Nome Original: Moonbird
Direção/ Ano: John Hubley & Faith Hubley, 1959
Roteiro/ Estúdio: John Hubley & Faith Hubley/ Storyboard-Harrison
Duração: 10 minutos
Sinopse: Duas crianças saem a noite em busca de um pássaro.
Continuando a série de especiais que reunirá os vencedores desta categoria tão obscura do Oscar, ano por ano. Leia o post [Especial] O Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação para conhecer um pouco da trajetória do prêmio pela Acadêmia e o Índice dos Curtas para os já comentados.
Animação bizarra e de baixo orçamento que faturou o prêmio em 1960, desbancando concorrentes como “A Arca de Noé” da Disney. Conta a história de duas crianças que fogem de casa a noite para caçarem o Moonbird (Pássaro da Lua). Importante comentar que o curta é criação do casal John e Faith Hubley, que gravaram uma conversa entre seus filhos, na qual contavam a busca por um pássaro. Tais sons foram utilizados na produção de “Moonbird”, por isso a qualidade sonora “duvidosa”. O casal é conhecido por usar a voz dos filhos em personagens, além de terem ganhado três estatuetas em 7 indicações ao prêmio.
Aliás, toda a produção é experimental e em alguns momentos parece até amador. Há falhas de animação, repetição de frames, desaparecimentos repentino de coisas e por aí vai, sem muito “capricho”. É curioso como ele venceu no ano em questão, mas pode ser explicado pela onda “alternativa” que contagiou os anos 60. Animações tradicionais da Warner e Disney começaram a perder espaço na premiação, dando lugar à novos estúdios e ideias. A versão acima está “remasterizada”, porém é visível a técnica esquisita utilizada. Particularmente, não merecia ter vencido.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.