[Review] Ponto de Ignição #1 !

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Nome Original: The Flash #9 à #11
Editora/Ano:Panini, 2012 (DC, 2011)
Preço/ Páginas: R$5,90/ 68 páginas
Gênero:Super-Herói/ Ação
Roteiro:Geoff Johns
Arte:Francis Manapul & Scott Kolins
Sinopse: Flash se prepara para enfrentar um inimigo vindo de outra dimensão, o Perseguidor Implacável! Ao mesmo tempo, investiga estranhas mortes onde o assassino “rouba” o tempo das pessoas. Se não fosse o bastante, o herói precisa conseguir conciliar seu trabalho e o convívio com sua família. É o prólogo ao Ponto de Ignição, a saga que zerou o Universo DC.
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Começa a contagem regressiva para um dos maiores eventos da DC Comics: o “reboot” de suas 52 revistas mensais relacionadas aos super-heróis. Para quem desconhece, a editora zerou a numeração de todas suas revistas no final de agosto de 2011 e, com isso, zerou também boa parte da cronologia dos personagens. Isso significa que décadas de histórias podem não valer mais. Foi uma decisão arriscada, mas que fez a DC voltar ao topo das vendas, posição que não alcançava há anos. Todo mundo queria ver como ficou o Universo DC depois da reformulação e só o tempo dirá se mudou para melhor ou pior 🙂
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O que causou essa mudança é contado na mini-série Flashpoint, traduzida para Ponto de Ignição. O engraçado é que nessa primeira edição da Panini não há Flashpoint #1, e sim as edições finais da série do Flash, que funcionam como uma “introdução” ao Ponto de Ignição, que já funciona como uma introdução ao reboot. A Panini havia anunciado quais seriam as edições que entraria no especial, mas ficou a expectativa de termos o verdadeiro início da série 🙁
 
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No editorial há um resumo dos acontecimentos até aqui, explicando as últimas lutas de Barry Allen, o Flash. A trama trabalha bem na relação do protagonista com sua família, principalmente sua esposa Íris e seu neto (vindo do futuro) Bart Allen. Barry passa pelo típico herói que não possui tempo para os parentes e é extremamente focado ao seu trabalho, o de “salvar o mundo”.
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Em meio a correria surge o Perseguidor Implacável, que diz ter vindo de outra realidade e que precisa encontrar e exterminar uma anomalia que, segundo ele, se não for impedido causará o fim do mundo (ou dos outros universos paralelos, da história da humanidade…. o de sempre). Ele utiliza um acessório que se torna uma moto super veloz e, para surpresa do Flash, o cara é a versão dele numa realidade paralela. Ao mesmo tempo, algumas pessoas são encontrada mortas, aparentando ter muito mais idade do que realmente possuem, como se alguém estivesse “roubando” a vida delas (ou o tempo). E Barry investiga o caso, bem no estilo CSI de ser (ou Law & Order, já que temos a volta de Patty Spivot, sua antiga parceira, para ajudá-lo).
 
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O roteiro é de Geoff Johns (Sociedade da Justiça, Lanterna Verde), que também é o escritor da mini principal Flashpoint, e os desenhos são de Francis Manapul (Witchblade) nas duas primeiras histórias e de Scott Kolins (Flash, Marvel Team-Up) na terceira e última. A troca na arte é perceptível, mas nada gritante já que os dois tentaram manter o mesmo “estilo”, muito bom por sinal, com destaque para o sombreamento de Kolins e as cores de Brian Buccellato. A Panini também incluiu as capas originais no miolo, que são ótimas.
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Para quem pretende começar a acompanhar o Universo DC a partir do reboot (como eu) e pretende entender a causa das mudanças, podem preparar o bolso. Além de Flashpoint, houve inúmeras histórias “spin-offs” lançadas tanto nas mensais quanto em especiais, e a Panini pretende lançar boa parte delas. Já de início, foi anunciado que as revistas Universo DC e Liga da Justiça terão séries de apoio e que em março será lançado Ponto de Ignição Especial, série mensal em três edições que trará algumas minis fechadas ao custo de R$16,90 (144 páginas, papel LWC e capa cartão). 5 edições de uma, 3 de outra, não vai sair barato…
 
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As histórias dessa Ponto de Ignição #1 são regulares, mas acima da média das histórias de heróis que surgiram ultimamente. A Panini deu um ótimo acabamento, com capa couché, papel LWC, páginas numeradas, introdução e as capas originais. Mesmo assim, é uma história do Flash. Fica a expectativa do real “Flashpoint”, com as mudanças da cronologia e de como a Panini irá organizar tudo isso aqui no Brasil. Será que ela irá zerar a numeração dos mixes? Continuar do jeito que tá? Tentar lançar as 52 revistas? É esperar pra ver. Mas se começassem a publicar sem atraso já seria um bom início….
 
Importante lembrar que essa não é a primeira vez que a DC tenta revigorar seus personagens. Com tantos vai e vens no tempo e realidades paralelas, é muito fácil inventarem uma desculpa e voltarem tudo ao “normal”, esquecendo de todos esses fatos de “Flashpoint” e dando continuidade à antiga numeração. É de enfurecer, mas não é impossível.
nota 7,5 d
*Estou curtindo o reboot da DC porque não acompanho esse Universo, mas se zerassem a cronologia dos X-Men eu ficaria muito puto!

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