[Review] X-Men #14 !

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Nome Original: Wolverine #166; X-Men #118 à #120
Editora/Ano: Panini, 2003 (Marvel, 2001)
Preço/ Páginas: R$7,50/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Frank Tieri; Grant Morrison
Arte: Sean Chen & Barry Windsor-Smith; Ethan Van Sciver & Igor Kordey
Sinopse: Se o futuro é dos mutantes, por que não transformar humanos em mutantes também? Essa é a filosofia por trás do Movimento Transespécies, um grupo de fanáticos que disposto a transportar órgãos mutantes em si mesmos e garantirem seu lugar na nova era. Na visão do excêntrico John Sublime, o amanhã é um lugar onde os Homo superior não passam de uma fonte de peças sobressalentes para os O-Men! E mais: Wolverine de volta ao projeto Arma X!
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Em X-Men #14 temos a volta da série do Wolverine com a penúltima parte do arco Caçado que tem Barry Windsor-Smith como desenhista convidado e o arco completo Geração Sem Germes dos Novos X-Men que, se não é tão bom quanto foi o último, agrada bastante e ver Emma Frost e Jean Grey em seus extremos é muito divertido! Na sessão de cartas alguém pergunta por onde andam Mercúrio e Polaris que, se não me engano, foram vistos pela última vez em Genosha, quando Magneto havia sequestrado Xavier. Mércurio está nos Vingadores e Genosha foi aniquilada, deixando o paradeiro de Polaris desconhecido.
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Tudo começa com Wolverine numa mesa de cirurgia da Arma X, descobrindo tudo sobre a nova empreitada do projeto. Apesar das falhas, este arco do Frank Tieri estava interessante por liberar o lado violento de Logan da maneira que não é feita nas séries das equipes. Mas, infelizmente, começou a se estender e apelou para os clichês já conhecidos dos leitores. De fato, foi ele quem matou o senador no primeiro capítulo, graças à um implante feito pela nova Arma X, que confundia sua realidade. Com o choque do ocorrido, o aparelho deu problema; Logan fugiu; foi preso na Jaula (prisão para super-humanos); enfrentou um zumbi que lhe arrancou um olho; foi capturado por Dentes-de-Sabre; e agora está todo aparelhado relembrando de seus velhos dias no programa Arma X.
 
O mentor das ações é um cara que, no passado, era soldado do programa original e que foi quase morto por Wolverine quando este fugiu, guardando rancor do baixinho. É a típica desculpa para um vilão, como visto em Ícones: Ciclope. Paralelamente, Victor Creed resolve alguns problemas. A arte de Sean Chen continua agradável, porém a surpresa fica para a participação de Barry Windsor-Smith (Conan) e seus traços característicos, bastante “sujos” e excelentes! Ele é o criador da famosa HQ Arma X, onde conta como foi os dias de Logan dentro do programa e seu relacionamento com o Diretor. Barry, coincidentemente, ilustra todas as cenas de flashback, quando Logan lembra de seus antigos dias.
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As próximas três histórias são do arco Geração Sem Germes, onde Morrison explora a “sensação mutante” e os O-Men, organização que trafica órgãos mutantes, seguindo os acontecimentos mostrados em X-Men Widescreen #1. John Sublime, criador dos implantes, lança seu livro a respeito do assunto e causa alvoroço na mídia, já que jovens estão matando em nome da filosofia da “terceira espécie”, daqueles que nascem humanos, mas ganham dons mutantes graças às modificações genéticas realizadas pela empresa. Enquanto isso, um grupo de fanáticos continuam fazendo piquete em frente à escola.
 
Scott, Jean e Emma decidem colocar fim na manifestação e discutem sobre os O-Men. Enquanto Jean permanece no Instituto para monitorar os alunos e a saúde do Fera, os outros dois vão à empresa de Sublime, mas acabam sendo nocauteados e capturados para servirem como cobaia. Não satisfeito, John envia sua tropa para capturarem todos os alunos, já que ficaram “desprotegidos”. Em paralelo, Wolverine tenta comvencer a rebelde Angel Salvatore à entrar para o time.
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O fato do Instituto ter voltado a ser uma escola para mutantes é interessante e temos a oportunidade de conhecer novos personagens que, não raramente, se destacam mais que os antigos. As irmãs Stepford fazem sua aparição e, apesar de curta, elas terão certa importância mais pra frente. O núcleo pequeno da equipe, assim como em Fabulosos, deixam a trama mais equilibrada (o que não vem ocorrendo com os X-Treme, que é bem maior). Emma Frost foi uma das melhores adições feitas à equipe dos últimos tempos, pois ela rouba quase todas as cenas em que aparece. Ao ter o nariz quebrado (e uma plástica de $20.000 arruinada) a loira fica com sangue no olho e arrebenta tudo que encontrar no caminho. Jean Grey anda chateada com seu casamento mas, ao ter que proteger os alunos, esquece tudo e começa a se transformar na Fênix, causando pânico em seus inimigos. As duas são o ponto alto do arco.
 
A arte da primeira história continuou com Ethan Van Sciver e das demais com Igor Kordey. Ambos não possuem um traço muito característico ou extravagante e a diferença é pouca, sendo as mais notáveis que Kordey prefere cenas mais amplas e Sciver dos personagens mais magros e esguios. O destaque fica para o efeito da transformação de diamante da Rainha Branca e dos momentos finais, com a Fênix. Na próxima edição, inicio do arco Imperial, Frank Quitely (que ilustra a capa) volta à arte interna.
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Apesar de uma boa leitura dos X-Men e mantendo a qualidade da última edição, esse arco de Grant Morrison é “morno”. O transplante de órgãos e os O-Men são premissas interessantes, mas que se tornam piada em cenas como uma em que os “soldados/médicos” irão arrancar a cabeça do Ciclope fora para retirarem seus olhos, lembrando algum filme B e Gore dos anos 1980. Os que acompanham todos os títulos (como eu) acabam, também, cansando de alguns erros de continuidade/ paralelidade das séries: Wolverine aparece em todas; o Fera ora está numa equipe, ora em outra, mas está em coma; e por aí vai. A Panini mantém a qualidade graficamente e na sessão de cartas sempre tenta incluir alguma dúvida referente à um personagem ou fato esquecido (como da Polaris), o que é bom.
nota 7,5 0

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2 comentários

  1. Concordo contigo que esse arco é “morno”,mas vamos combinar que apesar das referências TRASH de terror e da arte do Kordey em alguns números, que detesto, a criação da Terceira Espécie foi genial, sempre fez mais sentido os humanos terem além de medo, INVEJA dos mutantes. E ver a Jean de Fênix não tem preço! parabéns pela resenha!

  2. Também concordo! É mais provável temer e odiar os mutantes, mais pelo lado de querer possuir poderes semelhantes do que serem, na verdade, a próxima etapa evolutiva. Agora quero ver o próximo arco, envolvendo o Imperio Shiar ^^ Obrigado pela visita!

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