[Review] X-Men Extra #8 !

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Nome Original: X-Treme X-Men #2; Exiles #2; X-Force #117 e Rogue #1

Editora/Ano: Panini, 2002 (Marvel, 2001)
Preço/ Páginas: R$6,90/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Chris Claremont; Judd Winick; Peter Milligan; Fiona Kai Avery
Arte: Salvador Larroca; Mike McKone; Mike Allred; Aaron Lopresti
Sinopse: Vargas, o misterioso inimigo por trás dos ataques aos X-Men, é revelado – uma informação que custará a vida de mais um membro da equipe. Exilados: Blink e seus companheiros precisam impedir que Charles Xavier domine o mundo. X-Force: após o massacre da última edição, novos integrantes se unem ao grupo para enfrentar a… X-Force? Vampira: uma viagem pela mente da sexy mutante sulista.

 
X-Men Extra #8 traz a continuação das três séries iniciadas na edição anterior: X-Treme X-Men, Exilados e X-Force, com a adição de uma nova, a mini-série que recontará os primeiros dias de Vampira no Instituto Xavier. Passado o hype das estreias, já é possível perceber quais delas estão indo no caminho certo e quais estão trazendo mais do mesmo.
 
Apesar de manter a mesma qualidade gráfica, essa edição possui uma capa cartonada mais mole, mas com as páginas em LWC, sessão de cartas, novidades e resumo das próximas edições. Como eu já esperava, somente a X-Force se destaca dessa nova leva de séries.
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Chris Claremont largou as histórias da equipe principal, pegou alguns mutantes famosos e criou esta série: X-Treme X-Men. Focado na ação, de fato não há mais nada de interessante na história. A equipe continua sendo testada no subsolo, enquanto Vampira tenta localizar onde seus amigos estão. Os diários de Sina se quer são comentados (e olha que são o tema principal da série).
 
Assim como fez em sua retomada à equipe (com os Neos), Claremont novamente foca na ação e esquece do roteiro. E, como é estampada na capa da edição, “morre” mais um mutante. Sem comentários…. De novidade, surge mais um vilão super-poderoso chamado Vargas. Me nego a comentar dessa morte, até porque no resumo da próxima história é dito que apenas um milagre pode salvar outro x-man. Já virou bagunça.
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A história de Exilados é legal e animada, com vários mutantes de realidades paralelas unidos para salvar outros mundos. Transportados à um lugar onde teriam que encontrar seu “professor”, a equipe tentou ir pelo mais óbvio: achar Charles Xavier, porém, nessa realidade, o telepata é o maior inimigo da humanidade e, uma vez solto, começa a dizimar o país.
 
Judd Winick quer se aventurar por histórias mais fortes e não tem medo de tomar medidas extremas. Por se tratar de uma série à parte da cronologia, o roteirista possui mais liberdade de criação, o que é ótimo. O desenrolar é interessante e o destaque fica para a cena entre o Mímico e o Professor Xavier, num desfecho inesperado. Ao final, a equipe se transporta para uma importante fase na vida dos X-Men, envolvendo a Fênix. Infelizmente, o roteirista também mata um mutante da equipe (é moda?).
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Como eu imaginava, a nova X-Force é a melhor dentre as três estreantes. Ela meio que não faz parte da cronologia e também não leva as coisas muito a sério, o que é vantagem neste caso, pois, ao contrário das outras duas, quando alguém morre, ele morre mesmo, sem dó nem piedade. Na primeira história, quase todos os membros da equipe foram assassinados numa missão, restando apenas Vai Nessa e o Anarquista, que brigam para decidir quem será o novo líder e quais serão os novos membros. Mas para a surpresa deles, o misterioso patrocinador da equipe já selecionou a nova equipe e, numa coletiva de imprensa, é dito o novo líder.
 
Os novos membros são engraçados e ajudam na alegoria que a X-Force se tornou, graças à arte de Mike Allred, que se encaixou perfeitamente ao roteiro. O destaque fica para a presença surpresa da “real” X-Force, que invade a coletiva e discutem sobre o uso do nome “X-Force”. A cena final também cria expectativas, assim como na última edição. Interessante comentar que, dos 5 novos membros, três deles irão se revelar gays mais tarde (saiba mais nesse post). Isso que é inclusão em massa.
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Finalizando a edição, a primeira historia da mini-série “Rogue”, uma das primeiras da linha Icon da Marvel, mostrando um pouco mais da origem de alguns personagens (o próximo será o Ciclope). Escrita por Fiona Kai Avery (Aranã, Witchblade: Obakemono) e com os desenhos de Aaron Lopresti (Gen 13: Bootleg, Ms. Marvel), não revela nada de mais, apenas uma Vampira se sentindo perdida em seu começo de carreira com os X-Men e o Professor X tentando entrar em sua mente para ajuda-la. O destaque fica para a reação dos outros membros da equipe em ter uma ex-inimiga andando pela casa.
 
Está cedo demais pra prever os caminhos que cada série vai tomar, mas já dá pra ter uma noção de qual está no caminho certo. Só espero, sinceramente, que os autores façam algo novo e não se apoiem em simples “mortes” para tentar alavancar uma história.
nota 6,5 8

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