[Review] Marvel + Aventura #3 !

Histórias da Edição: A Origem do Capitão América, A Fantástica Origem do Caveira Vermelha e Capitão América – Prólogo.
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Nome Original: Tales of Suspense # 63 e # 66
Editora/Ano:Panini, 2011 (Marvel, 1965)
Preço/ Páginas: R$1,99/ 26 páginas
Gênero:Ação/ Super-Herói
Roteiro:Stan Lee; Fred Van Lente
Arte:Jack Kirby; Mike Perkins
Sinopse:A história de como Steve Rogers adquiriu seus poderes, além da origem do Caveira Vermelha, contada pelo mesmo. Finalizando, um resumo da morte de Rogers e de como foi substituído por seu parceiro, Bucky.
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Após uma edição horrível, a Panini segue o modelo que estava adotando em DC+Aventura e lança esta Marvel+Aventura #3 com a origem de Steve Rogers e Bucky como Capitão América e também do Caveira Vermelha, em histórias curtas e rápidas. No geral são histórias boas e cumprem o que promete: tentar introduzir o leitor no universo do Capitão América, principalmente agora, onde sua adaptação cinematográfica foi lançada.
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São duas as histórias principais e uma curta, de duas páginas. A primeira, A Origem do Capitão América, foi lançada em 1965 na revista Tales of Suspense, onde o Capitão América dividia as páginas com o Homem de Ferro. A intenção era recontar como surgiu o “Sentinela da Liberdade” e situa-lo à nova época, pois o personagem havia sido criado em 1941 pela Marvel, mas acabou no ostracismo tempos depois. A história seguinte, A Fantástica Origem do Caveira Vermelha, mostra a origem do vilão narrada pelo mesmo. Além das origens já citadas, a edição também mostra como surgiu Bucky, o parceiro de Steve Rogers.
 
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Mesmo com tais origens já recontadas diversas vezes, pouco mudou desta “clássica”, sendo muito interessante para os novos leitores, além de a arte ser ótima. Como de praxe em revistas dessa época, o diálogo é mais travado e “encenado”, com muitos adjetivos (…na plena maturidade de seus titânicos talentos…), há momentos que parecem narração de rádio, mas nada que afete a história em si, pelo contrário, dão um ar nostálgico ao título. È importante lembrar que ambas as histórias foram criadas por Stan Lee e Jack Kirby, os grandes responsáveis pelo boom da Marvel na década de 1960, além de criadores de grande parte dos heróis da editora, como X-Men, Quarteto Fantástico, Thor e Hulk.
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Mas a grande qualidade dessas edições, pelo menos para mim, é a relação entre o Caveira Vermelha com o nazismo e o próprio Hitler, que foi quem o convocou e deu o manto do vilão, cujo visual permanece até hoje. Essa relação é feita explicitamente, com o próprio Hitler dando as ordens ao Caveira que, mais tarde, quis tomar seu lugar. É interessante que uma revista dessa época trate de um assunto polêmico como este tão abertamente. Claro que por de trás disto há todo o patriotismo do Capitão América, numa insinuação à superioridade americana. Seja qual for o motivo de usar o nazismo na história, o importante é que isto deu um ar mais realista à trama, saindo um pouco dos super-heróis padrões.
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E, para finalizar a edição, temos uma história curta, de 2 páginas, resumindo a morte de Steve Rogers e de como seu parceiro, Bucky, assumiu o uniforme. Devido à arte “tudo em um”, onde temos diversos acontecimentos numa mesma página, a história se torna confusa, apesar de passar uma imagem estilosa. Mas o grande “erro” da edição é a falta de uma nota do editor à história do Caveira Vermelha. Acontece que esta história termina dando a impressão que o Capitão América foi para o “outro lado da força”, deixando claro que há uma continuação. Marvel+Aventura #4 não trás essa continuação, então cabe a editora comentar o que houve em seguida, finalizando a história e não deixando dúvidas aos leitores.
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No geral, Marvel+Aventura #3 é uma boa leitura, onde a Panini acertou na escolha das histórias, após uma edição sofrível com o Homem-Aranha e Thor. Acredito que este seria o formato ideal para a linha +Aventura, com histórias que introduzem o leitor ao universo do personagem em questão, ou pelo menos fazer com que ele se familiarize com tal personagem, com histórias rápidas, no formato “ficha” ou simplesmente edições “fechadas”, que podem ser lidas isoladamente, com pouca bagagem da editora, mas agregando conhecimento ao leitor.
nota 8,0 y
* O acabamento continua ótimo, unido ao preço convidativo. É uma revista interessante a se acompanhar, pelo menos agora no início, onde é perceptível a vontade da editora em acertar um formato mais adequado à mesma. Infelizmente, não encontrei informações sobre a edição original da última história.
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