[Central dos Sonhos] A Criadora: Nova Ilustração e Referências!

Mai/ 2024

Na mitologia da Central dos Sonhos, A Criadora foi o sonho original. O primeiro de todos, envolvendo questões como a criação, a mãe e os mistérios do mundo. Ela tomou forma e, a partir daquele momento, a Central foi surgindo. Ela manipula toda a matéria onírica e tudo, das criaturas aos locais, derivam de sua energia. Os Coletores de Sonhos auxiliam no controle dessa matéria, coletando Sonhos mortos e devolvendo-os à Criadora.

Vive em seu templo, reclusa. E raramente é vista. É a mãe de todas as criaturas-sonho.

A Criadora, 2020

Essa ilustração da Criadora é uma releitura de uma outra que fiz em 2020! Lá em meados de 2010-2012, quando as primeiras ideias da Central foram surgindo, talvez ela tenha sido uma das primeiras personagens. Me inspirei, principalmente, na carta A Indiferente do Magic. Lembro de ser adolescente, comprando meu primeiro deck pra jogar e lá estava ela. Uma carta poderosa e lindíssima!

Carta que tenho de A Indiferente, numa edição mais nova

Agora retomo seu desenvolvimento, em outro contexto, com as referências indianas que amo! E também inspirada na minha visita ao Museu de Arte Sacra (que conto mais pra frente!). Eu sou uma pessoa que vive em confronto com a fé e espiritualidade. Ter construído uma personagem com tal nome e função revela o poder que a arte tem de pôr pra fora aquilo que tá aqui dentro, nossos desejos!

Recentemente fui pela primeira vez no @museuartesacra de São Paulo e tive uma experiência incrível. Não sou uma pessoa muito religiosa, nunca fui. Ao contrário, sempre fiz altas críticas, principalmente ao fanatismo e às doutrinas cristãs do país, muitas das quais acabam nos castrando e condenando. E sendo uma pessoa LGBT+, isso só complica.

Mas sempre tive uma admiração por Igrejas e pela arte barroca. Aquela relação de amor e ódio.

Nos últimos anos voltei meu interesse pelas religiões orientais, ao Yoga, movimento Hare Krishna e, mais recentemente, ao budismo. Não sei em qual me encaixo ainda, budismo não praticante é algo estranho de se dizer, já que é uma religião prática!

Mas durante a visita ao Museu, tive uma experiência única. Além de ficar encantado com as obras, com o presépio gigante com mais de 1600 peças, com originais do Aleijadinho e, ainda, conhecer um pouco mais da história dos Santos e personagens católicos. Santa Ana, a mãe de Maria? Não conhecia!

Algumas das peças expostas no Museu. Ao meio, um trecho do Presépio

Fui à capela que é anexada ao Museu. Haviam duas mulheres rezando, depois escrevendo num pedaço de papel e colocando num cesto. Fiz o mesmo. Tudo me tocou num lugar muito especial.

Continuo com meus estudos budistas, mas foi como se eu tivesse feito as pazes com a fé e a religião. E voltar a me inspirar nela! Tanto que a imagem que abre este trecho foi minha referência para a personagem A Criadora aqui da Central, minha personagem mais bíblica!

E vocês, como tem sido a relação com a religião? Recomendo a visita ao Museu!

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