[Review] X-Men Extra #10 !

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Nome Original: X-Treme X-Men #4; Exiles #4; X-Force #119 e Rogue #3

Editora/Ano: Panini, 2002 (Marvel, 2001)
Preço/ Páginas: R$6,90/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Chris Claremont; Judd Winick; Peter Milligan; Fiona Kai Avery
Arte: Salvador Larroca; Mike McKone; Mike Allred; Aaron Lopresti
Sinopse: Depois de assassinar Psylocke e quase matar o Fera, Vargas tem um novo alvo: Gambit! E uma surpreendente revelação sobre o passado de Bishop. Exilados: Blink e seus amigos precisam derrotar os X-Men e impedir a Fênix Negra de destruir um universo! X-Force: novas baixas durante o resgate de Paco Perez. Vai sobrar alguém vivo nesta equipe? Ícones: Vampira começa a descobrir a heroína dentro de si.

X-Men Extra #10 começa de forma diferente das anteriores, ao invés de iniciar com a tradicional história de X-Treme, ela inicia com Exilados, seguido de X-Treme, X-Force e Ícones: Vampira. É uma edição morna (apesar da capa MEGA quente), sem nada de muito relevante, mas uma leitura agradável. Como já vem acontecendo, a nova X-Force é a série que mais se destaca nos mixes mutantes deste período, ao lado de Novos X-Men, como um leitor comenta na sessão de cartas. Mas até que Claremont acerta o tom e X-Treme X-Men ficou interessante.

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O pessoal de Exilados continua sua missão no famoso julgamento da Fênix. Nesta versão, Jean precisa ser morta, se não a Fênix tomará seu corpo e matará a todos. Mesmo contra sua vontade, a equipe faz o possível para realizar a missão. A porradaria é legal, mas nada demais ocorre e o destaque fica por uma Fênix sensual e desbocada, sendo xingada até de vaca por um dos mutantes. 


Ao final, nenhuma pista da próxima realidade em que a equipe irá parar. Mesmo com todo o drama de alguns personagens, como Nocturna ter que enfrentar seu pai, o grande trunfo está em Morfo, ele rouba todas as cenas em que aparece, sendo super hilário e criativo em suas transformações. O tema “Fênix” já é bem batido no Universo X, o roteirista Judd Winick foi mais feliz na missão anterior, com a morte do Professor X vilanesco. Conhecido por envolver alguns tabus em suas histórias, como em sua passagem pelo Lanterna Verde e pela nova série da Mulher Gato, ficamos na espera de um “Exilados” mais audacioso.

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Em seguida temos X-Treme X-Men, com a equipe comandada por Tempestade e Vampira tentando lidar com a perca de Psylocke e, ao mesmo tempo, visitar a antiga casa de Sina e Mística em busca dos diários da vidente. Dentre as 4 história que tivemos de X-Treme, está foi a mais interessante até o momento. Claremont já não é o mesmo dos anos dourados há um bom tempo, sua passagem recente pelos X-Men mostra isso, e o autor está lidando melhor com histórias mais calmas, focadas em algum suspense, do que pelas brigas em si. O que o torna o roteirista errado para uma HQ que tenta ser “extrema”, mas vamos ver no que dá.


Como destaque temos as cenas onde Ororo tenta abrir a porta da casa de Sina, os diálogos descontraídos de Bishop na cozinha e no confronto entre Gambit e Vargas. A arte de Salvador Larroca está excelente, principalmente pelas cores da Liquid!, bastante “pesadas”, dando um ar todo cinematográfico. O personagem Teleporter também faz uma pontinha. Não o conheço muito bem, só lembro dele uma vez, numa história que ele teleporta Jubileu e Wolverine para uma casa no meio da neve. 

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X-Force se mantêm como a série mais diferenciada do mix, tanto pela arte pop de Mike Allred (Madman) quanto pela história alternativa de Peter Milligan (Skreemer). O grupo continua na missão em salvar o jovem Paco, que está com dois fios ligados em sua cabeça e, se retirarem o fio errado, o garoto morre. Órfão, o líder da X-Force, tira a roupa para que seu poder de sensibilidade aumente e tenta descobrir o fio certo. Apesar de tudo ficar nas entrelinhas, os diálogos e momentos estão bem escrachados, como no sonho de Vai Nessa com seu antigo líder e surge o Técnico, levando um sopapo na cara.


O Técnico, aliás, é um personagem que trará algumas surpresas, pois ele possui algum envolvimento no massacre da primeira história (X-Men Extra #7), além de querer passar a perna em alguns membros. Temos a morte de outro integrante (vai sobrar alguém vivo?) e uma cena mais emocional do Órfão, pois nem só de sucesso fútil vive a X-Force 🙂 No geral, é a melhor série do mix, apesar de não trazer nenhum BOOM dessa vez.

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Finalizando, a penúltima parte da série Ícones: Vampira. É a série que conta como foi os primeiros dias da mutante na Mansão X. Fugindo dos outros integrantes, já que tocou sem querer no Professor, ela decide viajar para algum lugar distante, mas Ciclope à encontra e, tentando convence-la à voltar, acabam enfrentando uma ameaça. É uma leitura bastante tranquila e voltada ao lado emocional da personagem, apesar do conflito final. A arte não possui nada de muito diferente, além dos quadros sem fundo, e acaba caindo no padrão, assim como em Exilados. Felizmente, a Panini reproduziu em página inteira a ótima capa criada por Julie Bell, com seus traços realistas. Dá pra matar uma saudade, já que faz tempo que não vimos uma Vampira desfilando com sua longa cabeleira. Nesse período a Panini anunciou que Ícones: Homem de Gelo seria lançado em formato de mini-série e a versão do Ciclope substituirá a da Vampira.


Em suma, uma edição agradável de ler. A única série “oficialmente” da cronologia é X-Treme e a mesma não traz nada de muito relevante, mas é estranho não ver nenhum comentário do que ocorreu em Novos X-Men, já que o Fera saiu da equipe e foi pra Mansão X. Na sessão de cartas é comentado sobre as séries novas, que dividem opiniões, principalmente a X-Force, e da morte da Psylocke. Mas como costumo dizer, heróis são imortais e aposto que ela logo volta (só não sei como). Só a Sina que permanece enterrada 🙁

nota 7,0 a

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