[Review] X-Men Extra #12 !

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Nome Original: Icons: Cyclops #1; Exiles #6; X-Treme X-Men: Savage Land #2 e #3
Editora/Ano: Panini, 2002 (Marvel, 2001)
Preço/ Páginas: R$7,50/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Brian K. Vaughan; Judd Winick; Chris Claremont
Arte: Mark Texeira; Jim Calafiore; Kevin Sharpe
Sinopse: Escoltando uma misteriosa tribo de criaturas repitilianas até a Terra Selvagem, os X-Men são vítimas de uma traiçoeira armadilha. Agora, terão de lutar pelas próprias vidas nos confins da Antártica! Exilados: o Hulk está causando morte e destruição no Canadá, e só a força conjunta dos Exilados e da Tropa Alfa podem impedi-lo. Mas a Arma X tem outros planos… E ainda: a estréia de Ícones X-Men: Ciclope.

Assim como ocorreu em X-Men #12, o preço de X-Men Extra também aumenta para R$7,50, mas mantendo toda a qualidade gráfica. Nesta edição temos as séries Exilados e a mini-série dos X-Treme X-Men na Terra Selvagem. Ícones: Ciclope substitui o lugar deixado por Ícones: Vampira, finalizado no último número e, infelizmente, a Nova X-Force não entrou no mix.
 
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A nova série do Ciclope inicia o mix e, ao contrário do que aconteceu com a da Vampira, aqui a porradaria rola solta e não ocorre no passado. O Professor X percebe a tensão em Scott devido aos últimos acontecimentos envolvendo Apocalipse (na saga dos Doze) e dá à ele alguns dias de férias, que decide passar num hotel bem distante. Em meio à pensamentos sobre a vida e os X-Men, sua família, o local é atacado por Sr. Estranho e Fanático. Como de costume, os vilões estão sendo pagos para capturá-lo.
 
O roteiro é do Brian K. Vaughan, o criador de Ex Machina e Y – O Último Homem, que faz um bom trabalho na narrativa e procura explicar a origem do personagem sem precisar voltar ao passado. Para quem não conhece Ciclope, temos informações como: o acidente que Ciclope e seu irmão, o mutante Destrutor, sofreram quando criança, causando o descontrole de suas rajadas óticas; como é sua visão e a importância (assim como o material) de seus óculos; seu papel como líder dos X-Men (com direito a citações de líderes históricos), e de como ele vê a equipe; entre outras. Os desenhos são do Mark Texeira (Dentes-de-Sabre, Motoqueiro Fantasma), bastante nostálgicos, lembrando sua arte pela década de 1990. A arte, inclusive, é um dos pontos alto dessa Ícones, até porque o roteiro não traz novidades. As cenas são bem dinâmicas e as cores do estúdio Transparency Digital (o mesmo de Exilados) capricharam e tudo parece bastante “carregado”, além de alguns efeitos interessantes, como as cores da roupa e pele serem o mesmo do fundo. Texeira também retrata os X-Men como apareceram em Novos X-Men, com os trajes novos. Nesse primeiro momento, Ícones: Ciclope empolga mais que Ícones: Vampira.
 
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Em seguida temos Exilados, com o bom humor e referências de sempre. Dando continuidade à trama da edição anterior, a equipe está no Canadá ajudando a Tropa Alfa a capturar o Hulk, antes que alguém possa morrer. Cronologicamente, ela se passe numa realidade paralela no período em que Logan estava começando suas atividades na Tropa. A ideia dos Exilados de tentar esconder a verdade do governo foi por água abaixo quando Wolverine descobre tudo, acabando por tomar providências mais radicais para proteger sua equipe. O Hulk, enquanto isso, encontra Pássaro Trovejante e Shaman e ocorre toda a pancadaria tradicional do verdão. Interessante entre os dois Proudstar é a conversa que possuem sobre a natureza de seus poderes e sobre Apocalipse, que tornou o mutante dos Exilados em seu Cavaleiro da Morte. Nessa edição também descobrimos outro mutante vindo da Era do Apocalipse que possui uma grande ligação com Blink.
 
Judd Winick continua fazendo um trabalho consistente nos argumentos da série e nos deixa na expectativa do próximo arco, para onde eles serão levados, pois acabam agradando os leitores mais nostálgicos e os mais novos, que conhecem um pouco da história dos X-Men. O humor também ajuda na simpatia da série, graças ao personagem Morfo (capaz de modificar sua forma) que protagoniza os momentos mais hilários, como na cena acima e em seus comentários. É feito até uma piada com o Hulk e seus bordões já batidos (Hulk esmaga!; Hulk detesta homenzinhos!) e por aí vai. A arte recebe o apoio de Jim Calafiore (Aquaman, Sexteto Secreto).
 
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As duas histórias seguintes são de X-Treme X-Men: Terra Selvagem, de Chris Claremont e desenhos de Kevin Sharpe (Army of Darkness, Vengeance of Vampirella). O destaque fica por conta da arte, bem caprichada e com uma sensação de profundidade muito boa, principalmente nos trajes e closes, em parte graças às cores de Mike e Chris Garcia (Zendra, Mystic), mantendo a qualidade da arte de Salvador Larroca na série principal. Fora isso, é mais uma história passada na Terra Selvagem sem profundidade e com gostinho de “mais do mesmo” que Claremont vem fazendo com a equipe.
 
Tentando ajudar um grupo de reptilianos a voltar à Terra Selvagem, os X-Treme X-Men viajam rumo ao local através de uma passagem subterrânea, mas o teto do túnel é sabotado e o peso do oceano cai sobre a equipe, indo parar numa parte diferente da Terra Selvagem, além de serem separados no percurso. Sábia e Bishop ficam soterrados, Tempestade é capturada, Vampira está bastante ferida e Pássaro Trovejante e Fera tentam se enturmar com a civilização local. Há uma conspiração por detrás dos acontecimentos, onde cada x-man pode estar enganado. 
 
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X-Men Extra #12 começa bem com a série do Ciclope, mantém o ritmo com Exilados mas começa a decair com X-Treme X-Men que, até o agora, não teve nenhum momento “extremo” e vêm trazendo um roteiro padrão para os mutantes. A X-Force, que considero a melhor série no mix, não aparece nesta edição. A sessão de cartas continua esclarecendo algumas dúvidas dos leitores e levanta uma questão sobre a Medula, que não aparece já faz um tempo. A Panini explica que aconteceu várias coisas com ela, inclusive uma tentativa de suicídio, mas parece que é material não lançado por aqui (assim como os acontecimentos que levaram Emma Frost à Genosha). Também não temos as capas de X-Treme e Ciclope reproduzidas em seu tamanho normal.
nota 6,0 w

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