[Review] DC + Aventura #4 !

História da Edição: Ontem, Hoje, Amanhã.
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Nome Original: Justice League of America #0
Editora/Ano:Panini, 2011 (DC, 2006)
Preço/ Páginas: R$1,99/ 28 páginas
Gênero:Ação/ Super-Herói
Roteiro:Brad Meltzer
Arte:Dan Jurgens, Andy Kubert, Phil Jimenez, Ed Benes, Howard Porter, Luke McDonnell, Dick Giordano, George Pérez, Jim Lee, Adam Kubert, Gene Ha, Rags Morales, Tony Harris, J. H. Williams III, Kevin Maguire, Ethan Van Sciver, Eric Wight
Sinopse:Superman, Batman e Mulher-Maravilha se preparam para escolher os novos integrantes da equipe. Porém, antes disso, relembram momentos que trafegam pelo passado, presente e futuro da agremiação super-heroica. Escrita pelo celebrado romancista Brad Meltzer (O Livro do Destino), e desenhada pelo brasileiro Ed Benes, a trama é um prato cheio de referências para os fãs, além de trazer vislumbres de fatos que podem ou não ocorrer.
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Dentre as atuais 8 edições da linha +Aventura da Panini, a capa dessa quarta edição da DC foi a que mais gostei, desde o momento em que a vi na banca. A arte da capa é de Michael Turner, falecido em 2008, que já fez capas para Guerra Civil, Witchblade e Superman. A edição começa com a introdução de Levi Trindade (Editor Sênior DC Comics) explicando de quando surgiu essa nova revista, como escolher as histórias que serão publicadas etc. E é comentado sobre a reformulação dada à Liga ao passar dos anos. A origem dessa nova linha editorial e sua função junto aos novos leitores já foi explicado melhor em meu review de DC+Aventura #1. Mas ao ler a história que segue, parece que a revista tomou outro rumo.
 
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A história em questão trata-se de “Ontem, Hoje, Amanhã” publicada em Justice League of America #0, uma espécie de prólogo à nova reestruturação que a Liga sofreu em 2006. É bem claro a intenção da Panini em parear essa edição com o atual reboot da DC, que “resetou” todo o seu Universo. Na época, logo após Crise Infinita, a intenção da nova Liga também era de deixar as histórias mais acessíveis ao novo público. O roteiro é de Brad Maltzer, escritor de Os Milionários (Record, 2004) e, nos quadrinhos, já fez Crise de Identidade. A narrativa é interessante e ágil, a cada página temos momentos diferentes da história da Liga da Justiça, pelo olhar dos três principais heróis: Superman, Batman e Mulher-Maravilha. Há muitas homenagens à sagas e acontecimentos famosos, além de diversas referências, como também suposições do que poderia acontecer à nova série que se seguiria. A arte ficou a cargo de diversos artistas, criando visuais diferentes aos heróis dependendo da época retratada. Para os fans do grupo ou conhecedores de sua história, é uma boa edição. Ta ok, mas e os novos leitores ?
 
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Ao terminar de ler fiquei com um grande “?”na cabeça. Depois de tantos vai e vens no tempo, não sabia nem mais o que realmente ocorreu à LJA, o que ia ocorrer, o que estava ocorrendo, ficou tudo muito confuso, além, é claro, do visual e a personalidade dos heróis mudando a todo instante. Creio que qualquer um que também não conheça a Liga da Justiça a ponto de entender as referências, irá se sentir como eu, como se estivesse entrado no meio de um tiroteio.
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A culpa não é do roteirista, pois para os fans do grupo de heróis poderá ser uma leitura agradável. Mas e os novos leitores ? Sei que sempre comento isso nos reviews da série +Aventura, mas a própria Panini expôs que o intuito é agradar e atrair novos leitores ao Universo DC/ Marvel, como também era/é da nova LJA, mas da maneira que foi mostrado em DC+Aventura #4 fica difícil. Apesar de virar uma salada, os desenhos são bons, principalmente por retratar épocas distintas, e o ótimo acabamento gráfico continua o mesmo. Ou essa nova série vire uma espécie de “guia” para os principiantes ou um presente para os veteranos, acho importante decidirem para fixarem seus leitores/compradores.
nota 5,5 r dc-252Baventura-25234-liga-da-justi-25C3-25A7a-p-25C3-25A1gina-3
*Apesar da Panini anunciar que os desenhos da edição são de Ed Benes (Aves de Rapina), na verdade o desenhista brasileiro é responsável por algumas páginas, pois a história foi desenhada por vários artistas (vide ficha técnica no início do post). É na edição seguinte, #1, que Benes se torna desenhista regular da série. As capas de JLA #0 à #12 foram feitas por Michael Turner; a escolhida pela Panini para esta edição equivale à #12. 

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Um comentário

  1. Fil, muito obrigado pelo comentário lá no blog. Sinta-se à vontade para comentar o que quiser por lá, de verdade. Críticas e opiniões inteligentes e bem colocadas como as suas são excelentes para o debate, pois acrescentam elementos que não foram abordados na postagem. Curti muito teu comentário, jamais iríamos apedrejar você kkk. A gente sempre diz lá no blog, o post é apenas uma opinião nossa, o leitor é livre para expressar a sua sem o menor problema. Até por isso não moderamos os comentários. Nina Hagen é sensacional mesmo! O Klaus Nomi, outro alemão do qual falamos por lá, é outro alemão maluco que você vai curtir. #ficaadica. Um abração, e vamos divulgar o teu blog para amigos que são fissurados por quadrinhos.

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