Superboy: o jovem Superboy continua com dúvidas existenciais, sem saber ao certo o que é errado ou certo na sociedade. Invadindo a casa da Ruiva, acaba se surpreendendo ao descobrir que ela também é uma meta-humana e, como é auto-denominada, uma das treze pessoas “imune” à sua telecinesia. Felizmente, ela é derrubada fácil e chegam novos Agentes que libertam Superboy dos laboratórios. Toda essa primeira parte acontece de forma rápida e confusa (Ruiva é uma espiã? Quem são os novos agentes? Criam o Superboy e não sabem sua origem?), como já vinha ocorrendo nas edições anteriores. Mas na segunda metade as coisas melhoram um pouco. Superboy tenta curtir sua nova liberdade, mas a realidade e hipocrisia das pessoas o incomoda (a sequencia do Natal é muito boa), até encontrar a moça que queima pessoas novamente e travar uma batalha.
Novos Titãs: Superboy retorna à sua antiga missão e persegue a Moça-Maravilha, enquanto ela tenta escapar. O encontro é inevitável e os dois se digladiam em ótimas sequencias de ação e destruição. Em paralelo, Robin Vermelho, Casamata e Rastejadora tentam se entender e chegar num acordo quanto à Momentuum, mas são interrompidos pela visita de Kid Flash e Solstício, em péssimas condições. Após ver a luta dos outros dois meta-humanos, o grupo resolve ajudar a Moça-Maravilha. História simples, rápida, direta ao ponto e empolgante. Os Novos Titãs estão quase reunidos e o roteirista consegue expressar muito bem a personalidade de cada um dos integrantes.
Superboy parece uma montanha-russa, com altos e baixos, porém tem potencial para melhorar. Sua versão em Novos Titãs é mais seguro de si e destoa um pouco do que já foi mostrado, mesmo sendo escrita pelo mesmo roteirista. Já Novos Titãs continua firme e forte, o destaque do mix com uma narrativa ágil e personagens cativantes, até mesmo os estreantes: Casamata, o membro alegre que já estou adorando; Solstício, a “paz e amor”; e a insegura Rastejadora. Fecha a edição uma matéria sobre Caitlin Fairchild (a Ruiva), antiga personagem da série Gen13 (WildStorm), recentemente absorvida pelo UDC pós-reboot. Seu comentário sobre os “treze” seria sobre o Gen13?
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.