[Especial] DuckTales, Os Caçadores de Aventuras: Voos do Capitão Bóing e Outras Histórias!

Arcos Principais: 4 histórias curtas.
Publicação Original/ Brasil: Ducktales #4-5 (IDW, 2017)/ Ducktales, Os Caçadores de Aventura #3 (Abril, 2018).
Roteiro/ Arte: Joey Cavalieri e Joe Caramagna/ Luca Usai, Gianfranco Florio e outros.

Chegamos à terceira edição de DuckTales, Caçadores de Aventuras, que traz as edições #4-5 do original americano. Joey Cavalieri e Joe Caramagna dividem os roteiros, que dessa vez voltam a trazer os sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho, comentando suas personalidades diferentes (que é um dos plus dessa série) e também temos o Capitão Bóing, que faz a maioria das viagens de avião do Tio Patinhas. Review especial sem muitos spoilers!

LUTEM!

A primeira história, “Lutem!”, é bastante engraçada e funciona pra reforçar as personalidades distintas dos sobrinhos. Como comentei no review da edição #1, essa foi umas das adições mais interessantes na série, trabalhar com eles de maneira individual e não de maneira geral, como vemos nos quadrinhos tradicionais (assim como todos os outros “sobrinhos”). Luisinho (verde) vem sendo o meu preferido, ele é o “aprendiz” a Tio Patinhas, sendo o mais capitalista de todos. Nessa história, os irmãos estão vendendo cacarecos num bazar e, claro, Luisinho vê potencial de grana em tudo, mas acabam encontrando um elmo que invoca um espírito de um Samurai vingativo, que domina dois dos irmãos e os fazem lutar. Os desenhos são de Gianfranco Florio, que brinca bastante nas cenas de luta, deixando tudo meio “Mortal Konbat“, com direito ao tradicional “Fight” (que aqui ficou “Lutem”), barra de energia e partes pixelizadas.

ERA, ERA, ERA DOURADA

Na segunda história, o Tio Patinhas consegue encontrar o Bezerro de Ouro, após muita luta contra um cientista, a tribo local e piratas. Percebendo que não está tão jovem quanto imagina, procura um cara que promete transformá-lo em jovem novamente! Mas o tiro sai pela culatra e o velho sovina passa a agir lento feito uma tartaruga. Há algumas piadas interessantes e ficou bom o uso da ideia de “tartaruga“, que vive por muitos anos. Mas achei a menos divertida das quatro.

FELIZ VALE FELIZ

Essa terceira história é do tipo que não gosto de início, porém vou curtindo no decorrer e, ao terminar, queria poder ler mais. Tio Patinhas e cia. começam uma viagem com o Capitão Bóing e, como de costume, acabam tendo problemas de turbulência e fazendo um pouso forçado, caindo numa ilha onde todos são extremamente felizes. Comentei que não gostei do início porque, apesar de trazer a clássica pousagem do Capitão (que nunca acerta na direção do avião), parece ir de um ponto pro outro muito rápido, só precisando de alguma desculpa pra isso. Mas foi a minha história preferida. A galera da ilha é extremamente feliz, fazendo de tudo para que os visitantes se sintam os mais confortáveis possíveis. Claro que fica aquele clima no ar: será que são felizes mesmo ou estão escondendo algo? Os sobrinhos bolam um plano pra fugir do lugar e protagonizam cenas hilárias. Infelizmente é uma história curta, ficando aquele gostinho de quero mais no final, de que podiam aproveitá-la numa versão “estendida”, explorando o povo feliz, que tem muito o que dizer ainda. Sem contar que esse é o tipo de história que esperamos de DuckTales, de viagens e novos povos e costumes.

UMA SÉRIE DE INESPERADAS SUBSTITUIÇÕES

A última história já foca no Capitão Bóing e seu atrapalhado estilo de voar, que acaba prejudicando uma apresentação de aviões no céu. O Capitão se machuca e precisam substituí-lo. Além de explorar esses pontos do Capitão, também é uma história que traz o Zezinho (azul) como protagonista, já que ele tem interesse em aprender a pilotar, porém o Tio Donald não deixa. Apesar de trabalhar esses pontos, não me cativou muito. Nesse ponto, a mitologia criada até agora já está bem nítida, com os personagens e suas personalidades já bem encaminhados. Só falta explorarem um pouco mais a Patrícia, que não teve um momento de destaque até agora. E também estou curioso de como outros personagens irão surgir mais pra frente (e se vão, também), como a Maga Patalójika (uma das minhas vilãs preferidas) e a Margarida, que fazem parte do universo do Tio Patinhas e do Donald. Ah, e outras duas histórias curtinhas de uma página cada, publicadas originalmente em 1983, completam a edição. Não temos curiosidades dessa vez, mas as capas originais foram incluídas ao final.

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