[Especial] Mickey: O Eletromistério de Natalimburgo!

Arcos Principais: O Eletromistério de Natalimburgo (Topolino e l’elettromistero di Natalimburgo).
Publicação Original/ Brasil: Topolino #3187 (Walt Disney, 2016)/ Mickey #904 (Abril, 2017).
Roteiro/ Arte: Casty.

Todas as mensais Disney desse mês são especiais de Natal e a edição Mickey #904 traz a história O Eletromistério de Natalimburgo, escrita e desenhada por Casty, considerado um dos melhores autores Disney da atualidade. Publicada originalmente em dezembro de 2016 na Itália, nela o Mickey investiga a o Vale Festivo de Natalimburgo, que vem sofrendo nas mãos da Central Elétrica local, comandada por um prefeito ditador e capitalista. Uma história bem legal! Review sem muitos spoilers.

O ELETROMISTÉRIO DE NATALIMBURGO

Patópolis está em clima de Natal, com o Mickey apresentando vários shows beneficentes, entre eles um número do Esquálidus (ô personagem estranho!). Enquanto isso, duas sombras passam a rondar a galera e, aparentemente, sequestram o Esquálidus na manhã seguinte. Esse é o mistério que o Mickey precisa resolver, começando por um gorro que encontra na sua casa, que o leva até a cidade de Natalimburgo, um lugar bastante festivo, conhecido por suas lojas de brinquedo. Porém ele se surpreende com a tristeza dos habitantes, que subiram seus preços lá em cima, perdendo compradores e turistas, graças ao novo prefeito Rexel e sua mina de eletricidade, a única fornecedora do lugar. Por deter o monopólio, ele cobra um valor abusivo pela energia, além de ter contratado o João Bafo de Onça como delegado, que sai dando multa pra todo mundo.

Além de procurar pelo Esquálidus, o Mickey também investiga um estranho evento que vem acontecendo no lugar que, mesmo com a energia cortada, recebe uma iluminação e clima de festa todas as noites, deixando Rexel louco. A narrativa de Casty segue um estilo bastante clássico, montando o clima de suspense e mistério com peças chaves e de maneira mais convincente do que geralmente li até agora. Temos as sombras que andam pela cidade; o cochicho dos cidadãos sobre a luz misteriosa; aquela sensação de que todos sabem o que está havendo, menos ele; além do próprio sumiço do Esquálidus. E os desenhos também acompanham a narrativa, com panoramas bonitos como a própria Natalimburgo, que lembra alguma cidade saída diretamente do Estranho Mundo de Jack, com as fábricas de brinquedo, cheio dos quebra-nozes e afins. Um outro ponto que gostei é a interação entre o Bafo de Onça e o Mickey, que se desenrola bem natural, com ele falando que não tem sossego e já não o aguenta mais. O desenrolar da trama revela o segredo que os habitantes estão escondendo de Rexel, culminando num final feliz, claro. Uma edição muito boa de Mickey, bem melhor que a última. Ainda fecha a edição a curtinha Caça ao Rato, publicada pela primeira vez na Dinamarca esse ano, mostrando porque o Mickey é o melhor detetive de Patópolis.

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