Nome Original: X-Men #155, #156 e #157; Uncanny X-Men #441, #442, #443; #444 e #445; New Mutants #12 e #13; New X-Men #1; X-Men Unlimited #4
Editora/Ano: Panini, 2005 (Marvel, 2004)
Preço/ Páginas: R$6,90/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Chuck Austen; Nunzio Defilippis & Christina Weir; Lee Barnett; Ted Nalfeh; Chris Claremont
Arte: Salvador Larroca; Khary Randolph; Travel Foreman; Greg Tocchini; Randy Green; Alan Davis
Sinopse: X-Men: após a morte de Magneto e Jean Grey, a escola destrupida e o Profº X fora da direção, cabe ao novo casal Ciclope & Rainha Branca reconstruir o Instituto, sendo os novos diretores. Fabulosos X-Men: Término do arco com a família do Míssil e Escalpo. O Profº e Wolverine vão até Genosha levar o corpo de Magneto, para realizar uma última homenagem e é hostilizado. Novos Mutantes: Os Novos Mutantes se reúnem mais uma vez para combaterem Donald Pierce. E mais: Estréia da fase X-Men Reload, com a reformulação das séries.
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As edições #44 e #45 de X-Men marcam as últimas histórias da “Fase Morrison“, mostrando o Instituto completamente destruído após Xorn revelar ser o Magneto, colocando abaixo a escola e Manhattan, matando centenas de pessoas e até mesmo alguns X-Men, como uma das Stepford e a tão querida Jean Grey, e sendo morto em seguida por Wolverine. Fase Morrison porque o autor mudou muito a mitologia da franquia, e as outras séries (X-Treme, Novos Mutantes e até Fabulosos) não conseguiam acompanhar, deixando vários furos entre elas. Com a saída de Morrison, a Marvel resolveu lançar a “Fase Reload“: modificando equipes criativas, movendo personagens, cancelando e estreando séries, deixando o Universo X mais “conciso”. Essa fase estréia na edição #46, mais detalhes no review abaixo (que ficou um pouco confuso devido a mudança dos títulos ^^).
Fabulosos X-Men: na edição #44 temos o término do horroroso arco “Dormindo com Anjos“. Incrível como Fabulosos vem tendo arcos sofríveis um atrás do outro (lembram de Draco?). Nem vou me estender muito, resumindo: Josh (o das asas vermelhas) é morto pela família rival. Sua namorada se desespera e se mata afundando no rio junto dele. Só que ele ressuscita (tem um dom de curta parecido com o do Anjo), mas aí já é tarde e sua amada tá morta. Seria cômico se não fosse trágico. No final das contas tem algumas lutas, um pessoal morre, mas parece que nada aconteceu. Um drama bem desnecessário.
Já na edição #45 as coisas melhoram. O Prof. X decide levar o corpo de Magneto para Genosha, prestando-lhe uma última homenagem. Wolverine o segue, apesar de odiar a ideia. Chegando lá o Prof. também é hostilizado pelo Nick Fury e até por Polaris, que chega no lugar acompanhada de seus novos irmãos (Mercúrio e Feiticeira Escarlate). Os dois tem uma discussão até interessante sobre os últimos acontecimentos, além de boas cenas de ação como Wolverine irado cortando a língua do Groxo. Só achei estranho quando Logan sobe na estátua do Magneto, crava as garras e desce. O que era pra ser um arranhão parece mais um raio laser, já que corta a cabeça no meio. Oi? Enquanto isso Emma, Fanático e Mulher-Hulk estão em Manhattan, salvando os sobreviventes.
E finalmente, na edição #46, temos a estréia da Fase Reload. O título (Fabulosos) vai permanecer o mesmo, porém Chuck Austen e Salvador Larroca saem do roteiro e arte, dando lugar ao Chris Claremont (ai meu deus….) e Alan Davis, um desenhista bem clássico e cuja arte gosto bastante. Mais pra frente as coisas devem ficar melhor, mas por enquanto Fabulosos virou uma salada. *Foi o arco dos Anjos, depois com a equipe do Morrison e agora dos X-Treme. Sim, Claremont saiu dos X-Treme (que foi cancelado), mas trouxe para os Fabulosos a maior parte dos membros como Bishop, Míssil, Sábia e a recente Rachel Grey. Sua nova empreitada, agora, é a formação do grupo federal ESX, formado por mutantes e que tentarão auxiliar a polícia. A primeira missão, com Noturno e Wolverine, não dá muito certo e já fica uma prévia de como será daqui pra frente (com direito a participação especial da Warbird). Claremont parece também querer trazer o Capitão Britânia de volta. Nada de muito surpreendente, mas a história ocorreu até que muito bem e a arte do Davis é ótima, vamos ver se vai render.
