Esquadrão Suicida: o grupo, agora com novos membros (Iô-Iô e Bumerangue, o novo líder) possuem uma nova missão: entrar na base secreta do Basilisco e capturar uma Doutora em específico. Acontece mais mortes e atitudes suicidas por parte dos anti-heróis, como é de se esperar. Os desenhos passam a ser de Federico Dallocchio (Starcraft) e mantém o mesmo nível frenético do anterior, com ótimas sequencias sangrentas. O destaque fica por conta de uma reviravolta no enredo que promete mudar a série (pra melhor), deixando de lado as missões aleatórias e focando no clima interno do grupo. Arlequina descobre que o Coringa está morto (supostamente) e, para completar, um dos agentes de Amanda Waller acaba soltando-a de sua nano-bomba. Agora, com uma insana livre e raivosa nem precisa dizer que vem problema para a Srta. Waller e cia.
Aves de Rapina: as Aves/ Panteras estão em missão num trem quando descobrem que Canário Negro possui uma bomba em sua cabeça que pode explodir à qualquer momento. Sturnia nocauteia a amiga e conta pra ela, em flashback, como que a missão terminou. O destaque fica para a cena em que Hera tenta parar o trem (de onde saiu tanta planta?) e para Batgirl integrando o grupo. Ela era a mentora das Aves de Rapina antes do reboot. Fora isso, nada de muito empolgante ocorre, as cenas de ação (como no trem) não conseguem casar com as cenas mais leves (como Canário acordando e flertando com o médico) e algumas brechas no roteiro ficaram mal explicadas (quem chamou Bárbara? Como implantaram o “chip” na Canário?).
O clima “As Panteras” de Aves de Rapina até pode dar certo, mas por enquanto o grupo está andando em círculos. O roteiro poderia focar na personalidade de cada uma enquanto enfrentam missões menores e menos complicadas; mesmo assim, são personagens cativantes. Já Esquadrão Suicida parece ter encontrado seus pontos fortes e planeja dar uma guinada na história, agora com Arlequina enlouquecida.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.