Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.
[Review] Marvel + Aventura #5 !
História da Edição: Cavaleiros de Madripoor!
Nome Original:Uncanny X-Men #268
Editora/Ano:Panini, 2011 (Marvel, 1990)
Preço/ Páginas: R$1,99/ 28 páginas
Gênero:Super-Herói/ Ação
Roteiro:Chris Claremont
Arte:Jim lee
Sinopse:No final dos anos 1980, o roteirista Chris Claremont já era
uma lenda na indústria dos quadrinhos de super-heróis, mas foi a parceria com o desenhista Jim Lee que imortalizou seu nome como corresponsável por um dos maiores fenômenos editoriais de todos os tempos. É dessa fase a história que você confere nessa edição, mostrando aquele que seria o primeiro encontro entre Wolverine e o Capitão América, que acabam se unindo para salvar a vida da pequena Natasha Romanov dos homens do Barão Strucker e do Tentáculo.
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Marvel+Aventura #5 nos traz uma clássica história escrita por Chris Claremont e ilustrada por Jim Lee, já publicada no Brasil em outras duas oportunidades. Nela, temos recontado o que seria o primeiro encontro entre Wolverine e Capitão América, em 1941, tentando salvar a menina Natasha Romanov, que mais tarde se tornaria a Viúva Negra. Paralelamente, temos Wolverine, Jubileu e Psylocke salvando, mais uma vez, a Viúva Negra e tentando sabotar um plano do Tentáculo.
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A Panini fez uma boa introdução, explicando do surgimento da revista e do boom que foi Chris Claremont nos anos 80 e 90, um dos responsáveis por revitalizar e levar os X-Men ao topo de vendas, junto de Jim Lee. Ao terminar a história temos a sensação de que era desse jeito que X-Men deveria ser: ágil, com bons desenhos, boa narrativa, muita ação e sem cair na mesmice. Tudo que curtimos na série está presente, com a selvageria de Wolverine e o sarcasmo da Jubileu, se tornando uma leitura muito boa.
A presença do Capitão América também ajuda, aumentando (ainda mais) a tão complexa história de Wolverine durante a 2ª Guerra Mundial. De bônus, ainda temos a origem da Viúva Negra e, ao término da edição, uma história de uma página dando uma pincelada na vida da espiã.
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Como dito, o roteiro de Claremont é muito ágil, viajando entre 1941 e o “presente” (da época, claro), mas sem ser chato, como costuma acontecer em histórias parecidas. Isso facilita o entendimento, para novos leitores, sobre os ocorridos e as atitudes dos personagens no presente, como a intimidade de Natasha com o Wolvi, além de ser muito engraçado a crise de ciúmes e as críticas da Jubileu. No quesito arte, os traços de Jim Lee são bem característicos, e já começava a aparentar o estilo que acompanharia o restante da década, com homens musculosos e mulheres com 2 metros só de perna, algo que não é necessariamente bom, porém nesta edição ficou legal. Destaque para as roupas, que ficaram excelentes, além das ótimas cores de Glynis Oliver (Eu, Wolverine), que ficaram ainda melhores nessa edição mais “HD” da Panini.
Algo que não entendi muito bem foi a questão da idade da Viúva Negra. Em 1941 ela era uma criança, e passados 50 anos (como o próprio Wolvi disse) ela está uma mulher de 20-30 anos no máximo, e não uma senhora de 50-60, fato este que também confundiu a mente de Jubileu. Tá certo que Logan possui fator de cura e praticamente não envelhece, mas e a Natasha Romanov, como fica? Ela, assim como o Capitão América, receberam durante o treinamento de cada um, uma espécie de soro ou outro fator químico qualquer que retardasse o envelhecimento, assim como em outros heróis. Uma artimanha para não envelhecer as histórias kk.
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Na parte gráfica, a edição continua com o mesmo tratamento das anteriores e com o mesmo preço, com capa em papel couché e páginas em papel LWC, porém sem páginas numeradas desta vez. Custando apenas R$1,99 e, geralmente, com boas histórias, é uma pena que a linha +Aventura (tanto Marvel quanto DC) continuem sendo bimestrais ou com grandes intervalos entre uma edição e outra, já que não possuem uma ordem certa. Seria muito interessante deixar as duas como mensais.
*Assim como esperava no review da edição anterior, tivemos uma história dos X-Men nessa Marvel+Aventura #5!