Liga da Justiça Dark: fica cada vez mais claro que Xanadu está escondendo algo, porém essa “surpresa” que toda edição vem trazendo começa a perder força, deixando a história confusa. Desafiador continua ajudando June Moon (um dos “lados” da Feiticeira” à fugir; Shade bancando o recrutador; Constantine visita Columba. O destaque fica para Zatanna chegando perto do “casebre” e a verdadeira Feiticeira aparecendo. A arte continua boa, porém a quantidade alta de personagens não deixa que cada um seja explorado melhor.
Homem-Animal: No Vermelho, Buddy Baker e Maxine enfrentam alguns enviados da Podridão e batem um papo com os Totens. Na realidade, sua esposa e filho fogem para Sacramento, porém são perseguidos por mais criaturas. A mulher é dura na queda e não facilitará para o inimigo. Um dos Totens (um gato) resolve se unir à dupla e ajudar Maxine a controlar melhor seus dons. Os desenhos retrô continuam excelentes e o destaque fica para a explicação da Podridão, de como surgiu, assim como a função dos Totens e do “escolhido”. A referência à Monstro do Pântano, até então feita nas entrelinhas, agora é explicita.
Ressurreição: história com bons desenhos e bastante porradaria em cenas de ação. Infelizmente, a série não sai muito disso. A função das Dublês de Corpo fica mais claro (com o surgimento de um “Diretor”), enquanto elas brigam com o Transumano, amigo do pai do protagonista. Falando nele, Mitch finalmente “acorda” e tenta impedir o confronto. Eis que surge Suriel (aquela anjo da primeira história), dá uma reviravolta no jogo e solta algumas revelações, como o Transumano ter apenas 18 anos (?). Vários momentos “WTF?”.
Eu, O Vampiro: o visual, como de costume, é muito bonito. Porém, vale comentar, que as cores escuras e poucos detalhes deixam os personagens muito parecidos uns com os outros. Resumindo a história: Andrew vai dar uma volta, conhece um vampiro deprimido e tenta levantar seu astral (da forma errada), o que leva esse rapaz a invadir um restaurante e matar as pessoas do local. Para sua infelicidade, Constantine também está por lá e tenta matá-lo, mas Andrew chega e a situação se resolve. A inserção de John Constantine é o principal destaque, mas não acontece nada de surpreendente.
Monstro do Pântano: assim como ocorre em Homem-Animal, Alec se reúne ao Parlamento das Árvores para debater sofre o futuro da vida e contar um pouco sobre a Podridão. Como curiosidade, elas ficam no “coração da Amazônia brasileira”. O interessante é que esses “outros” Monstros do Pântano tem um ar de superioridade e comentam que só deveriam existir o Verde, mas que concordam com o Vermelho, também. Fora que há algo neles que parece falso. Caso isso seja verdadeiro, o roteirista está de parabéns. Destaque para a sequencia inicial, com o escolhido da podridão invadindo um restaurante e matando todo mundo. Seria ótimo ele Vs. Maxine.
Como comentado no inicio, o mix Dark vem valendo a pena por conta de Homem-Animal e Monstro do Pântano. Ressurreição traz muitos clichês do gênero, assim como Eu, o Vampiro não caminhou muito dessa vez. Já Liga da Justiça Dark é válida pelos personagens cativantes, porém não é o suficiente para manter tudo em cima. As capas originais estão presentes, além de resumos da edição anterior.
Fil Felix é ilustrador e escritor. Criador dos conceitos e personagens do universo da Central dos Sonhos. Fã de HQs, gosta de escrever reviews desde 2011, totalizando mais de 600 delas em 2023. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a Coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou seu primeiro livro infantil em 2021: Zumi Barreshti, da editora Palco das Letras.