Nome Original: X-Treme X-Men #30 e #31; Exiles #29; Wolverine/Doop #2
Editora/Ano: Panini, 2004 (Marvel, 2003)
Preço/ Páginas: R$6,50/ 100 páginas
Gênero: Ação/ Super-Herói
Roteiro: Chris Claremont; Chuck Austen; Peter Milligan
Arte: Igor Kordey; Clayton Henry; Darwyn Cooke
Sinopse: X-Treme Men: o destino final do Monte Refúgio repousa nas mãos de Kitty Pryde! E o começo de uma nova saga – Intifada! Exilados: ao lado dos X-Men contra o ensandecido Destrutor e a Espécie Dominante. Wolverine & Dup: nossos dois heróis precisam resolver o mistério do Mink Pink… sem se matar no processo!
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Nessa edição temos a péssima conclusão do arco “Deus Ama, o Homem Mata 2” e também da ótima mini em duas partes “Wolverine & Dup”.
X-Treme X-Men: depois de um início já forçado, esse arco “Deus Ama, o Homem Mata 2” chega ao fim. Toda essa história de Vila Mutante, com um pastor tomando de conta e a união da Lady Letal com o William Stryker (da primeira saga) também não ajudou. Engraçado como Chris Claremont escreveu a graphic novel original, lá em 1982, que é ótima, e 20 anos depois escreve essa bomba. A história se complica nela mesma e quando o Pastor Paul se revela um robô, me perdi e entendi mais nada. A única parte boa nessa edição é a cena acima, com a Kitty ameaçando estourar os miolos do Reverendo.
Mesmo assim, o arco termina de forma sofrível. Quer dizer, uma vila inteira é soterrada, as crianças mutantes morrem e a turma X leva tudo numa boa? Lastimável… Na história seguinte, Bishop e Sábia resolvem visitar a Vampira, que debandou do grupo ao perder os poderes tempos atrás. Ela, pra nossa surpresa, trabalha numa mecânica, veste roupa curta e até colocou tatuagem de henna, recebendo Bishop com um beijo na boca. Uma mudança e tanto! Como de praxe, eles salvam algum lugar de alguma coisa (que terá importância mais pra frente) e em paralelo, Gambit investiga uma iniciativa do Governo que quer tratar mutantes como armas de destruição em massa.
Wolverine & Dup: essa mini foi tão graciosa que mesmo seus “possíveis” pontos negativos (como a falta de sentido e momentos forçados) operam à seu favor. Os dois protagonistas finalmente conseguem capturar a Lady Pink e dão um jeito para que todos saem ganhando. A arte de Cooke é muito boa e toda a história tem um ar pulp e cartoon, além de muito divertida. Poderia ter muito mais que não cansaria. Destaque quando Wolv dorme com a rosinha e Dup resolve sair com o mink, que curiosamente se reproduz de forma assexuada ^^.
Exilados: a equipe está na realidade “oficial” do Universo Marvel, tentando combater uma versão maligna do Destrutor. Pena que esse arco se resumiu a pancadaria e mesmo assim ainda falta mais uma história para terminar. O ponto alto dessa parte é a possível morte do Morfo, que acabou despedaçado pelos lobos da Espécie Dominante, além da Magia sendo nocauteada.
Exilados era uma série divertida, mas que anda perdendo seu rumo, principalmente com a saída da Blink. Nessa realidade “oficial”, poderia ter explorado melhor a relação entre os personagens. X-Treme é algo que nunca foi 100% bom, que começou errado e continua atirando pra todo lodo. Felizmente temos X-Táticos, que mantém a revista com uma pegada mais legal e interessante.
Fil Felix é autor, ilustrador e psicanalista. A Central dos Sonhos é seu universo particular, por onde aborda questões como memórias, desejos e infância. Fã de HQs, escreve seus comentários sobre quadrinhos desde 2011, totalizando mais de 600 reviews. Já escreveu sobre arte para diversos blogs como Os Imaginários e a coluna Asas da editora Caligo. Ilustrou os livros infantis Zumi Barreshti (2021, Palco das Letras) e Meu Avô Que Me Ensinou (Ases da Literatura), entre outras publicações.