Novos Mutantes/ Academia X: essa série talvez seja a que menos sofreu com a Fase Reload (porém era a mais afetada pelas mudanças do Morrison). A edição #44 traz a volta de Rahne, agora conseguindo controlar seus poderes; a rebelde Nori passa a trabalhar na lanchonete pra se redimir; e Josh, que tinha sido atacado pela Lupina, volta do coma e descobre ter um poder de cura de alto nível, inclusive alterando sua forma para uma cor dourada/ ouro. Na edição #45 o antigo vilão dos Novos Mutantes, Donald Pierce, foge da prisão e reúne os seus Carniceiros para atacarem o Instituto. Só não contava com a presença de Míssil, Magma, Mancha Solar, Karma, Lupina e Miragem. Legal ver a equipe reunida outra vez, pena que o desenho seja tão cartoon.
A série dos Novos Mutantes não se encaixava com o que vinha acontecendo aos mutantes. Por exemplo: o Instituto estava todo destruído, enquanto que na série estava numa boa. Com o Reload na edição #46, a série passa a se chamar Novos X-Men: Academia X, com o mesmo grupo criativo e ocorrendo no Instituto reconstruído. Dá a entender que os eventos da série aconteceram antes da vinda de Magneto, e o que ocorreu durante a guerra não foi mostrado. O importante é que agora tudo foi resolvido. Nessa primeira história não acontece nada de mais, só o grupo novo entrando na Sala de Perigo. O interessante é eles mostrarem como funciona o novo Instituto, agora dirigido por Ciclope. Vamos ver o que nos aguarda.
Novos X-Men/ X-Men: agora sim uma série que vai sofrer grandes mudanças. Com a saída do Morrison, temos agora Chuck Austen no roteiro. Então já é de se esperar muita ladainha pela frente…. Mas por enquanto até que ficou legal. Sai o título “Novos”, voltando a ser só “X-Men“. Mal o corpo de Jean esfriou e Emma & Scott já estão nos amassos, até o Fera critica isso. A dupla resolve reconstruir o Instituto, já que o Prof. abandonou o barco. Um ponto interessante, que foi bem lembrado, é o que terá acontecido à Cassandra Nova? Já que ela estava “aprisionada” no Instituto? Fera e Ciclope vão averiguar os destroços, mas são atacados pela Sala de Perigo. Enquanto isso a Emma tenta salvar as Irmãs Stepford e mais alguns mutantes de um prédio em ruínas, atacados por um grupo enfurecido.
Com o Reload na edição #46, agora com a escola já reformada (que rápido!), conseguimos ter uma visão bem ampla de como estão as coisas. O Instituto está, simplesmente, lotado! Ciclope refez as equipes (e muitos membros não gostaram disso), trouxe de volta todo mundo dos X-Treme, incluindo a Kitty e seu dragão (que ainda não sei como voltou, preciso ler X-Men Extra) e o casal Gambit & Vampira, que aparentemente recuperaram os poderes (também vou saber como em X-Men Extra). Tá uma salada, mas ainda assim foi uma boa leitura. Mais uma vez… só resta aguardar pra ver como vai ficar.
X-Men Unlimited: como o honorário tapa-buracos, temos duas histórias curtas de X-Men Unlimited. A primeira é sobre o Fanático querendo ser prof. de educação física. Ciclope e Wolverine não gostam muito da ideia, e resolvem testá-lo. Já a segunda é com a Emma e Wolverine indo à um casamento e, como não podia faltar, causando na festa. As duas são legais e com a arte muito boa, mas nada além disso. Servem pra passar o tempo.
Ainda não dá pra saber como vai ser o Universo X daqui pra frente, mas deu pra ter uma ideia. Claro que sei que teremos eventos como Dia M, Dizimação e Guerra Civil, além da Psylocke e Colossus voltarem dos mortos. Mas ainda não sei como será isso. Felizmente, me pareceram bem agradáveis as novas retomadas. Sem contar que com a Emma na direção, podemos esperar altas intrigas!
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.