Arcos Principais: O Terceiro Nilo (Zio Paperone e il terzo Nilo).
Publicação Original/ Brasil: Topolino #2281-2282 (Walt Disney, 1999)/ Tio Patinhas #631 (Abril, 2018).
Roteiro/ Arte: François Corteggiani/ Giorgio Cavazzano.
A edição de janeiro da Tio Patinhas trouxe uma história completa em 67 páginas chamada O Terceiro Nilo, publicada originalmente em 1999 na Itália. Pato Donald está trabalhando numa biblioteca e é pego de surpresa pelos seus sobrinhos, que estão procurando por um livro. No meio da bagunça, acabam encontrando um manuscrito de Jonathan Livingpato, que diz ter encontrado um Terceiro Nilo ao procurar pela nascente do rio, que chamou de Nilo Dourado por conta do ouro no local. Ao saber disso, o Patinhas se interessa e dá início à uma expedição! Review especial sem muitos spoilers!
O TERCEIRO NILO
Interessante comentar que, por ser uma história de 1999, temos alguns fatos engraçados envolvendo tecnologia. Um deles é quando os sobrinhos enviam um e-mail pro Tio Patinhas, que recebe do outro lado em seu PC de tubo, chegando a ser cômico. O velho se interessa por essa descoberta do Terceiro Nilo e programa uma expedição, abrindo vaga para um guia, que acaba preenchida por um dos Irmãos Metralha (aliás, tem um deles que vive vigiando os e-mails que caem no Caixa-Forte, quase um Scandal!). Assim, Tio Patinhas, Donald, o Metralha disfarçado, Professor Ludovico e os Sobrinhos partem numa viagem rumo à Africa.
O roteiro é de François Corteggiani, com sacadas legais como quando a trupe encontra uma tribo de patos primitivos mega engraçados. Os desenhos são de Giorgio Cavazzano (O Pato Sem Passado), com destaque para as páginas de abertura em preto e branco (que são demais) e aos egípcios, que tem um penteado hilário. É uma boa história, que traz aquele clima de “Ducktales“, com viagens e o choque de culturas, mostrando um pouco da versão pato do Egito. Há outras duas histórias curtas que fecham a edição. “Dois Por Um” traz Douglas MacPatinhas, primo do Tio Patinhas, no melhor estilo “primo rico e primo pobre“.
Já “O Gigante e a Flauta Mágica” traz aquela que é uma das minhas personagens preferidas: Maga Patalójika! Ainda na sede pela moeda número 1, ela utiliza uma flauta mágica pra encantar um gigante, enviando-o direto pro Caixa-Forte. É hilário. Começando por ela, que sai lá do Vesúvio e é recebida pelo Tio Patinhas com uma espingarda, atirando pra todo lado! Morro de rir quando ela fica irada, convocando o Gigante pra detonar o Caixa. Uma boa edição da mensal do Tio Patinhas, é sempre bom quando temos uma história longa e completa, fugindo do comum em outras revistas (como do Zé Carioca, com mil histórias curtinhas).
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.