longe de lá. O porque ninguém sabe.
O nome “Pandora” deve-se ao mito homônimo. Na mitologia grega, o titã Prometeu roubou do Olimpo o segredo do fogo e o entregou aos homens, ensinando-os. Irado, Zeus cria a primeira mulher e, com a ajuda dos demais deuses, lhe dá diversas virtudes como beleza e inteligência, mas também ganancia e traição. Ela recebeu o nome de Pandora e foi entregue aos mortais, juntamente de um jarro contendo todos os males e conhecimentos do mundo que nunca poderia ser aberto. Mas por curiosidade, ela acabou abrindo-o e seu conteúdo foi espalhado pela Terra… somente um permaneceu lá dentro: a esperança.
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.
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