Duração: 8 minutos
Assim como Flores e Árvores, Os Três Porquinhos faz parte da série Silly Symphonies, que reúne diversos curtas produzidos pelo Disney. Foi o segundo ganhador nesta categoria, entregando outro Oscar ao produtor. Engraçado que os oito primeiros Oscars foram para Walt Disney. É considerado um dos melhores curtas de todos os tempos, ficando em 11º lugar no livro The 50 Greatest Cartoons, que reuniu os votos de 1000 profissionais da animação.
Incrível como um desenho com quase 80 anos de idade pode ser divertido nos tempos de hoje! Os Três Porquinhos foi uma animação à frente do seu tempo e se tornou um clássico quase que de imediato. Foi um sucesso de crítica e público, inclusive a música “Quem Tem Medo do Lobo Mau?” (Who’s Afraid of the Big Bad Wolf?, no original), escrita por Frank Churchill (Branca de Neve), virou hit! Nesse período a técnica de coloração utilizada em Flores e Árvores já havia vingado e grande parte dos curtas que vieram a seguir foram coloridos. Lembrando que Mickey continuava em preto e branco.
Todos já conhecem a história, mas quando foi lançado, Os Três Porquinhos era um dos poucos curtas que possuía personagens com características distintas, apesar de mesma aparência, além das demais qualidades. As falas musicais, os momentos engraçados e a dinâmica nas cenas são outros fatores que contribuíram para o sucesso do filme, um dos mais bem sucedidos já lançado.
Com o passar do tempo ganhou algumas continuações e cópias, além dos porquinhos aparecerem em diversas outras animações da Disney, inclusive em seu parque temático. É, sem dúvidas, um dos melhores em sua categoria. É simples e divertido, tanto para as crianças quanto para os adultos, que com certeza já conhecem, uma obra que sempre será memorável, mesmo se passado 100 anos (e olha que não está longe).
Outras produções Disney aproveitaram o roteiro de fábulas famosas e também foram sucesso, como “O Coelho e a Lebre” e “O Patinho Feio,” ambos vencedores do Oscar e lançados na década de 1930.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.