Nome Original: New Mutants #1 à #4
Editora/Ano: Panini, 2004 (Marvel, 2003)
Preço/ Páginas: R$6,00 / 100 páginas
Gênero: Super-Herói/ Alternativo
Roteiro: Nunzio Defilippis & Christina Weir
Arte: Keron Grant
Sinopse: se ser um adolescente já é difícil, imagine, além das espinhas, seu corpo a manifestar estranhos superpoderes. Danielle Moonstar, uma das integrantes dos Novos Mutantes originais, sabe bem o que é isso, e passará a recrutar esses jovens Homo superior para se tornarem os mais novos alunos do Instituto Xavier!
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Os Novos Mutantes foram uma equipe mutante mirim, reunindo alguns jovens que combatiam o crime enquanto lidavam com as questões da adolescência. A série original foi publicada de 1983 à 1991, se transformando mais tarde na “X-Force”. Na equipe estavam Míssil, Mancha Solar, Dinamite, Magia, Magma, Miragem, Karma entre outros. Agora (2003) alguns estavam junto dos Fabulosos X-Men, outros na Corporação X e alguns morreram (Cifra, Warlock, Magia…).
E 20 anos depois do lançamento original, surge Os Novos Mutantes Vol. 2, mostrando a vida do jovem mutante nos anos 2000. Essa Marvel Apresenta #11 traz as 4 primeiras histórias da série, que continuará na revista X-Men #36. Danielle Moonstar, a Miragem, é a única do grupo original a aparecer. Ela se encontra com o Professor X e resolve ajudá-lo na missão de recrutar jovens mutantes inexperientes. E então começa a série, que é bem despretensiosa e suave. Nada de muito original ou surpreendente, porém divertida de ler. O autor nos apresenta à vários adolescentes tentando lidar com seus poderes e, em seguida, a chegada de Miragem para chamá-los pro Instituto.
Interessante como, pelo menos por enquanto, esses “Novos Mutantes” não são necessariamente uma equipe, e sim a história de como esses novos integrantes estão lidando com os demais alunos, com seus poderes e a integração à escola. Na verdade é bem “colegial” essas primeiras edições, nada de algum super inimigo, com exceção de alguns valentões.
Entre os novos personagens estão uma moça capaz de manipular o vento e escutar através dele; um outro que adquire os conhecimentos da pessoa que estiver ao lado; uma que não controla seus feromônios e altera a emoção das pessoas; e um que achei bem interessante, que desintegra tudo aquilo que toca (uma espécie de Vampira destruidora). Esse último acabou matando seus pais sem querer. #Triste
A arte de Keron Grant é simples e polida, lidando bem com a temática, porém me lembra Lilo & Stitch de vez em quando, sendo bem “comum”, não inovando em nada. Talvez se a arte fosse mais experimental combinaria melhor com a ideia de adolescência. Em contra-partida, as capas de Joshua Middleton são sensacionais, essa inclusive está presente no meu [TOP 50] Melhores Capas Nacionais dos X-Men, a Miragem está linda nela, fazendo a Pocahontas. O melhor é que as demais capas estão presentes no miolo da revista.
Esse início para os Novos Mutantes foi bem morno, porém uma leitura agradável. Alguns momentos foram nostálgicos, como a foto com a equipe original e a visita de Dani à Karma. Agora é ver se terá mais ação nas próximas edições.
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.