[Review] Dark #2 !

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Nome Original: Justice League Dark #2; Animal Man #2; Ressurrection Man #2; I, Vampire #2; Swamp Thing #2
Editora/Ano: Panini, 2012 (DC, 2011)
Preço/ Páginas: R$8,99/ 108 páginas
Gênero: Suspense/ Ação/ Alternativo
Roteiro: Peter Milligan; Jeff Lemire; Dan Abnett e Andy Lanning; Joshua Hale Fialkov; Scott Snyder
Arte: Mikel Janin; Travel Foreman; Fernando Dagnino; Andrea Sorrentino; Yanick Paquette
Sinopse: Liga da Justiça Dark: Madame Xanadu continua sua busca para reunir os maiores místicos do planeta. Mas será esse mesmo seu objetivo? Homem-Animal: as novas habilidades de Maxine começam a aterrorizar Buddy Baker. Monstro do Pântano: tudo o que você sabia sobre Alec Holland está errado! Eu, o Vampiro: a Rainha do Sangue espalha seus ataques por todo o país, enquanto Andrew prepara-se para a batalha impossível à sua frente. Leia também: Ressurreição!
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Em relação ao primeiro número, essa segunda edição de Dark dá uma caída. Monstro do Pântano e Homem Animal continuam sendo as melhores séries do mix, enquanto a Liga da Justiça Dark permanece interessante. Ressurreição e Eu, o Vampiro não inovam e ficam no lugar-comum de séries do gênero e, com exceção da arte, elas não empolgam. Em alguns momentos fica a impressão de que houve um lapso entre a edição anterior e essa, ou falha de continuação mesmo.

dark-232-justice-league-darkLiga da Justiça Dark: Madame Xanadu está reunindo vários místicos do UDC para, aparentemente, eliminar a ameaça da Feiticeira. Zatanna e Constantine utilizam seus poderes para encontrarem a vilã, enquanto Desafiador enfrenta outro tipo de problema. Por não possuir um corpo físico, Boston sente dificuldade em manter uma relação estável com sua esposa, que não aceita dormir com ele usando o corpo de um outro homem. A “mulher-zumbi” da edição anterior bate na porta do casal e pede à ele que entre em seu corpo para verificar se a bruxa não está fazendo nada com ela.

Apesar de continuar divertida, parece que há algo faltando entre as duas histórias. Como “onde está Shade?” ou “o que aconteceu à Liga da Justiça?”. O destaque fica para a reviravolta nos momentos finais e a possível inclusão de Rapina à futura equipe, se realmente for existir. Madame Xanadu possui uma papel fundamental na história e suas atitudes mudaram, gerando expectativa para a próxima edição.

dark-232-animal-manHomem Animal: assim como ocorreu em sua apresentação, a série do Homem Animal continua a melhor do mix. Seu roteiro está interessante e envolvente e a arte é ótima. Maxine, filha de Buddy, começou a desenvolver estranhos poderes semelhantes ao do pai. Ela pode reviver animais mortos e sentir o “Vermelho”, um lugar ainda não revelado totalmente cujo mapa para chegar lá é o próprio Homem-Animal. Este lugar (ou ser) está doente e afetando os animais, como mostrado numa cena do zoológico. Ainda não se sabe, também, se trata de algo bom ou ruim. A sequencia final é excelente; agora é esperar pra ver o que acontece.

O convívio familiar de Buddy Baker e os momentos mais descontraídos são os destaques da série, que consegue manter a atenção do leitor. Os desenhos de Travel Foreman (O Imortal Punho de Ferro) com as cores de Lovern Kindzierski (Sandman: os Caçadores de Sonhos) são bem retrôs e lembra material mais antigo da Vertigo (de onde a série original veio), com boa diagramação e o clima psicodélico e nonsense costumeiro. Vale comentar que a trama do Monstro do Pântando trata de algo parecido (a busca do Verde) e, quem sabe, pode haver uma relação entre si.

dark-232-ressurrection-manRessurreição: série sem grandes atrativos e que, já na segunda edição, mostra um roteiro padrão. Mitchel tem o estranho dom de, toda vez que morrer, voltar à vida com um poder e objetivo diferente. O motivo de tudo isso permanece um mistério e o protagonista está andando em círculos, sempre chegando perto da revelação e sendo atacado por alguma gostosa armada. Nessa edição são duas mulheres (uma de salto alto, ainda) que o atacam e dizem frases típicas de mulheres armadas e gostosas ^^. A arte de Fernando Dagnino (Liga da Justiça: Geração PErdida) é boa, com belas sequencias, mas não é o bastante para segurar a trama que, ironicamente, é feita por duas pessoas (Dan Abnett e Andy Laning, de Nova). Se na próxima edição Mitchel renascer com um novo poder, ir até o “objetivo” e ser atacado por mais uma mulher sanguinária… já sabemos como a série vai caminhar.

dark-232-i-vampireEu, o Vampiro: essa série impressiona por sua arte estilizada e cenas de impacto, mas também não consegue segurar o interesse do leitor por muito tempo. A história é batida: o vampiro Andrew Bennett mordeu a jovem Mary, transformando-a na Rainha de Sangue. Agora, muitos anos depois, ela quer tirar os vampiros das sombras e dominar o mundo, exterminando os humanos. Andrew, por sua vez, tentará impedi-la por não querer que inocentes morram. Felizmente, ela não segue o estilo “bonzinho” de ser que as séries vampíricas vem ganhando e temos muito sangue jorrando pelas páginas; mas esse tipo de história já deu. 

Chega a ser engraçado as ruas lotadas de vampiros/ lobisomens (pois eles se transformam em lobos) atacando civis e a toda poderosa Rainha de Sangue andando despreocupadamente no final. A cena em que fala com seus “súditos” também é interessante, pois praticamente diz: “vocês serão os mártires dessa guerra… vão morrer por mim, mas tudo bem!”. E o povo ovaciona.

dark-232-swamp-thingMonstro do Pântano: o melhor do mix, ao lado do Homem Animal. O clima de Monstro do Pântano é bem calmo, com a história se desenrolando bem. As coisas estão um pouco confusas, principalmente por incluir outros Monstros e o Parlamento, além do Verde. Mas a narrativa está ótima, assim como os desenhos, com várias sequencias de página dupla. O passado do protagonista e sua vida passada como Monstro do Pântano é explorado um pouco, porém a história do Superman e os animais mortos da primeira edição não é lembrada. Vale comentar que muita coisa se assemelha à Homem Animal, como a busca pelo Verde, desequilíbrio do mundo, um mal iminente etc. É como se as duas séries fossem interligadas, entretanto não sei dizer se é fato ou não.

O acabamento da Panini segue o tradicional mensal: capa couché e miolo pisa brite, com resumos dos últimos fatos. Ficou faltando reproduzirem as capas originais de Monstro do Pântano e Eu, o Zumbi. Por ser, praticamente, no mesmo formato do mix Vertigo e, ainda assim, com menos páginas e quase o mesmo preço, deveria vir todas as capas e ainda algum material extra para deixar a revista mais interessante.

nota 7,0 i

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