Nome Original: Teen Titans #88 à #92 e Red Robin #20
Editora/Ano: Panini, 2012 (DC, 2011)
Preço/ Páginas: R$14,90/ 148 páginas
Gênero: Super-Herói/ Ação
Roteiro: J. T. Krul; Fabian Nicieza
Arte: Nicola Scott; Marcus To & Georges Jeanty
Sinopse: Ainda se recuperando de recentes e traumáticas batalhas, os Novos Titãs tentam se reerguer como equipe e família quando um inesperado visitante (e membro fundador) surge na Torre Titã: Dick Grayson, o Batman. E ele vem acompanhado de um novo integrante para os Titãs: Damian Wayne, seu arrogante e extremamente perigoso Robin! E mesmo ainda tentando se adaptar ao irascível novo companheiro, os jovens heróis terão que encarar um adversário que ameaça não só os habitantes, mas o próprio futuro da cidade de São Francisco. Completando o encadernado, o Robin Vermelho pede a ajuda dos Novos Titãs para enfrentarem o Calculador.
O encadernado Novos Titãs #1, da Panini, apresenta as histórias Teen Titans #88 à #92 mais Red Robin #20, estrelando os jovens heróis da DC. O segundo volume já foi lançado com as edições #93 à #100, completando todos os arcos da equipe antes do reboot da editora, que zerou as edições.
Os Novos Titãs são personagens cativantes e que, particularmente, gostei bastante à primeira vista, pois não acompanhava a série. O grupo atual está composto pela Moça-Maravilha, Mutano, Superboy, Ravena, Devastadora e Kid Flash. Este último também está aparecendo em Ponto de Ignição. Alguns deles foram representados no desenho Jovens Titãs, aumentando seu poder de carisma. Apesar da equipe ser como uma família, inclusive com alguns integrantes namorando (Moça-Maravilha e Superboy), tudo pode virar de cabeça pra baixo com a chegada de Damian Wayne, o novo Robin, um pirralho cheio de si e encrenqueiro. Dick Grayson, o Batman, não deve ter agüentado o modo de ser do menino e achou que, caso se envolvesse com outros jovens, se tornaria uma pessoa melhor. Mas o que podia dar numa excelente história, acabou se tornando uma trama mediana e repleta de clichês, principalmente no “sempre em alta” moralismo heroico.
São dois arcos completos nesse primeiro volume. No primeiro, o vilão da história é um menino solitário, que sofre bullying na escola e sem vida social, que acaba indo nas idéias malucas de um professor e decide servir de cobaia num experimento. Depois de ter raspado a cabeça e levado uns choques, o menino ganha o poder de capturar o pensamento dos outros além de telecinesia e decide se vingar, destruindo sua escola e transformando os alunos em zumbis. Damian já demonstra sua personalidade nesses primeiros embates, agindo sem pensar. Como a Devastadora é bem parecida com ele, o conflito e disputa entre os dois seria o mais óbvio, mas acaba rendendo momentos bastante óbvios também, principalmente nas lutas.
Dentro da escola, Devastadora e Damian se encarregam de enfrentar a horda de alunos, enquanto o restante da equipe tentar conter o lunático. Engraçado que a dupla violenta pensa que estão batendo em bonecos e só se vê alunos-zumbis voando de um canto ao outro. Entre outros destaques está Ravena, que tenta se aproximar do inimigo e tentar entender sua mente (em alguns momentos chega a lembrar a Fênix, dos X-Men); e o relacionamento entre o casal da equipe, que dá um Up na narrativa. Fora isso, nada demais, até porque o final fica meio vago e logo pula pro arco seguinte.
Os desenhos desse primeiro arco (#88 à #91) é da Nicola Scott (Aves de Rapina, Sexteto Secreto), cuja arte é ótima e se encaixou perfeitamente ao estilo dos Novos Titãs, e o roteiro do J. T. Krul (Arqueiro Verde, Manicômio do Coringa: Hera Venenosa), que bolou algumas idéias interessantes, mas que não foram bem desenvolvidas. Já no arco do Robin Vermelho, Krul divide o roteiro com Fabian Nicieza, conhecido pelas histórias dos mutantes da Marvel, mas que também realiza um trabalho mediano. Na história, Robin Vermelho investiga o paredeiro e os novos planos do vilão Calculador e pede ajuda à equipe. É repleto de ação, mas com um final bastante previsível, o destaque fica para a aparição relâmpago do Kid Eternidade. A arte é do Marcus To (Batman) e Georges Jeanty (Arma X) que, apesar de boas, não se encaixaram tão bem quanto à de Scott.
Apesar dos pontos baixos na história, Novos Titãs #1 é bastante agradável de ler, descompromissado e possui uma bela arte, principalmente nas capas. O acabamento da Panini, apesar de parecer bonito, possui aquela qualidade duvidosa por dentro. Capa em papel couché, lombada quadrada e o miolo em pisa-brite, aquele papel que parece jornal e prejudica bastante as cores, pois fica bem escuro em algumas páginas. Infelizmente, é o papel mais comum nas edições mensais, até para baratear as revistas. Entretanto, as capas originais e alternativas estão presentes, o que é muito bom, pois são todas excelentes.
Só não entendi a história paralela dos arqueólogos, espero que seja explicado no volume dois.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.
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Adorei seu blog!!!! Adoro artes e sou obececada em hqs e em livros!!