Liga da Justiça Dark: Xanadu explica que, por alguma implicância com a Feiticeira, ela conseguiu arrancar sua “parte boa”; materializada no mundo através de June Moon. A Feiticeira, então, enlouquece e tenta pegar sua parte novamente. Por isso o mundo virou um caos (inclusive mostra alguns heróis interligados ao redor do mundo). Bacana, Xadanu é uma encrenqueira e egocêntrica de primeira, mas precisava dar essa volta toda pra chegar até aqui? Peter Milligan não estava muito inspirado quando escreveu esse arco, trazendo do nada o Distorção Mental (praticamente um deus ex machina) e fechando o assunto de maneira sem graça. O final só valeu por Constantine mandar tomo mundo se danar.
Monstro do Pântano: a podridão está se espalhando, chegando à uma tribo indígena no Mato Grosso. Alec e Abby se preparam “comprando” algumas munições e são pegos de surpresa por William, o avatar da podridão, e vários porcos e vacas zumbis. O Monstro do Pântano banca a Hera Venenosa e eleva algumas raízes para segurar o menino, porém não será fácil vencer. A arte está fantástica, bastante rápida, violenta e sangrenta. O conflito entre os animais e o casal ficou excelente.
Ressurreição: depois de levar um mega-golpe de Suriel, Mitch morre (ou não). Fica essa dúvida, enquanto seu corpo é levado para outro lugar. Essa anja, então, começa a ligar pro céu de seu celular (?) informando que a alma dele pode passar por lá a qualquer momento. Tudo muito estranho, mas da maneira errada. Entretanto, o autor volta 3 anos no tempo e apresenta o passado do protagonista. Mitch era o Diretor de algum experimento militar, arrogante e inescrupuloso, chefe do vilão Slade/ Exterminador. Foi a melhor parte da história, dando uma levantada na série.
Eu, o Vampiro: o trio chega a Gotham e se deparam com a policia investigando o desaparecimento de todos os passageiros de um trem. Andrew sente que Mary está metida nisso, assim como esses “novos” vampiros serão alojados num determinado local. A narração é de Tig, a moça cujos pais foram mortos por vampiros e que deseja vingança. O Batman não podia ficar de fora e encontra o grupo, acontece a velha história de sempre (vampiro bonzinho) e todos investigam o lugar. Uma boa história, com narrativa cinematográfica, ótima arte e mostrando uma Gotham bastante sombria.
Homem-Animal: Ellen corre para ajudar o filho, dando uns tiros no monstro que o capturou, mas não consegue segurar a barra sozinha. Buddy, Maxxine e o gato Sr. Meia voam em direção à eles para tentar ajudar. O gato segue a linha das Árvores em Monstro do Pântano (foque na missão e não em situações “mundanas”). Maxx, sem saber o que fazer para ajudar, manda todos os animais da floresta comerem a criatura, porém a podridão poderá se espalhar com isso. História sensacional de Homem-Animal, diria que é a série mais interessante que acompanho dos Novos 52. A arte é excelente, bizarra na medida certa, com destaque para a cena em que o monstro utiliza de seu próprio hospedeiro para atingir Buddy. Muito boa!
Dark #5 começa ruim, com a fraca Liga da Justiça sobrenatural, e termina excelente graças à Homem-Animal. Isso complica na hora de avaliar, pois até se esquece do que passou. Felizmente, Monstro do Pântano continua uma ótima leitura e as demais séries manteve o nível. Só me pergunto por que a Panini não publicou essas duas boas séries no modelo de “Novos Titãs & Superboy”.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.