[Especial] DuckTales, Os Caçadores de Aventuras: A Volta de Patinhas, Donald e Dumbela!

Arcos Principais: 4 histórias curtas.
Publicação Original/ Brasil: Ducktales #2-3 (IDW, 2017)/ Ducktales, Os Caçadores de Aventura #2 (Abril, 2018).
Roteiro/ Arte: Joey Cavalieri/ Luca Usai, Gianfranco Florio, Graziano Barbaro, Andrea Greppi e Antonello Dalena.

A segunda edição de DuckTales, Caçadores de Aventuras traz 4 histórias curtas protagonizadas por Tio Patinhas, Donald e Dumbela, publicadas originalmente em 2017 pela IDW. Aparentemente, a revista vem trazendo duas edições originais por mês e, atualmente lá fora, ela está na edição #7. Fica a dúvida do que a Abril irá publicar quando alcançar a original. Nessa segunda edição, conhecemos melhor a Dumbela, a mãe de Huguinho, Zezinho e Luizinho, que raramente aparecia. Review especial sem muitos spoilers.

UM VIKING EM MINHA PORTA

O mais interessante nessa edição é trazer a Dumbela, uma personagem que nunca foi muito explorada, ao mundo de Ducktales. Aqui, ela é uma parceira de aventuras do Tio Patinhas e do Donald, sempre com o grupo se metendo em alguma enrascada, inclusive as 4 histórias seguem um mesmo formato: uma primeira cena no presente, com o Donald reclamando de alguma coisa (como estar num cubo de gelo nessa Um Viking em Minha Porta) pra depois vermos o flashback de como tudo aconteceu. O roteirista é Joey Cavalieri, que passa a explorar a sintonia dos três. Os desenhos são de Andrea Creppi e Antonello Dalena, tudo muito bonito e com cores claras. O grupo encontram e acabam precisando ajudar uma “tribo” de vikings que vem perdendo suas ovelhas mágicas. É uma história que termina bem rápido (as 4 são de 10 páginas cada), mas com boas tiradas, como essas ovelhas refrigeradores. A sensação que tenho ao ler essa mensal é a de jogar algum game como Zelda Wind Waker.

O VELHO MONTEPLUMAGE TINHA UMA GALINHA

Já essa história teve a arte de Gianfranco Florio e talvez tenha sido a minha preferida. Além dos desenhos com cores mais vibrantes (ele tem um ótimo sombreado) e um início num trem com o pôr do sol ao fundo incrível, ela trouxe uma galinha nonsense hilária! Os três estão investigando uma tumba e acabam encontrando uma galinha misteriosa que não para de crescer, gerando cenas super cômicas (como quando ela tenta comer o Donald). Aqui já fica um pouco mais visível a diferença entre as personagens, de como a Dumbela é mais destemida, porém por serem histórias curtas, sinto a falta de um motivo deles estarem ali. De como decidiram por essa aventura, por essa jornada.

TRAPACEANDO COM NOSTRADOGMUS

Com desenhos de Luca Usai, Trapaceando com Nostradogmus é sobre o fantasma de um pseudo “Nostradamus“, que usava de viagem no tempo pra ter suas previsões. Esse fantasma traz junto a lenda de algumas jujubas capaz de fazer quem as consome também viajar no tempo. Não falei que eu tinha a sensação de ler um jogo? Aqui a sensação é bem mais clara, com cada jujuba representando uma fase, sendo o próprio Nostradogmus o chefe final. Talvez seja uma característica de ser produzida pela IDW e por um autor americano como o Cavalieri, que também é editor da DC.

CUIDADO COM O FENOMENAL POVO-ABÓBORA

Se na primeira história eu lembrei de Zelda Wind Waker, essa última é a cara de Zelda Minish Cap. Donald, Dumbela e Tio Patinhas investigam uma estranha tribo de “homens-abóbora“, que são uns ursinhos em miniatura. Os desenhos de Graziano Barbaro e Andrea Greppi são de encher os olhos, como toda a revista vem sendo. Talvez esse estilo mais chapado tenha me lembrando dos jogos de Zelda por, há uns 15 anos atrás, o uso do gráfico “cel shading” ter virado uma sensação, ficando gravado em minha mente. Aqui vemos um Donald mais explorado, principalmente sua parte preguiçosa e pouco corajosa. DuckTales #2 traz 4 histórias num mesmo formato, porém explora cada personagem de uma maneira, ajudando a recriar esse universo próprio de “DuckTales”. Se na edição #1 eu comentei sobre as personalidades diferentes dos três sobrinhos, o destaque aqui fica para essa Dumbela que não conhecíamos. A edição ainda fecha com um textinho sobre a Mansão Pato e Patópolis, ampliando essa questão mitológica.

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