Arcos Principais: Sem título.
Publicação Original: Mighty Morphin Power Rangers #17-20 (BOOM! Studios, 2017).
Roteiro/ Arte: Kyle Higgins/ Hendry Prasetya e Daniel Bayliss.
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Após a batalha ao lado da rebelião Sem-Moeda contra o vilão Lord Drakkon, os Power Rangers retornam à sua realidade e tempo, tentando desfrutar um pouco de uma calmaria antes da tempestade. Depois de quatro volumes muito interessantes, será que a série consegue manter o fôlego? Review especial e sem muitos spoilers desse 5º volume (edições #17-20), que traz uma batalha inusitada contra o Finster.
OS NOVOS MONSTROS DO FINSTER
Após o confronto contra Lord Drakkon, que era a versão adulta e de outra realidade do Tommy, toda a equipe retorna à sua verdadeira realidade e precisa lidar com o Centro de Comando destruído e a possibilidade de trazerem o Zordon de volta, quando repararem seu tubo. Tanto Rita Repulsa quanto seus monstros desapareceram por meses, então os rangers tem tempo de se dedicarem à reconstrução e também em auxiliar em eventos mais normais, como evitando prédios de caírem, salvando pessoas de furacões, entre outras coisas.
É aí que surge a Grace Sterling, chefe da organização Promethea, que deseja fazer uma parceria com os Power Rangers, quase como um apoio governamental, indicando locais onde precisa de ajuda antes mesmo deles saberem. A proposta divide opiniões, como Zack sendo a favor e o Jason contra, porém acabam ajudante Grace numa investigação: um avião da organização sumiu acima de uma espécie de “Triângulo das Bermudas“, uma região que não estava no mapa. Se trata de uma vila secreta onde o Finster vem trabalhando num novo projeto para seus bonecos de massa, com uma aparência mais humana.
A história desse arco não é muito empolgante e chega a ser meio previsível na maior parte do tempo. Logo que eles pisam no vilarejo a gente já imagina o que vai acontecer lá, por exemplo. Há uma cena em que os Rangers enfrentam dois monstros do Finster em locais distintos, dividindo a equipe e prometendo muita pancadaria, mas no final não chega a animar muito. Um ponto interessante é que conhecemos uma equipe antiga de Power Rangers, uma fundada em 1969! Mas tudo ocorre de maneira muito rápida e bagunçada, quer dizer… como que o Zordon convoca 5 pessoas aleatórias (muitas que nem sabem lutar) e as mandam numa missão praticamente suicida? A princípio, sentido nenhum! Muito bizarro. Depois de 4 volumes bons, senti uma certa perda de fôlego no roteiro de Kyle Higgins aqui. Os desenhos de Hendry Prasetya, no entanto, continuam com a mesma qualidade.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.