Arma X: Diretor e o Dr. Windsor (será uma homenagem ao desenhista Barry Windsor-Smith?) tentam ajudar o Selvagem a se recurar do trauma causado por Dentes-de-Sabre e ao mesmo tempo descobrir mais sobre o vilão, tudo isso através de uma máquina que projeta imagens do cérebro de quem a usa. Creed foi capturado e passa por esse mesmo equipamento, só que sua mente é toda confusa, além de possuir bloqueadores mentais. Enquanto isso o resto da equipe da Arma X enfrentam o Blob e Avalanche em busca de pistas sobre o paradeiro dos protocolos roubados. A série deu uma bela melhorada, com roteiro empolgante e bons desenhos. Destaque para a máscara de “Hannibal” usada pelo Creed, mostrando que ele não está pra brincadeira; e para a cena em que Selvagem libera sua raiva dando uns tapas no Dentes.
Emma Frost: essa série vai mostrar a origem de Emma, de como descobriu seus poderes telepáticos e a criação da “Rainha Branca”. Escrita por Karl Bollers (Soldier X) e com desenhos de Randy Green (Novos X-Men), pretende explorar o lado “humano” da personagem, que vem ganhando força em Novos X-Men e se tornando uma das personagens mais populares entre os mutantes. Emma é uma menina tímida que sofre nas mãos das colegas de sala por ser rica e nas mãos de seu pai, que a priva de tudo. O baile da escola está chegando e ela resolve ir, mesmo sem o consentimento deles. Nada de muito novo, meio que sabemos o rumo da história (lembram de Carrie, a Estranha?): a dor de cabeça, a vingança na escola… O destaque fica para algumas momentos que revelam sua futura personalidade como o vestido branco, o cabelo tingido e seu “sex appeal”, já que fica no ar se o Prof. Kendall nutre algo por ela.
Mística: ao contrário da série da Emma, essa se passa na cronologia normal. O Professor X, depois das empreitadas de sua Corporação e dos mutantes terem “saído do armário”, começou a investir em outros assuntos que necessitam maior “sigilo”: espionagem. Após perder uma de suas espiãs (Prudência) numa missão importante, ele decide por contratar Mística. Uma aposta um pouco estranha, já que Raven prejudicou (e muito) os X-Men e o próprio Charles, sendo a responsável pela morte da Dra. MacTaggert. Ele procura Forge para ajudá-lo a encontrá-la, já que os dois tiveram um “caso” no passado. Enquanto isso, Mística está numa missão particular e prestes a ser encurralada por agentes do governo com ordens de matá-la. O roteiro é do Brian K. Vaughan (X-Machina, Y – O Último Homem) com os desenhos de Jorge Pereira Luca (Aniquilação: Ronan) que não exita em mostrar peitos e bundas.
A partir dessa edição o mix passa a ter três histórias (e não duas), ficando mais interessante. Arma X vêm melhorando bastante, o que eu não imaginava após o trauma das últimas histórias do Frank Tieri com o Wolverine. A Rainha Branca e a Mística são minhas mutantes preferidas, fica a expectativa para as edições seguintes. A série da Mística, inclusive, foi um dos meus primeiros contatos com os quadrinhos uns anos atrás (em scan) e que me incentivou a começar a acompanhar os X-Men.
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.