Nome Original: Exiles #49, #50 e #51; Astonishing X-Men #5, #6 e #7; Excalibur #5, #6, #7, #8, #9 e #10
Editora/Ano: Panini, 2006 (Marvel, 2004)
Preço/ Páginas: R$6,90/ 100 páginas cada
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Chris Claremont; Joss Whedon; Tony Bedard
Arte: Aaron Lopresti; John Cassaday; Jim Calafiore; Mizuki Sakakibara
Sinopse: Surpreendentes X-Men: a volta de Colossus e a entrada de Nick Fury e a SHIELD no caso da Cura! Exilados: a equipe enfrenta o Homem-Impossível e viajam para uma dimensão onde o Mímico é conhecido pelo nome “Grande M”, um assassino letal. Excalibur: Magneto e Charles se unem pra reerguer Genosha, mas ainda enfrentam inúmeros obstáculos: o principal deles, talvez, a chegada de uma Feiticeira Escarlate doente.
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Demorou, mas voltei a ler X-Men (y). Pra quem tá chegando agora, estou lendo e comentando aqui no site as histórias de X-Men desde a saga do Massacre (Guia X-Men Premium + Acontecimentos Anteriores) e, consequentemente, desde as edições #1 de X-Men e X-Men Extra (estão todas no Índice de Reviews). E como tenho que ir atrás das revistas em sebos e cia. (sim, leio as edições físicas!), as vezes a leitura atrasa um pouco =/ Mas bola pra frente que em 2015 quero adiantar uns 3 anos de publicação, pelo menos.
Surpreendentes X-Men: consolidando ao poucos como o melhor título mutante deste período, Surpreendentes se destaca por ser ágil, conciso e cheio de reviravoltas. Nas últimas edições tivemos a volta de Colossus do mundo dos mortos, cuja explicação – pra mim – ainda não ficou muito clara. Pelo visto, o corpo de Piotr foi ressuscitado por Ord, enquanto um outro corpo foi enterrado no lugar do verdadeiro. Aham, Cláudia. Perdoado isto, o russo volta com força total: quebrando os inimigos e fazendo o famoso arremesso com Logan.
Nessas três edições os X-Men enfrentam Ord (com destaque para o murro na boca que ele levou do Wolverine) e tem um bate-boca com Nick Fury sobre a Cura, a vacina anti-mutante elaborada pela geneticista Kavita Rao. A briga contra o alienígena termina na destruição do complexo. Na edição #52, Ciclope e Cia. tentam enfrentar um monstro nas remediações do 4Fantástico no intuito de serem tachados como heróis e não como marginais, mas sem sucesso, já que o Quarteto aparece e a luta nem foi televisionada.
Como essa série foi a única que li quase inteira antes de conhecer os X-Men direito, já sei de algumas coisas que vem por aí, mas não deixo de achar genial, por exemplo, a possível morte – talvez pela primeira vez – de um aluno dentro da Sala de Perigo. Spoiler: se não me engano, mais pra frente a Sala vai desenvolver uma ininteligência e “corpo” próprios. Como bônus, ainda temos um suspense pairando sobre Emma Frost, que parece esconder algo. Falando nela, achei estranho a cena onde usa a telepatia estando na forma de diamante. A transformação não bloqueia os poderes mentais?
Excalibur: Chris Claremont. Como de costume, aquela velha relação de amor e ódio com seu estilo “clássico” de escrever. E essa série é genuinamente claremontiana, que me cansa as vezes. São inúmeros balões de frases, de pensamento, de descrição ou narração de coisas antigas da cronologia. E praticamente em toda santa história. Por outro lado, ele faz o resgate de vários personagens um tanto sumidos como a Monet e a Salva-Vidas, além da situação das Corporações X, sendo atacadas ao redor do mundo.
O foco de Excalibur está entre a amizade de Charles e Magneto (outro que voltou dos mortos, com uma explicação ainda mais pífia que a do Colossus) e que agora estão em Genosha, a “antiga nação mutante, atacada por Sentinelas da Cassandra Nova, que dizimaram milhões de mutantes“, como o Claremont explica sempre que pode. O Magneto bonzinho e arrependido realmente não desce, sorte que na edição #52 ele volta a vestir seu traje (não sei de onde saiu o.O) e a querer mandar nos outros.
Sua mudança de personalidade se dá ao ataque que os Vingadores sofreram, deixando a Feiticeira Escarlate – sua filha – muito mal. Ele surta, faz um portal em Genosha (?) e captura Wanda. Outra coisa bizarra é a Callisto servindo de burra de carga para o Professor, carregando-o pra cima e pra baixo. Aparecem alguns Magistrados e personagens Who?, pra logo morrerem, mas a edição #52 é bem animada, com a ex-Morlock perdendo um braço lado de seus tentáculos, brigas legais e sangrentas, além da volta de Magneto-Todo-Poderoso! Obs: o Fera Negro também faz uma aparição surpresa e Magneto relembra seu passado, como quando usou seus poderes pela primeira vez e perdeu a família. Não sei se isso já foi contado antes, mas me confundiu um pouco.
Exilados: impossível não simpatizar com a série, mesmo em seus momentos menos inspiradores. É rápida, bonita, interessante, engraçada e a mais gay-friendly agora que X-Táticos acabou. A história da edição #50 é numa realidade onde o hilário do Homem-Impossível tomou conta, pra gente se acostumar com Bico e Namora nas equipes. Destaque para as versões infláveis dos personagens ^^.
As duas edições seguintes traz um arco bem diferente, mostrando dessa vez uma realidade que já esperava a visita dos Exilados. E estamos falando de Mística e Sina <3 . A azulona nocauteia Blink e ocupa seu lugar, enganando a equipe para que solte sua Irmandade de Mutantes e o Grande M da prisão: uma versão maligna do Mímico. Cheia de reviravoltas, um arco legal de se ler, porém com um final que transbordou lição de moral. Destaque para a presença da Sina, a parceira cega da Raven e que vê o futuro. Na realidade oficial ela morreu há anos. Bem que podia voltar, gosto dela. Outro destaque, claro, é para o Mímico do Mal. Gente, esses desenhistas de Exilados <3
Cheguei na reta de Dinastia M (uhul!), com Surpreendentes sendo a melhor série da revista e acompanhada dos sempre bem-vindos Exilados. Pena que metade do mix é ocupado pelo Excalibur, que só veio melhorar nessa edição #52. Espero que a série encontre seu caminho. Ah, a seção de cartas da #51 trouxe um depoimento hilário, falando sobre as pessoas que criticam histórias inovadoras dos mutantes e exaltam as mais antiguadas, com direito à metáfora entre Claremont e um macaco.
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.