Direção/ Ano: Friz Freleng, 1947
16º vencedor de Curta Animado e o mais difícil de encontrar pra assistir até agora! Não encontrei no Youtube, Vimeo, nem em outro sie de vídeos conhecido. Um dos poucos lugares que disponibiliza a animação online é o link acima, então podem clicar e conferir ^^. É em Tweetie que Pie Piu-Piu e Frajola se encontram pela primeira vez, no melhor estilo Tom & Jerry: o gatinho tenta comer o passarinho, não consegue, sua dona o coloca dentro de casa e a confusão começa. Entretanto, não é a primeira vez deles no cinema: Piu-Piu estreou no curta A Tale of Two Kitties (1942) e Frajola em Life With Feathers (1945), na época ainda sem nomes definidos.
A ideia de unir os dois personagens funcionou e entregou à Warner seu primeiro Oscar na categoria, até o momento monopolizada pela Disney e MGM. A dupla, então, virou sucesso e está no ar até hoje. Apesar da já batida fórmula “gato-e-rato”, Tweetie Pie é bastante engraçado, principalmente nas caras e bocas do Piu-Piu. O passarinho (sim, ele é macho) rouba a cena e é um dos destaques. Interessante comentar que Frajola, nessa época, foi chamado de Thomas e não Sylvester, como é conhecido atualmente.
Por ser os primórdios de Piu-Piu & Frajola, muitas de suas principais características não estão presentes, sendo a figura da Vovó há que mais fez falta. Ela, apesar de aparecer em diversas animações desde 1937, sempre como uma boa velhinha, só se tornaria a dona do Piu-Piu e entrar no elenco da série apenas em 1950, no curta Canary Row. A cena do copo (imagem acima) é hilária, uma das melhores. Importante comentar sobre a confusão no título: Tweetie ou Tweety? Piu-Piu foi chamado de Tweetie (original) quando surgiu e, mais tarde, passou a se chamar Tweety, por isso a mudança.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.