Nome Original: X-Men #141; Uncanny X-Men #423 e #424; Wolverine #187;
Editora/Ano: Panini, 2004 (Marvel, 2003)
Preço/ Páginas: R$6,50/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Grant Morrison; Chuck Austen; Daniel Way
Arte: Ron Garney; John McCrea; Phil Jimenez
Sinopse: Novos X-Men: a identidade do assassino de Emma Frost é revelada, e um fato novo muda completamente os rumos da investigação. Fabulosos X-Men: mutantes aparecem crucificados em pleno pátio da Mansão Xavier. Começa a “guerra santa” contra os fanáticos da Igreja da Humanidade! Wolverine: a mais sombria carona da vida de Logan está pra começar. Uma carona… para a morte!
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A misteriosa morte de Emma Frost finalmente é revelada, com várias reviravoltas até chegar n@ culpad@. E os Fabulosos X-Men partem para enfrentar a Igreja da Humanidade, logo após eles crucificarem alguns dos alunos da Escola. E Wolverine… bem, continua o Wolverine.
Novos X-Men: o arco em três partes “Assassinato na Mansão Xavier” finalmente chega ao final com um desenrolar muito interessante. A começar pela vontade de Jean em querer solucionar o caso e juntar telecineticamente todos os pedacinhos de diamantes da Emma Frost e reconstruí-la numa ótima sequência. Bishop e Sábia continuam na investigação e chegam à “ninhada” de Angel e Bico, com seus filhos. A arte é de Phil Jimenez, que dá certo dinamismo na história, que fica com ar de Arquivo X. Destaque para os diálogos que deixam claro como Sábia funciona, igual à um computador (com disco rígido, reiniciar e tudo mais). A revelação de quem deu o tiro em Emma também surpreende e guarda novas emoções para a próxima edição.
Wolverine: não sei o que acontece com essa série. Na história Logan entra num bar, pede carona para um cara e o mata na viagem por ser criminoso. Quantas vezes essa história de entrar-no-bar-matar-gente já não foi contada? Desde que acompanho, inúmeras vezes. Não acrescenta em nada. A série quando não está num arco ruim, está com histórias tapa-buraco.
Fabulosos X-Men: mesmo com a arte de Ron Garney e os uniformes horríveis dos Fabulosos (inclusive o novo do Destrutor) e o histórico de novelão das últimas edições, até que a história começa bem e choca já nas primeiras páginas, com vários alunos crucificados no jardim da Escola (entre eles, Jubileu). Tudo indica que a Igreja da Humanidade que fez a atrocidade, o que leva a equipe à investigar. Como Noturno é quase um padre, coloca em xeque sua devoção e valores religiosos. Ciclope também se destaca ao liderar o bando e criticar (até chamar de “retardado) a liderança do Kurt sobre os Fabulosos. Apesar de não gostar do Scott, deu um UP na narrativa.
Tudo indo muito bem (apesar das cansativas citações da bíblia), aí chegam no QG da Igreja e tudo desanda, até tem erros de cores (Jean de cabelo verde), com o plano dos inimigos sendo revelados (pretensiosos demais) e acabando como se nada tivesse acontecido. Também tem um errinho de roteiro: Destrutor comenta ter enfrentado a Igreja da Humanidade junto dos Fabulosos no passado, porém ele nunca participou da equipe – ele estava “morto” até aparecer em estado catatônico na edição #23 e ter acordado há pouco tempo.
O saldo final de X-Men #33 é até melhor que na última edição. Novos X-Men promete bastante, agora que Jean salvou a vida de Emma e parece ter aceitado que ela ama seu marido, além das coisas esquentarem pro lado das Irmãs Stepford. Já Fabulosos X-Men começou com altos momentos e um belo contexto, porém não segurou as pontas com alguns errinhos. E Wolverine, sem comentários.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.